domingo, 30 de setembro de 2007

Mais do mesmo

Começo a não ter paciência para ver uma equipa incapaz de criar situações ofensivas, enquanto o treinador insiste em não colocar dois avançados ao mesmo tempo. Será que Camacho ainda tem dúvidas? Com este sistema, é indiferente ter Nuno Gomes ou Cardozo plantado entre os centrais contrários, conforme também não interessa ter Di Maria e Rodriguez nas faixas laterais, já que só 1 ou 2 cruzamentos (quando existem) é que poderão ser aproveitados por um único jogador rodeado de vários defesas.

Luisão – que é dos poucos jogadores, juntamente com Rui Costa e Nuno Gomes, que toca sempre nos assuntos incómodos – assumiu que foi um mau resultado e que a equipa tem de jogar para ganhar, nomeadamente quando actua em casa. Nas vésperas do clássico, Nuno Gomes também tinha dado o toque de que era preciso fazer mais no ataque. Será que Camacho não entende a mensagem? Será que o espanhol não viu a cara de Rui Costa quando, pela enésima vez, assistiu à já tradicional substituição entre pontas de lanças?

Sempre simpatizei com este treinador. É frontal e – não me esquecerei nunca – teve-os no sítio para afrontar o Veigarista quando este, para revolta de Cosme Damião no túmulo, mandava no Glorioso. Mas, desde que regressou à Luz, o espanhol só jogou “à Camacho” em Copenhaga. Num jogo a eliminar e onde a equipa até entrava em vantagem, o homem decidiu-se a jogar com dois avançados. Depois, quando a experiência vitoriosa pedia repetições... temos é esta gestão absurda, conservadora, incoerente com a história e dimensão do clube e ilógica tendo em conta o atraso na classificação.

Não gosto de ser profeta da desgraça e sei que ainda há eternidade de campeonato pela frente, mas tenho quase a certeza que esta Liga já era. E a Taça da cerveja só não foi ao ar porque um auxiliar não quis. E o que mais me incomoda é que, no duelo que aí vem com os ucranianos, se não vencermos a “Champions” também ficará quase fora de órbita. E se falhar os objectivos já é mau, não fazer tudo o que está ao nosso alcance para os atingir é... uma merda!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

À Deriva?

Ac Milan, Braga e Estrela. Três jogos que se caracterizaram por indefinições tácticas, jogadores lesionados, experiências, extrema incapacidade de gerar jogo ofensivo, escassíssimas oportunidades de golo, ausência de modelo de jogo.
Tudo estaria bem se estivéssemos na pré-época, se o Porto não tivesse ganho todos os jogos na Liga, se não estivéssemos a 6 pontos da liderança e se não fossemos defrontar os lagartos daqui a menos de 48 horas.
No entanto o que mais me preocupa é a indefinição táctica e a forma como se colocam as "pedras" em campo.
Quantos mais jogos é que precisamos de assistir para perceber que o Di Maria é claramente um extremo e que rende muito menos a 2º avançado? Que o Maxi Pereira nunca foi nem nunca será um bom extremo na vida? Que uma equipa como o Benfica não pode criar somente 3 oportunidades de golo nos últimos 3 jogos?

Por via da anarquia táctica que se tem verificado, um jogador que para mim tem tudo para se tornar numa referência do Benfica tem vindo a decair nos últimos jogos. Cristian Rodriguez. Técnica apurada, velocidade, poder de choque e capacidade de transporte de jogo. Custa-me ver este jogador perdido em campo sem saber muito bem qual o papel que lhe cabe. Na minha modesta opinião, e partindo do princípio que o Di Maria TEM que jogar na esquerda, o uruguaio pode jogar tanto a 10, transportando o jogo e fechando o meio campo no momento defensivo, ou a extremo direito, onde pode desiquilibrar com diagonais e tentar o bom remate que já percebemos que tem.
Uma vez que o Sporting joga sem extremos e nós não temos extremo direito, penso que não seria descabido tentar o Nélson a jogar na ala direita à frente do Luís Filipe. Sabe cruzar decentemente e tem velocidade e técnica para desiquilibrar. No ataque e enquanto a equipa não criar as devidas rotinas ofensivas, penso que o Nuno Gomes (com a sua cultura táctica) será uma muito melhor opção para a posição de Avançado Centro, talvez o lugar de maior sacrifício na equipa e que já fez duas vítimas (Cardozo e Dabao) que fizeram jogos no mínimo sofríveis. Tipicamente, as equipas que jogam só com um ponta de lança, fazem-no com um grande apoio de dois extremos muito móveis e bem avançados no terreno tanto em profundidade como em largura. O que nós vimos nestes jogos foi o avançado centro constantemente isolado e sem jogo.

Para finalizar deixo aqui a minha equipa para o jogo de Sábado: Quim, Luis Filipe, Luisão, Zoro e Leo; Rui Costa e Katsouranis; Nelson, Rodriguez e Di Maria; Nuno Gomes.

Um apontamento final para o Adu. Tendo em conta que a equipa estava a perder, completamente partida e sem fio de jogo absolutamente nenhum, gostei muito do que vi e dos "cujones" que teve em assumir a grande penalidade no minuto 90. Constata-se rapidamente que o miúdo tem uma técnica fora do vulgar. Tenho muita fé que ele se torne num grande jogador.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Oportunidades teóricas

Não vou qualificar a passagem dos equipamentos do Glorioso pela Reboleira na noite da última quarta-feira. Nem sequer vou avaliar a decisão que esteve na origem da qualificação da equipa para a fase seguinte da prova alcoólica. Vou apenas tecer alguns considerandos sobre as afirmações de Camacho no final do encontro.

O técnico espanhol, a quem reconheço uma primeira passagem muito interessante pela Luz e a alegria de nos ter livrado do engenheiro parapseudopsicotáctico, continua com um discurso estranho. O homem está com problemas para perceber português e responder em portunhol; anda a exagerar nas conversas com o seu adjunto com pinta de estilista; perdeu a noção da realidade ou quer testar a paciência do pagode.

Em Braga, não ficou contente com as opções tácticas, disparatas de início a fim, e surgiu com a brilhante conversa que terminar a Liga em segundo ou terceiro é bom. Agora, depois do paupérrimo espectáculo na Amadora, criticou os atletas por não terem conseguido jogar rigorosamente nada. Não fora ter tido que os sócios e adeptos são grandes e já estaria a imaginá-lo dentro de qualquer coisa a caminho de Madrid, Múrcia ou outra terra qualquer espanhola começada por M, H, L ou X...

Irrita-me profundamente ver um treinador, seja de que modalidade for, considerar que deu oportunidades aos atletas menos utilizados quando, aquilo que fez não foi mais do que alinhar com uma equipa de suplentes retocada com a presença de jogadores em processo de recuperação física ou de adaptação ao clube e a uma nova realidade.

Só poderemos avaliar o verdadeiro potencial de Dabao ou de Adu quando os rapazes jogarem ao lado de Rui Costa, Petit, Cardozo, Nuno Gomes ou Katsouranis. Isto é válido para os dois miúdos, mas também para outros, casos de Coentrão, Miguelito, Zoro ou Butt. Considerar que dar oportunidades é avançar com uma segunda linha é desonesto e expõe de forma desajustada os habituais suplentes ao erro. Imaginem que o jogo era da Liga ou da “Champions” e que, por esta ou aquela razão, Dabao era o único avançado disponível. Quantos dos restantes 10 titulares na Amadora mereceriam a chamada? Não mais que 3-4 (Luisão, Rodriguez, Di Maria e talvez Nelson). E se fosse o guardião alemão a ter de avançar? O quarteto defensivo será formado pelos quatro elementos que foram escalados para a Reboleira?

Na pré-temporada, quando se joga contra os empregados do hotel onde se está a estagiar, ainda pode fazer sentido escalar “onzes” sem um mínimo de rigor, mas quando estamos numa competição oficial não se deve fazer isso. Ainda por cima, o adversário não é de um escalão inferior. E mesmo quando é... por vezes dá caldeirada. E não pensem que isso só acontece aos outros. A Taça de Portugal, por exemplo, voou o ano passado por causa do poderoso Varzim...

Deve ser lagarto...

Estava a nossa equipa descansadinha, com o resultado pretendido, e tinha de vir aquele 'marmelo', mesmo no fim do jogo, inventar o 'penalty'. Ficava uma prova já arrumada e agora vamos estar sujeitos a maior desgaste. O tipo só pode ser 'lagarto'. Nos 'penalties', ainda mandámos os esquerdinos chutar, pois eles costumam ser azelhas, mas não resultou. Todos marcaram. O nosso guarda-redes é que cumpriu à risca: não defendeu nenhum e falhou o dele. Grande Butt! Mas tinha de haver outro jogador do Estrela a rematar torto. Em desespero, avançou o argentino que chegou no 'pacote' do Di Maria e deveria ter sido dispensado. E não é que este também converteu! Lixaram-nos mesmo a vida!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

É para valer?

Não gosto de Hermínio Loureiro. É um típico (fraco) político, com um discurso redondo que nada diz. Não concordei com a criação da Taça da Liga, pois entendo que havia (há) que resolver primeiro questões relacionadas com o campeonato nacional (gosto de ainda chamar-lhe assim). Problemas como a credibilidade da prova, a qualidade das arbitragens, a escassez de público, o nível competitivo, os horários dos jogos ou o preço dos bilhetes. Mas isso são questões delicadas, que mexeriam com interesses instalados e o deputado do PSD não está cá para isso, mas para não levantar demasiadas ondas, ser amigo de todos e, em consequência, não perder o poleiro.

A Taça da Liga surgiu para dar a ideia de que alguma coisa nova está a ser feita. O público não tem aderido e mesmo agora, com a entrada das principais equipas do nosso futebol, duvido que o faça. Talvez no fim-de-semana da Páscoa, quando se disputar a final. De qualquer forma, a prova existe e, depois de umas ameaças à Vieira, o Benfica inicia hoje a sua participação na prova. E, como benfiquista, só admito que jogue para ganhar. Camacho vai modificar o 'onze', não convocou alguns dos principais jogadores, mas os que alinharem têm de conseguir uma vitória. Mas não me parece que vá ser fácil. Receio sempre estes jogos em que são dadas oportunidades aos habituais suplentes.

DESAFIO

E já agora, só para termos uma ideia, qual é que é o vosso 11 ideal, com este plantel todo operacional?

Eu lanço a minha sugestão, mas mesmo assim tenho algumas dúvidas...

GR - Moreira
DD - Nélson
DE - Léo
DC - Luisão
DC - David Luíz
MC - Rui Costa
MC - Petit
ME - Rodriguez
MD - Di Maria
AC - Cardozo
AC - Nuno Gomes

Esta seria a equipa tipo de quem quer ganhar todos os jogos. Eventualmente, num ou noutro jogo, podemos trocar um dos pontas de lança pelo Katsouranis, que me custa um bocado ver de fora do onze. E como a época é longa, ainda espero poder ver o Fábio Coentrão e o Adu a jogar.

Ainda assim, não sei se é positivo se não, mas acho que com uma ou duas excepções, temos substitutos que podem entrar sem que se sinta muito a diferença...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

EDCARLOS OU ED CARLOS

Para desanuviar um pouco o tema do jogo do Braga que já lá foi e que todos ficámos com a sensação que fomos pouco ambiciosos, lanço aqui um tema para ver se alguém me esclarece.

Esta época temos mais um central brasuca, que mais me faz lembrar um jogador marroquino que tivemos em tempos chamado TAHAR EL KHALEJ, mas que para além de uma qualidade futebolística ainda por provar tem um nome que ainda mais dúvidas me cria.

Será o seu nome ED CARLOS, como que eduardo carlos, edivaldo carlos, edwin carlos e por aí fora com toda a parafernália de invenções brasileiros de nomes?
Ou será que se chama EDCARLOS? tudo junto, para assim ser mais uma invenção de um nome para engrossar o dicionário de nomes estranhos que o povo brasileiro inventa...

Aceitam-se sugestões...

EU LÁ FUI...

... a Braga este fim de semana, e dei agora conta de que nem uma fotografia ao estádio tirei, nem que fosse para pôr aqui no blog.

Quanto ao jogo propriamente dito, o que eu vos tenho a dizer não há-de ser muito diferente do que já por aqui foi dito: é que não entramos para ganhar. Quer o Cardozo quer o Nuno Gomes são bons jogadores, mas nenhum deles é ponta de lança para estar sozinho entre os defesas, e realmente as bolas não lhes chegam de forma a que com as suas capacidades consigam fazer qualquer coisa. Juntos, acredito que rendessem bem mais.

E se as primeiras substituições foram troca por troca (quando se esperaria qualquer coisa mais de um candidato ao título e até para ver como é que o Cardozo e o Nuno Gomes jogavam juntos na frente), a última foi muito má.

Tira-se o único jogador que ainda poderia causar alguns desequilíbrios (e tudo bem, estava cansado, até podia ter saído antes), mas em vez de pôr o Fábio Coentrão, em que até se podia ter esperança que se inspirasse e fizesse qualquer coisa, mete-se um trinco de 19 ou 20 anos.

Assim acho que não vamos lá.

"Jogo de Pré-Época"

Ontem não tive oportunidade de ver o jogo e a curiosidade era muita, até porque era mais um teste à nova equipa e ao novo comando técnico. Na minha opinião, para um jogo de "pré-época" o resultado até nem foi nada mau. É sabido que nas épocas anteriores os esteios do Benfica foram essencialmente três jogadores: Simão, Petit e Luisão. Um já cá não mora e os outros dois estão indisponíveis. Do ano passado apenas 5 jogadores iniciaram o jogo de ontem. Os outros 6 são novos reforços e mais, nem a pré-época fizeram!

Não há milagres assim, e por isso é que eu acho que para jogo de "pré-época" não foi nada mau.

PS - O lado negativo do Camacho, penso que já não é novidade, sempre foram as substituições esquisitas e algumas apostas em onzes iniciais "suicidas". Contudo, os seus pontos fortes compensam. Treinadores perfeitos só há um e está no desemprego!

Salir a Ganar

Salir a Ganar, é uma expressão que Camacho usou para exprimir o que o Benfica tem que fazer em campo em todos os jogos que participa. Pena é que não passe da teoria à prática.
A verdade pura e crua que o Camacho já percebeu e nós adeptos temos que perceber é que esta equipa está longe de estar pronta e muito longe de ter a qualidade necessária para lutar por algo mais que um 2º ou 3º lugar, e tentar fazer uma gracinha na taça. No plantel não existe muita qualidade, temos jogadores promissores mas ainda mansinhos, fisicamente não estamos bem e mentalmente pior.
O jogo de ontem foi encarado com pragmatismo de quem tem consciência da situação, o errado foi que ao adormecer no banco não percebeu que a equipa adversária estava feita em fanicos e mesmo condicionados poderiamos e deveriamos ter procurado algo mais.
A exemplo do que se passou em Milão fizemos um jogo morno sem chama e sem atitude, completamente descrentes.
Assistimos ao que o Camacho tem de pior, que é a leitura de jogo e péssimas substituições (ontem terá sido do pior que assisti) e tardamos em ver o que ele tem de melhor, a garra e atitude. Preocupante!!!
Só para finalizar, o Cardoso começa a ser atacado, mas volto a referir que podia vir para cá o melhor ponta de lança do mundo, que não fazia nada. As bolas não chegam, não existe qualidade de jogo para servir qualquer avançado. Assim é dificil.

domingo, 23 de setembro de 2007

Postes ajudam... no basquetebol

Não foi o empate (e a consequente divisão de pontos, como muitos espertos dizem esquecendo-se que 3 a dividir por 2 dá 1,5...) que mais me aborreceu na deslocação a Braga. O pior foi ver Camacho adoptar uma filosofia “à Scolari”, pensando quase sempre em resguardar o nulo em vez de procurar o triunfo num relvado difícil, é certo, mas diante um conjunto que teve menos dois dias de recuperação após a jornada europeia e que deu sempre a ideia que, pressionado a sério, acabaria por ceder.

Volto a insistir na tese dos dois avançados. Ao jogar apenas com um de cada vez, o Benfica torna-se uma formação sem presença na área contrária, incapaz de segurar os defesas adversários. Quantos lances espera o treinador ver Nuno Gomes ou Cardozo ganharem face a um esquema com quatro defesas, fora as ajudas dos trincos? Pode acontecer um ou outro, mas isso será a excepção e não a regra e quando suceder outra questão se levanta: a quantos “quilómetros” estará o necessário apoio?

Com Rui Costa em excepcional momento de forma e com Rodriguez a justificar desde já a renovação do contrato (só está ligado ao clube até ao final da época), continuo sem perceber o porquê de se apostar somente num verdadeiro dianteiro. Maxi Pereira – que é um lutador e parece-me um elemento bastante interessante – é importante a jogar no centro do relvado, mas não tem características para estar na faixa. Coloque-se lá o Di Maria, que é bastante veloz (voltei a ficar com a sensação que é um pouco egoísta e que se esquece que os malabarismo são próprios do circo...), e toca de meter dois homens na frente de ataque. Jogue-se com um só trinco! Ainda por cima, agora, não há Petit (lesão) nem Katsouranis (deslocado para central, onde tem estado brilhante, acrescente-se), o que facilita a decisão.

Dois empates valem 2 pontos. Uma vitória e uma derrota... 3. A matemática diz-nos que se deve arriscar. E não foi isso que Camacho fez no Minho. Ao fazer a troca directa entre Nuno Gomes e Cardozo, o espanhol fixou um “poste” entre a defesa contrária. Mas, amigos, postes ajudam é no basquetebol. Assim, prejudica-se o Nuno Gomes (depois de tanto tempo a ser assobiado marca em dois jogos seguidos e não tem direito a 90 minutos), o Cardozo (não deve faltar muito para começar a sentir a pressão de ter custado uma pipa de massa e justificar pouco) e a equipa (o mais grave de tudo).

Colocar Nuno Assis ao mesmo tempo que Rui Costa também não me parece uma ideia interessante. São atletas com as mesmas características (a qualidade é que é substancialmente diferente...) e estorvam-se um ao outro. A solução passa por adiantar Rui Costa, outro disparate, pois a equipa, infelizmente, não tem mais ninguém com o mesmo toque de bola, visão de jogo, sentido posicional ou capacidade para fazer passes a rasgar a defesa contrária. Logo, fazê-lo avançar no terreno só serve para lhe retirar espaço de manobra.

Introduzir Romeu Ribeiro, em vez de Fábio Coentrão, nos últimos minutos, foi a confirmação do interesse do técnico em preservar o 0-0. Conseguiu o que queria. Deve ter ficado contente. Eu não! E pouco me importa que, nas duas temporadas anteriores, tenhamos saídos de Braga derrotados. Esses dados, para as contas do actual campeonato, nada valem. Os 2 pontos que deixamos lá este domingo é que fazem muita falta.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Luís Filipe

O que dizer do artigo da bola de hoje sobre Luís Filipe, se todos nós benfiquistas já sabemos que não é jogador para o Benfica, o que dizer do benfiquismo do jornalista do jornal A Bola que simplesmente assassinou em público o Luís Filipe, com frases como "...com a carreira em velocidade de cruzeiro onde do Sporting passou para, Académica, U.Leiria, e Sp. Braga.." e " um jogador que não tem estrutura mental para jogar num clube como o Benfica...". Bonito, será que quando Luís Filipe se cruzar com este benfiquista, vai responder?!?!

Deixem jogar o....

Ainda bem que ja não temos Mantorras, mas temos o ADU que ainda não vi jogar, e sendo um jovem acho que merece estar pelo menos no banco de suplentes, para começar a fazer uns minutos e não desanimar...
Deixem jogar o ADU

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Entre-linhas

Recentemente pudemos assistir a dois jogos da nossa Selecção Nacional. O que me marcou nestes dois encontros não foi o péssimo futebol praticado, os resultados pouco simpáticos ou a suposta agressão do Sr. Scolari, foi sim, ter que ouvir os comentários do José Couceiro. Este futuro José Mourinho que, na realidade, se transformou num Luis Campos é, pelos vistos, o novo comentador da RTP nos jogos da nossa Selecção. Querendo já deixar a sua marca, lançou uma expressão que, no meu entender, será a expressão futebolística desta época. Depois de Técnico-táctico, Sistema e Dinâmica de jogo eis que surge Entre-linhas.
Ao que parece o José Couceiro já é conhecido como o novo Gabriel Alves, ou então não, mas uma coisa parece certa, é uma expressão que veio para ficar, estejam atentos.

Devo frisar que quando menciono o nome de José Couceiro faço uma vénia agradecendo o forte contributo que ele teve na conquista do campeonato nacional.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Alteração de estatutos

A surpresa que Camacho nos reservou em Milão, avançando com uma equipa onde constava somente um avançado, levou-me - pela enésima vez - a pensar numa interessante (penso eu...) proposta de alteração aos estatutos do clube. Se o Benfica cresceu e se afirmou, nacional e internacionalmente, a jogar com três avançados, será normal que, nos últimos tempos, nos tenhamos habituado a ver a equipa começar partidas apenas com um homem entre os defesas contrários?

Sei bem que para muitos pseudo-entendidos em futebol, o Di Maria, o Rodriguez, Bergessio, Coentrão ou Adu são avançados. Para mim, que sou da velha guarda, isso é tudo conversa. Avançados ou pontas-de-lança são o Cardozo, Nuno Gomes, Mantorras ou Dabao.

O Cardozo é um bom jogador e tem todas as características para brilhar no futebol europeu. Mas, sozinho entre os centrais opositores terá, salvo raras excepções, a mesma sorte que Nuno Gomes ou outro qualquer. Em Portugal, actuar com um só dianteiro em cunha é um erro porque a maioria das equipas contrárias joga com quatro defesas e, pelo menos, mais dois médios defensivos que, sem bola, várias vezes acabam entre os centrais. No estrangeiro, como se viu em Milão, o problema é outro: os centrais são de qualidade elevada, pelo que dominam, sem sobressaltos, um único avançado contrário.

Para reforçar esta minha ideia/proposta, recordo os desempenhos da equipa sempre que o Nuno Gomes jogou ao lado de outro avançado. Com o Miccoli a coisa já funcionava, mas quando o companheiro é grande e forte no jogo aéreo o rendimento ainda é melhor. No passado, se até jogadores tecnicamente banais como o Maniche brilhavam num esquema com dois avançados, porque não alinhar sempre nesse sistema quando temos gente capaz para o colocar em prática?

Ainda na ressaca do embate de Milão ocorreram-me outros pensamentos avulsos:

- Di Maria é um enorme talento que, em 2-3 anos, pode transformar-se num caso sério do futebol internacional. Mas, por agora, convém que alguém lhe explique que o futebol é um jogo de 11 contra 11, onde passar a bola aos colegas é uma medida quase sempre inteligente.

- A contratação de Luís Filipe serviu para muito pouco, para não dizer que não serviu rigorosamente para nada. A inconstância, a falta de rigor, a desorientação e o nervoso miudinho estão sempre presentes. Para quem pensava que estava encontrada uma alternativa a Nelson... Para mim, a única alteração é que, agora, podem dividir-se as exibições sofríveis por dois laterais que, de facto, safam-se a jogar no meio-campo mas são fraquinhos a defender ou a ter de fazer todo o corredor.

- Edcarlos é um jogador estranho. Parece inseguro, mas tem bom toque de bola; parece estar sempre fora dos lances, mas consegue muitos cortes no limite. Pode ser só uma mera ilusão, mas faz-me lembrar Luisão. Quando começou também era assim instável.

- Quim está num bom momento de forma, mas para não variar, falha quando não pode. O golo de Pirlo, sendo uma bela execução, era evitável. E começar um jogo destes logo a perder... raramente acaba bem.

- Não sei quem é este tal de Gilles. Fiquei com a ideia de fisicamente ser muito forte. Enfim, pode ser que sirva para alguma coisa. Só não posso concordar é que um desconhecido se estreia por um clube como o Benfica em plena Liga dos Campeões, fora e face a uma equipa chamada AC Milan!

- Ainda bem que foi Cardozo a falhar um golo mais que feito e que, sei lá, até podia ter mudado o jogo. Se fosse o Nuno Gomes... muita gente já teria proposto mandá-lo para o Iraque!

Real valor do Benfica após 6 jogos...

Sou benfiquista a 200%, no entanto como tal sou o critico nº1 e prefiro esperar que os valores individuais de cada jogador se mostrem em campo para poder avaliar, ao contrário do que esta a suceder neste momento no nosso clube. E como tal a minha critica ao jogo de ontem só vem provar que não temos a equipa e os jogadores que a imprensa e alguns benfiquistas querem fazer crer.
Começando pela defesa, se não há duvida que L.Filipe(5 anos de contrato, reforma garantida) é o pior defesa direito de sempre do Benfica entre Gary Charles e S.Okonowo, em relação a Ed Carlos tambem não tenho muitas duvidas que só veio para encher.
Miguel Vitor, o miudo é novo tem esse atenuante, mas não o vejo como um defesa central de futuro e de classe mundial como muitos auguram.Esteve bem nos jogos do Camp.Nacional, mas aí ja vimos que 1 jogador com 2 pés e boa distância no chuto jogam em qualquer lado desde que não complique e o miudo não complica, mas...
Maxi Pereira considero que é um jogador que não sabe jogar mal, vi jogar na copa américa e fiquei bem impressionado. Não é um jogador que se imponha indiscutivelmente na equipa, mas é bem melhor que N.Assis e não é um extremo direito como querem fazer querer, no esquema de F.Santos podia resultar com Camacho vejo-o como um suplente.
Di Maria aqui esta uma das minhas grandes duvidas, ainda não vi o TIKI TIKI, a jogar aquilo que as pessoas falam, desculpem mas não vi. Vi uma boa exibição contra o Nacional em que demonstra ousadia normal da juventude, mas tambem vi, muito pouca disciplina táctica, péssima atitude defensiva ( o campo parece estar a subir quando se defende), e sobretudo uma irritante dependencia do pé esquerdo com um reportório limitado a 2 fintas o que me recorda o grande Vando dos anos 80, em todos os outros jogos não vi o grande jogador que tanto falam e fazem capas nos jornais e só espero que não se perca...
Tem que provar mais, correr mais , defender mais e sobretudo mostrar um pouco da atitude que o seu companheiro C.Rodriguez mostra, e por falar no extremo Uruguaio, gosto da sua entrega atitude e até do seu futebol simples de extremo, mais em força que em técnica, não tem o potencial de Di Maria, mas gostei mais de o ver que o TIKI TIKI.
CARDOZO, estou escaldado com o o sr.9 milhões. Fiquei acordado para ver um jogo do Paraguai e para minha decepção, o matador jogou , mas dos 6 golos que o Paraguai marcou nenhum deles teve o nome de CARDOZO e mostrou sinais de algumas limitações tecnicas e fisicas, já para não falar na gritante dependência do pé esquerdo. Um aparte para o facto de que Roque Santa Cruz, ter facturado e só custava 5milhões de euros, para alem que em Inglaterra o homem tem marcado alguns golos e parece-me um jogador bem + competo que o OSCAR.
Ontem contra o Milão foi gritante a falta de atitude do OSCAR que não pressiona, resmunga, falha bolas que matador não pode falhar e perdeu lances que parecia que os tinha ganho com demasiada facilidade, mas para mim há um sinal que não me agrada muito. Não é um jogador alegre e sobretudo resmunga demasiado culpando colegas pelas suas falhas...Mas espero que seja o nosso matador que há muito tempo que procuramos.
Como este texto ja vai longo, que fique claro que todos eles têm o meu apoio, menos o Luis Filipe (defesa dto, não confundir), e espero sinceramente que venham a ser tudo aquilo que eu as pessoas esperam e que eu espero mas dentro de campo.

Tudo Bons Rapazes

Para jogo de homenagem ao Rui Costa, o jogo de ontem, não foi mau. Ritmo de passeio, pouca agressividade, não houve lesões e o resultado até foi simpático.

Faltou-nos um bocadinho assim...

... e para a história o que fica é o 2-1 e podemos sempre ficar a pensar que se não fosse a defesa menos conseguida do Joaquim no primeiro golo e o falhanço do Cardozo a meio metro da baliza, ainda tínhamos ganho em San Siro.

À justa....

2-1. Este é o resultado que vai ficar para a história. Uma margem tangencial face ao campeão da Europa. Daqui ao uns 20/30 anos (e face aos 5 títulos de Campeão Europeu entretanto conquistados) provavelmente toda a gente recordará este jogo como um jogo taco-a-taco, em que a sorte imerecida dos italianos levou a melhor.
As mentes mais retorcidas mentirão descaradamente. Dirão com ar de troça que o Milan teve 14 oportunidades de golo. Que colocar 2 defesas centrais pouco rodados e com uma média de idades de 20 anos se calhar não foi muito boa ideia. Que possivelmente o Luis Filipe é o pior defesa direito que vestiu o manto vermelho (ou rosa) nestes últimos 50 anos. Que o Milan a partir dos 30 minutos da 1ª parte começou a jogar em ritmo de passeio. Que o jogo esteve mais perto do 4-0 do que do 2-1. Que o Maxi Pereira foi contratado por catálogo. Que fazer faltas desnecessária à entrada da área é capaz de ser má ideia. Que o Rui Costa em jogos com este ritmo só aguenta 40 minutos. Que o nosso golo foi em obtido num fora de jogo mais escandaloso que o golo da Sérvia. Que o 24 Horas de hoje dizia que o Katsouranis acompanhou o seu café bebido nas ruas de Milão com uns relaxantes cigarros. Calúnias, sem dúvida.
Eu, com toda a certeza, recordarei os factos reais: Que a estirada épica do Quim foi insuficiente para defender um remate indefensável e contra a corrente do jogo. Que o cabeceamento perfeito do Cardozo a 1 metro da baliza foi estranhamente desviado para o poste por forças no mínimo sinistras. Que este golo traria claramente a reviravolta. Que o Rui Costa parece ter 20 anos e que se preciso fosse jogava mais 120 minutos ao ritmo de um Obiqwuelu. Que o golo foi legalíssimo e só pecou por tardio.

De uma coisa tenho a certeza: hoje tive a certeza que a maldição de Bella Gutman vai acabar...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Angústia

O meu cartão de sócio desta mítica agremiação indica o ano a partir do qual eu me juntei ao maior e melhor grupo de associados do universo, quiçá de Portugal. Esse número é 1989. A minha angústia reside no facto de eu ter nascido 10 anos antes.
Nunca hei de perdoar o meu progenitor e igualmente sócio do glorioso de ter desperdiçado este "gap" de uma década. Desde 2004 que já podia orgulhosamente ostentar na minha lapela o maravilhoso símbolo prateado, mas que devido ao egoísmo, preguiça ou inércia de quem devia ter tomado essa decisão, corrijo, obrigação, terei que esperar até 2014. Sete penosos anos...

Entrevista

Na senda do post introdutório do Pelicano, "...enquanto benfiquistas atentos, a participar neste espaço que se pretende de discussão do dia-a-dia do nosso clube...", gostaria de falar da entrevista do nosso presidente LFV ao jornal ABOLA de ontem (17/09/2007).
Foi mencionado na dita entrevista um projecto de futuro que visa levar o Rui Costa a presidente do nosso clube. Pergunto eu, não terá sido precipitado?
1º O timing é completamente errado, numa altura em que o homem está a dar cartas no campo, revelar, impor, situações hipoteticas que passam pelo fim da sua carreira é no minimo de mau gosto, revela apenas uma necessidade de aproveitar o bom momento para sair de uma nuvem de poeira onde se tinha metido, na presente pré-época.
2º Existe o "problema" do SLB não ser uma monarquia e as sucessões resultarem de eleições.
Tem que existir bom senso, não nego que a ideia é interessante e simpática, mas isto de apostar em "cavalos" para ganhar sem saber se eles sabem correr é perigoso.