sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A Táctica Inimiga

A propósito do post do camarada MNM.
É de um mau gosto desnecessário refugiarmo-nos na mais barata das demagogias para defesa dos nossos pontos de vista. E falo obviamente da referência salarial e do argumento (ou falta dele) do tipo até eu que não sei nada do assunto e cito ”que não treino os jogadores todos os dias e nem recebo 150.000 euros".
Vivemos num país livre e cada um recebe o que negociou no dia da sua contratação e estamos sempre a tempo de procurar melhor. Economicamente falando sai mais barato pagar prestações mensais do que indemnizar por inteiro de uma só vez. De tiros nos pés está o Benfica farto.

O David Luiz é um central não se deve adaptar a defesa esquerdo. Já o Aimar e o Suazo podem adaptar-se a extremos. O Reyes que é um extremo passa a jogar a 10. Engenhoso sem dúvida. Metade da época decorrida e mandamos para as couves todo o planeamento de uma temporada adaptando uma nova táctica. Genial.

p.s são estas correntes opinativas que estão a transformar a um ritmo galopante o ambiente dos jogos na Luz num verdadeiro Inferno... mas para os da casa... e desde o primeiro minuto.

É tempo de ganhar

Com a derrota em Alvalade, ficámos a 4 pontos do primeiro, uma situação que não deixa de ser desconfortável. Há até quem aponte o jogo de amanhã entre FC Porto e Sporting como decisivo para o que resta do campeonato, considerando que uma vitória portista o resolve. Não concordo. Afastará, provavelmente, o Sporting da corrida, mas não a nossa equipa. O que os nossos jogadores têm de começar a fazer é ganhar. E isto significa mais do que um ou dois jogos. Temos de ter agora uma série de, pelo menos, 5/6 jogos seguidos com triunfos. Só assim deixaremos bem claro que somos candidatos ao título e eventualmente merecemos repetir o feito de 2004/2005. Até agora, perdoem-me os que discordarem, o Benfica não mostrou ser melhor do que o FC Porto e o Sporting. Não, não me esqueço das influência dos árbitros, a que infelizmente há muito estamos habituados. Bastaria que os Pedros, o Henriques e o Proença, não se tivessem 'enganado' uma vez e os líderes seríamos nós. Mas isso não invalida os equívocos da nossa equipa: a dispensa do Léo, a colocação do Ruben Amorim na direita, a insistência num meio-campo com Katsouranis e Yebda, etc. De tal forma que, como se comprova pelo 'post' anterior, nesta fase da época, ainda discutimos tácticas e a posição dos jogadores em campo.

Neste momento, não aceito mais desculpas. A equipa só tem 50% de vitórias em jogos oficiais (felizmente, há os 100% da Taça da Liga, caso contrário, este saldo seria negativo) e esses não são números de campeões. É hora de jogadores como Suazo, Reyes e Aimar serem mais do que nomes; de o treinador deixar de ser tão receoso; de a equipa mostrar que sabe trocar a bola e pressionar o adversário quando este a tem. Mas é tempo sobretudo de começar a ganhar sempre. A começar hoje, diante do Leixões. Será um jogo difícil? Sem dúvida. O árbitro é o Lucílio Baptista? Que façamos o suficiente para ele anular um golo limpo no final sem isso nos tirar a vitória. O adversário ganhou no Porto, em Alvalade e em Braga? Não quero saber. Se isso assusta os nossos jogadores e treinadores, então digam-nos já, para não termos ilusões.

Como já referi num 'post' anterior, não acredito que o nível exibicional da equipa melhore muito, mas continuo a crer na conquista do título. Só depende de nós. Mesmo que o FC Porto amanhã ganhe ao Sporting. Se formos somando vitórias, bastará um deslize portista para nos colarmos a eles, pressionando-os. Eu acredito. E os nossos profissionais?

PS - De cada vez que é levado na finta de um adversário que, depois, centra para golo, o Sidnei deixa de ser convocado. Não compreendo...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Dissertações tácticas (o acordo ortográfico que se f...)



Tem sido muito discutido ultimamente que o sub-rendimento do Benfica (particularmente ao nível da dinâmica e jogo e criatividade atacante) tem estado relacionado com algum mau aproveitamento e posicionamento táctico, incluindo alguns erros de casting que não aproveitam da melhor forma as características de alguns dos nossos jogadores. Custa-me um bocado o facto do Quique se resignar à ideia de não querer utilizar o Suazo e o Cardozo simultaneamente.

Deste modo, para mim, que não treino os jogadores todos os dias e nem recebo 150.000 euros para o fazer, a arrumação táctica que melhor aproveita os recursos e as características dos jogadores que temos neste momento, seria esta que o diagrama mostra:

1. Suazo a Extremo-direito, deambulando para o meio com o "over-laping" do Maxi. Em lances de contra-ataques rápidos (tipo cantos adversários e recuperações de bola semelhantes) poderá ser o homem mais adiantado e ser lançado em velocidade. Em situação de ataque continuado poderá com a sua velocidade ganhar a linha com facilidade ao defesa contrário e provocar desequilíbrios. Teria muito mais espaço para jogar como gosta e de modo a que a equipa beneficiasse mais das suas características.
2. Aimar a Extremo Esq, jogando um pouco à imagem de Simão, fazendo diagonais para o meio com frequência (Se pensarem um pouco os dois têm algumas características muito semelhantes: rápidos qb, boa aceleração, muito bons tecnicamente, jogam c/ os dois pés, embora o Aimar passe melhor e o Simão remate melhor).
Deste modo o Aimar fugiria das marcações do miolo e teria mais tempo para pensar e executar, evitando o confronto físico de onde invariavelmente sai prejudicado.
3. Reyes a 2º Ponta de lança, mas jogando de trás para a frente (Claro que o prefiro ver a extremo puro, mas esta solução passa por beneficiar o Aimar). Podendo trocar posicionalmente com Aimar quando este deriva para o meio. Capacidade de transporte de bola. O facto de jogar mais no meio pode ter mais oportunidades de usar o bom remate de meia distância que tem.
4. David Luiz a central. Podemos chamar durante 5 anos "Cavalo" ao burro lá da quinta, mas ele será sempre um burro. Não vamos querer fazer de um central um lateral esquerdo, com o acréscimo de ao colocá-lo do lado esq, estar sempre a defender com o seu pior pé as investidas do extremo da equipa adversária.
5. De resto é mais ou menos tudo na mesma, sabendo-se que a contratação de um defesa esquerdo de nível será prioritária.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Exigência

Tenho pautado o meu discurso desde que escrevo neste nosso blogue por uma critica constante à gestão desportiva do clube. Não corre em mim nenhum propósito de candidatura à presidência do clube, nem tão pouco a doença do Sr. Rui Santos de criticar tudo e todos por qualquer motivo. Entendo a critica como a procura da perfeição, por mais longínqua que esta seja.
Em anos anteriores foquei a critica na politica desportiva do clube, mais exactamente na sua ausência. Tenho para mim que triturámos treinadores injustificadamente. Sinto que Camacho poderá ter sido um deles (e eu estava farto dele, pois não conseguia perceber onde é que estava o trabalho semanal), mas o verdadeiro problema situava-se acima do treinador e isso foi por diversas vezes focado por todos nós.
Na presente temporada as coisas a este nível foram melhor conduzidas, o Rui Costa apareceu e parece ter um rumo definido para o clube, levará o seu tempo a chegar ao patamar desejado, mas estou em crer que tal ocorrerá, mas uma coisa já foi conseguida, um plantel de qualidade e condições para trabalhar o que forçosamente acarreta mais exigência para todos, nomeadamente treinador e plantel. Não se pode exigir nesta época o mesmo que era exigido em épocas anteriores, é preciso mais, porque está ao nosso alcance.
Para mim é notório que o plantel está mal aproveitado, e estamos na eminência de desaproveitar uma oportunidade pouco vista nos últimos anos (o FCP está mais fraco). Não quero com isto dizer que o titulo é obrigatório, que deveríamos despedir o treinador, etc. Acho é que podemos e devemos exigir mais da equipa e fundamentalmente do treinador. Considero o Quique um homem inteligente com um discurso fantástico mas que mantém uma concepção de jogo desadequada com o nosso campeonato e com a própria equipa. Este facto poderá ser nefasto para a nossa classificação na presente temporada adiando a vitória. É tempo de perceber isso, contudo, defendo projectos de 2/3 anos e será esse o timing que a actual equipa técnica deverá ter para trabalhar, no fim se avaliará, o que não implica que estejamos calados. A critica é por vezes a melhor forma de defender o clube.

Cego É Quem Não Quer Ver

Em momento oportuno informei que os propósitos dos meus post visariam sempre a defesa intransigível do nosso clube. E fico triste sempre que constato que os maiores avalizadores da miserável competição nacional são os nossos adeptos. Vejamos, o Glorioso perdeu um derby que à haver verdade no nosso futebol teria sido disputado com uma larga e decisiva vantagem pontual que se reflectiria na tranquilidade, na atitude e na forma de estar em campo dos diferentes protagonistas. Apesar de tudo fomos superiores na 1ª parte e foram precisas inúmeras contingências para perdermos. Exemplos:
- as faltas não assinaladas sobre o Aimar (levou uma chapada na 1ª jogada do desafio; sofreu uma grande penalidade não apontada que no seguimento da jogada irá surgiu o primeiro golo do adversário, etc) que alteram toda a dinâmica do nosso futebol e que adivinho virem a ser negativamente decisivas no futuro*;
- o perdão às sucessivas “quase agressões” de Rochemback, Liedson e Derlei que justificavam a expulsão.

No universo Benfiquista basta um dia mau e tudo fica péssimo. E viramos a nossa “azia” para análises profundas sobre a errada política de contratações, ou a ausência de um modelo de jogo ou as erradas opções tácticas. Eu não contribuo para esse peditório. Este campeonato já estaria ganho caso existisse verdade desportiva. E isto sim é um facto que deve ser repetido até à exaustão pelos verdadeiros Benfiquistas. Nenhum Presidente, Director Desportivo, Treinador ou plantel resiste à batota. É tempo de nos concentrarmos no essencial e deixarmos o acessório para quem sabe.

Mais uma vez vos lembro o último titulo foi no ano do Apito Dourado.

p.s. * Aimar - Desde JVP que não via tanta classe num jogador e o modelo de jogo idealizado por Quique e Rui Costa, assentaria no seu desempenho. Eles não contavam era com a realidade que impera nos nossos relvados. O primeiro por ser espanhol e o segundo por ter estado ausente de Portugal durante muito anos. Porque senão lembrar-se-iam da permissividade concedida aos nossos adversários nas marcações aos nossos jogadores em que o JVP foi o maior exemplo durante anos. Quantas faltas fizeram Fucille e Pedro Silva nos últimos derbys?

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Silêncio e agora ânimo

Nas últimas semanas tenho andado afastado dos comentários (escritos) sobre o nosso clube. Tenho-o feito porque ao contrário de muitos Benfiquistas não gostei da exibição no Dragão (achei-a competente mas sem luz nem magia) e vi no jogo com o Paços aquilo que é o Benfica actual, uma equipa sem criatividade muito estática e pouco dinâmica, que faz da sua organização (a todo o custo) a sua força. Na antevisão do jogo frente aos lagartos, mencionei várias vezes, que seriamos organizados (enganei-me) mas que não conseguiríamos parar o Liedson nem o Montenegrino e por aqui passaria o desfecho do jogo. Optei assim por me calar.
Há algumas semanas que escrevi sobre a utilização do Suazo em detrimento do Cardozo (pelo menos neste esquema, pois defendo a utilização dos dois ao mesmo tempo num esquema completamente diferente) e escrevi também sobre o facto de David Luiz jogar a lateral (sou absolutamente contra a qualquer adaptação que não seja excepção pontual). O Yebda, na minha opinião tacticamente é pavoroso, vai disfarçando essa lacuna com o vigor físico (o Mourinho não acha...!!!), o que para jogar da forma como jogamos é perigoso, muito perigoso.
E por aqui se escreve a derrota frente aos lagartos, ou seja, estava tudo identificado para quem o quisesse ver, inclusive o nosso treinador. Julgo que viu, pois foi por demais evidente, o mais difícil está conseguido, agora à que trabalhar para corrigir.
Estou em crer que para a semana vamos recuperar pontos, e sinto que vamos melhorar enquanto equipa (assim queira o Quique), e voltar a lutar pelo que todos queremos ou cremos...

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Sem alma de campeão

O Benfica demonstrou, mais uma vez, pouco nível para uma equipa que pretende ganhar o título de campeão nacional. Depois de ter ganho ao Paço de Ferreira, num jogo em que nos últimos instantes o adversário atirou uma bola ao poste, a nossa equipa até mereceu o empate na primeira parte, em Alvalade, mas, no segundo tempo, foi totalmente inferior, parecendo que não estava a defrontar uma equipa que, teoricamente, tem menos qualidade - para mim, só conta com três grandes jogadores: Liedson, Vukcevic e Izmailov.

O Levezinho tornou a ser o «carrasco» do Benfica - parece que não existe antídoto que o anule -, mas, mais grave, é esta irregularidade exibicional que não se extingue e, quando estamos praticamente em Março,não me parece que surjam soluções que possam modificar este «futebolzinho» que Quique Flores implantou. Não gosto de culpar treinadores, nem costumo defender «chicotadas» psicológicas a meio da época, a não ser que me garantissem que o sucessor seria Alex Fergunson ou José Mourinho, para entrar já na próxima jornada...No entanto, julgo que o Benfica, com este plantel, embora com desequilíbrios, tem a obrigação de apresentar mais qualidade.

Durante a semana, acompanhei o encontro do Sp. Braga com o Standard e concluí que seria necessário ver, mais vezes, no Benfica jogadas como as que determinaram o segundo e terceiro golos dos minhotos, claramente bem trabalhadas durante os treinos. Voltando ao duelo com o Paços, o Benfica ganha, além da sorte no último minuto,porque houve dois jogadores que se «lembraram» de marcar grandes golos e não como resultado de qualquer genialidade táctica...

Por outro lado, não percebo porque Quique «embirra» com Cardozo: merece ser titular, em detrimento, de Suazo, embora até aprecie as capacidades do hondurenho, mas tem estado, claramente, «off». Aos que dizem que a táctica não se adequa a Cardozo, respondo: mude-se a forma de jogar, nem que seja «tudo ao molho» e fé no paraguaio. Mesmo que se transforme num «matador» implacável, Suazo vai sair do Benfica no final da época e julgo que o Nené, do Nacional, seria uma alternativa interessante, mas parece que o Arsenal já anda «atrás» dele...

Apesar de tudo, estamos a quatro pontos do FC Porto, por isso, como diria o nosso José Torres, deixem-me sonhar...

PS: Vi agora que o Benfica perdeu 6-1 com o Freixieiro e nem cliquei no «link» para saber mais pormenores, porque, para pesadelos, basta o desafio de Alvalade.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Derby Especial

O derby de 21 de Fevereiro de 2009 será sempre para mim um derby marcante. Se repararem no meu nickname tem a particularidade de ter o número 84. 1984, o ano em que me tornei sócio deste glorioso clube, o Sport Lisboa e Benfica. É com muito orgulho que amanhã estarei presente na cerimónia de entrega dos emblemas de dedicação, integrada nas comemorações do 105º aniversário do nosso clube.


25 anos de sócio vividos com alegrias, tristezas e muitos nervos, principalmente nos últimos tempos, mas sempre com um elemento presente da minha parte, dedicação! Costumo dizer à minha namorada para não se preocupar que só tenho uma amante, o Benfica. Verdade seja dita que não há amantes que aguentem 25 anos, pode-se dizer que amanhã tornarei oficial o meu “casamento” com o Benfica!


Apesar da vaidade do feito alcançado não me esqueço do jogo crucial que temos, e mais importante do que receber um emblema de prata é ganharmos o derby. Só dessa forma é que o derby do dia 21 de Fevereiro de 2009 será sempre um Derby Especial!



Sou do Benfica
E isso me envaidece
Tenho a genica
Que a qualquer engrandece
Sou de um clube lutador
Que na luta com fervor
Nunca encontrou rival
Neste nosso Portugal.


Ser Benfiquista
É ter na alma a chama imensa
Que nos conquista
E leva à palma a luz intensa
Do sol que lá no céu
Risonho vem beijar
Com orgulho muito seu
As camisolas berrantes
Que nos campos a vibrar
São papoilas saltitantes.



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Cativo sofredor!

Benfica 1-1 Porto (2ª Jornada - 30/08)
Benfica 2-0 Sporting (4ª Jornada - 27/09)
Benfica 2-1 Naval (6ª Jornada - 26/10)
Benfica 1-0 Amadora (8ª Jornada - 16-11)
Benfica 2-2 Setúbal (10ª Jornada - 01-12)
Benfica 0-0 Nacional (12ª Jornada - 22-12)
Benfica 1-0 Braga (14ª Jornada - 11-01-2009)
Benfica 1-0 Rio Ave (16ª Jornada - 01-02-2009)
Benfica 3-2 Paços Ferreira (18ª Jornada - 15-02-2009)

À excepção de um, o que é que estes jogos têm em comum?

Uma palavra apenas, SOFRIMENTO!

Para quem tem cativo no estádio da Luz, e excluindo os empates que também foram jogos de nervos, apenas por uma vez viu o Benfica ganhar na Luz por mais de um golo de diferença, e logo contra o Sportem. Infelizmente, e depois do início prometedor com as vitórias sobre o Nápoles e Sportem, a sina tem sido vitórias magras (só agora, contra o Paços, é que marcamos mais de 2 golos no estádio da Luz para o campeonato), normalmente decididas na 2ª parte e bastante sofridas, pois quando nos apanhamos a ganhar raramente temos o controlo do jogo e sofremos os maiores sustos nessa altura.

Fora, a diferença também não é muita. Temos mais um empate e uma derrota, mas apenas em dois jogos ganhamos com mais de dois golos de diferença, contra a Académica e contra o Maritimo.

Vamos a ver se contra o Sportem voltamos a ter um jogo sem sofrimento.

Desculpem, mas estou farto de sofrer no estádio da Luz!

QUIQUE! Vê lá se fazes alguma coisa quanto a isto!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Nota ao Sr. Proença...

Sem querer estar com a mania da perseguição, aconselho-vos a ler o relatório do Observador da Liga no Fêcêpê-Sport Lisboa e Benfica, que atribui nota negativa ao Sr. Pedro 'Boi Preto' Proença'.

Justifica o Sr. Observador que a mesma nota se deve pela não marcação de uma grande penalidade do Reyes sobre o Lucho, e da não atribuição de um cartão amarelo ao Sidney, por uma entrada sobre o mesmo Lucho. O mesmo senhor que é pago para observar e classificar o Sr. Pedro 'Boi Preto' Proença, iliba-o do lance que (EFECTIVAMENTE) decide o jogo, porque (diz ele e passo a citar): "Aos 25 minutos do 2º tempo, marcou grande penalidade contra a equipa B [Benfica], por suposta falta do jogador nº 26 [Yebda] (…) Do local onde nos encontramos e uma vez o lance ter ocorrido no vértice mais distante da grande área, não nos foi possível vislumbrar com clareza o desenlace da jogada: se a queda é provocada por algum contacto dos pés ao nível do terreno ou em virtude do defensor ter colocado o braço à frente do tronco do adversário, impedindo/perturbando a sua progressão. Porque o árbitro se encontrava bem colocado e perto, cerca de 3/4 metros, e foi peremptório a assinalar a grande penalidade, aliado ao facto de não terem existido protestos de jogadores da equipa penalizada, que aceitaram pacificamente a decisão, com excepção do faltoso, único a esboçar contrariedade, damos-lhe o benefício da dúvida".

Peço desculpa pelo 'Copy Paste' deste parágrafo, mas teve de ser. Para se compreender melhor a podridão que alastra a todas as funções dentro e fora dos nossos relvado isto era necessário. Se por um lado a incompetência do Sr Pedro 'Boi Preto' Proença, pode ser confundida com incapcidade de arbitrar um jogo de futebol e/ou com 'forças estranhas' ao campo, no caso deste Sr. Observador, o mesmo já não se aplica. Alguém que é pago para analisar o trabalho de um árbitro, e o iliba com a Justificação que por parte do Benfica ninguém protestou, é verdadeiramente inconcebível e inaceitável. Ainda mais...diz ele que o "árbitro" se encontrava bem colocado e foi peremtório em assinalar a penalidade. Pois bem...se eu invadir o campo de forma peremtória, e lhe enfiar um selo que o despentei, o Sr. Pedro Proença também não vai discutir o acontecimento? Diz ainda ele que a nota foi negativa em 1 décima, por causa do lance em que (e é verdade) se justificava o amarelo ao Sidney.

O que me espanta é que ninguém faça nada...vai tudo assobiando para o lado, enquanto que o Mexilhão se vai F#$#$"o jornada após jornada.

E depois nós é que somos levado ao colinho...
PS: podem ler outras transcrições do referido relatório aqui...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Aleluia o Sr. Luis Sobral também viu.

Duas grandes penalidades inexistentes, dois golos. Foi assim nas mais recentes partidas do FC Porto no Dragão. Primeiro com o Benfica, ontem com o Rio Ave. Desta vez o penálti resolveu aquilo que Hulk, Fucile, Raul Meireles e Lucho não tinham conseguido antes: enganar Paiva.
Com Hulk na esquerda, Lisandro e Rodríguez no banco, o FC Porto ficou quase dependente do brasileiro para inventar espaços. Pouco? Nem por isso. Hulk arrancou uma primeira parte de excelente qualidade e aos 32 minutos rematou com estrondo à barra depois de uma arrancada poderosa desde o meio-campo.
O Rio Ave foi tentando jogar no intervalo do medo imposto por Hulk e das movimentações inteligentes de Raul Meireles. Mas pouco, claro, e sem oportunidades de golo.
Aos 45 minutos a vantagem do campeão era compreensível, até porque logo a seguir à grande penalidade forçada Mariano rematou de cabeça e Paiva defendeu em esforço. Para lá da linha, gritaram os campeões. De forma regular, sustentou o auxiliar. Os fantasmas andavam por ali.
Jesualdo retirou Fucile ao intervalo, mas o verdadeiro problema foi ter colocado Fernando como lateral e Tomás Costa no meio. O campeão perdeu o futebol regular que apresentara. Deixou de criar oportunidades e viu Fábio Coentrão acertar no poste de Hélton, aos 59 minutos.
Com muito menos Hulk e sem Raul Meireles, o FC Porto permitiu que o Rio Ave acreditasse. Pois bem, aos 72 minutos Fábio Coentrão foi ao fundo da alma buscar um remate espantoso: 1-1!
O FC Porto reagiu. Lançou Lisandro. Por entre a confusão táctica, Rodríguez podia ter marcado aos 85 minutos, na única falha de Paiva. Assinou Farías, de cabeça, apoiado em Edson. Por muito menos o árbitro assinalou grande penalidade contra o Rio Ave, na primeira parte. O mesmo Farías fechou, já nos descontos. Mas os fantasmas continuam no Dragão.
ANÁLISE
POSITIVO: QUE GOLO!
Tal como na época passada, então com a camisola do Nacional, Fábio Coentrão assinou um golo espantoso. O pé esquerdo levou a bola ao fundo da baliza de Helton.

NEGATIVO: AS TAIS FALHAS
No lance do grande golo de Fábio Coentrão, Cissokho deixou à vista as suas limitações a defender. Jesualdo retirou-o de imediato.
ARBITRAGEM: TÃO MAU...
Contacto entre Gaspar e Farías não justificava penálti. Mais tarde, o argentino apoiou-se em Edson para fazer o 2-1. Nada. Pelo meio, dúvida sobre uma defesa de Paiva na linha de golo. Elmano demonstrou a sua ausência de classe.
Luis Sobral in Correio da Manhã 16 Fevereiro 2009

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

De volta ao Inferno

A equipa do Benfica foi muito elogiada depois do jogo no Porto. Com justiça, pois todos sentimos que, se não fosse "aquilo", provavelmente teríamos ganho o jogo. Mas agora é tempo de voltarmos aos jogos menos empolgantes, aqueles que, queiramos ou não, normalmente decidem os campeonatos. O Benfica tem tido extremas dificuldades para ganhar os jogos na Luz e até para marcar golos. Pela simples razão de que não pode jogar da mesma forma que o faz diante do FC Porto, por exemplo.

Domingo, com o Paços de Ferreira, Quique Flores deveria fazer algumas alterações na equipa. Como Yebda e Katsouranis só funcionam juntos em jogos como o do Dragão, o francês deveria ficar no 'banco', até porque já tem quatro 'amarelos'. Pode entrar Carlos Martins ou até Balboa. Este seria um bom jogo para tentar espremer-lhe algo. Também devido ao número de cartões amarelos que já tem, Luisão deveria ser suplente, para não corrermos o risco de não jogar em Alvalade. David Luiz pode jogar no centro e Jorge Ribeiro na esquerda. Suazo também mostrou não estar na forma ideal e teve duas longas viagens durante a semana, pelo que se impõe a substituição por Cardozo.

É importante que a equipa deixe de entrar com a indolência que costuma marcar os jogos em casa. Sob pena de não se ganhar o jogo, perder-se algo que, apesar do empate, se conquistou no Porto e deixarmos de poder apontar o dedo a um dos mais decisivos factores que, ao longo de anos, têm afastado a nossa equipa do topo.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

50 Anos de Vida do Pequeno Genial

O filme não lhe faz a justiça merecida. Mas também seria impossível apresentar todo o seu talento em cinco minutos. A magnificência dos seus dribles, sempre diferentes e imprevisíveis, a superioridade da sua visão de jogo, a precisão de passe, a elegância com que conduzia a bola de cabeça levantada e a impressionante capacidade de jogar com qualquer um dos pés (coisa rara para um canhoto nato). Em Portugal nunca vi igual. O Humberto, o Alves, o Oliveira, o Diamantino, o Nené, o Gomes, o Carlos Manuel, o Valdo, o Futre, o Figo, o João Pinto, o Rui Costa, o Simão, o Ronaldo todos bons mas nenhum tão vibrante e tão genial. O Chalana é único. E eu, nascido em 1970 sou do Benfica porque ele jogava de Águia ao peito.

Obrigado CHALANA. Parabéns.

Deleitem-se.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sem Comentários

Empate: FC Porto e Benfica repetiram 1-1 da primeira volta
Uma nódoa no clássico. O árbitro Pedro Proença optou ontem por ajudar o FC Porto a manter-se no comando da liga, ao assinalar um ‘penálti de sopro’ contra o Benfica, com que Lucho González anulou a desvantagem do golo apontado por Yebda à passagem do intervalo. Uma nódoa que manchou um belo espectáculo, em estádio cheio.
Embora actuando muito perto da sua grande área, o Benfica conseguiu evitar sempre a construção de jogo do adversário, mas talvez tenha acreditado cedo de mais na manutenção da vantagem, ao optar por alinhar meia hora sem ponta-de-lança.
Os treinadores foram fiéis às respectivas matrizes tácticas (4x3x3 contra 4x4x2), do que resultou uma previsível superioridade numérica do Benfica a meio-campo que, todavia, demorou a produzir efeitos nas passagens para o ataque. A linha defensiva do Benfica actua muito recuada, o que permitiu muitas recuperações de bola na intermediária e algumas infiltrações aos portistas.
Por isso, os primeiros 35 minutos foram de domínio consentido do FC Porto, com diversas conclusões, quatro delas de cabeça no centro da área encarnada, mas nunca Moreira correu real perigo de ser batido. Ao invés, as surtidas dos lisboetas ao ataque foram sempre mais intencionais, com três boas oportunidades ao longo do primeiro tempo, com realce para o contra-ataque entre Suazo e Reyes, no qual o espanhol pôs à prova a qualidade de Helton (38’). Os últimos dez minutos do primeiro tempo foram inteiramente dominados pelos visitantes, que se adiantaram por Yebda, também de cabeça, num canto de Reyes, em que a defesa portista cometeu um tremendo equívoco de marcação.
O FC Porto acusou fundo o golpe de um golo de todo inesperado e não conseguiu reagir no recomeço, ajustando-se então melhor o dispositivo atrasado do Benfica, muito favorável a contragolpes, apesar de Suazo estar muito longe da forma ideal. Mas como Lisandro não está melhor e Hulk passou ao lado do jogo, a partida ficou de feição ao controlo dos encarnados. Só lhes ‘falhou’ o controlo de Pedro Proença que, a dois metros de Yebda e Lisandro, decidiu pôr a mão suja da arbitragem no jogo jogado.
ANÁLISE
LUISAO IMPERIAL: Na primeira parte, o FC Porto conseguiu várias finalizações de cabeça, mas, após o intervalo, a actuação de Luisão e de Sidnei foi simplesmente impecável. A melhor época de sempre de Luisão.
TÉCNICOS MEDROSOS: Os dois treinadores mostraram um terrível medo de perder. Jesualdo não reagiu à desvantagem e não conseguiu melhorar a equipa e Quique optou por jogar sem ponta-de-lança.
PENÁLTI VERGONHOSO: Um penálti ‘dourado’ numa actuação sem critério, com cartões amarelos à sorte e total complacência para o jogo faltoso sistemático de Fucile (sete faltas) e para os golpes de karaté dos centrais portistas.
In Correio da Manhã 09/02/2009

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Konstantinos Katsouranis - "O PENSADOR"

O Katso iniciou a sua carreira no Patras Panachaiki em 1996 com apenas 17 anos. Esteve neste clube por 6 epocas indo depois em 2003 para o AEK e em 2006 transferiu-se para o nosso Glorioso.

Na 1ª epoca do Katso no SLB achava que era um jogador extremamente lento e que parecia que nunca estava em jogo, aéreo e que disfarçava as suas actuações com uma serie de golos que os meios jornalisticos lhe renderam enormes elogios catapultando-o para um jogador de classe mundial.

Hoje em dia e sempre que é titular na sua habitual posição de médio, tenho que me render pois trata-se de um grande jogador de classe mundial transformando-se no Pensador do jogo do Benfica dado a sua invulgar visão de jogo tanto a nivel tactico como tecnico (não falando do nosso numero 10 que está a subir de jogo para jogo e que espero que na dragoa dos morcons - pois dragões só nos filmes - possa continuar a exibir-se a alto nivel e materializada em assistencias e golos), dando consistencia à sua retaguarda, ao nosso keeper (que não sofre golos desde o Trofese) e à estrategia ofensiva do Quique, com muito futebol pelas alas e que nos trouxe finalmente a possibilidade de jogar com dois avançados, coisa que há muito não se via no futebol do SLB e que é a tactica que nos dá mais certezas para se atingir o objectivo primordial deste jogo que é o GOLO e a alegria dos adeptos. Diga-se de passagem que um grande treinador já dizia que se marcassemos mais golos que os adversários ganhariamos o jogo com certeza, por isso as suas equipas jogariam sempre ao ataque. A grandeza do nosso clube sempre passou por termos grandes equipas de futebol de "ataque" pois ainda me lembro de grandes duplas como o Nene e o Filipovic, o Magnusson e o Rui Aguas já para não ir mais atras ao Pantera, Simoes, Jose Augusto, Aguas, Torres, etc.

É um jogador indiscutivel tanto no nosso BENFICA como na selecção grega - e que se tivessemos ainda o Karagounis entao e que o nosso meio campo era de excelencia - pelo que a sua titularidade representa concerteza um principio de vitoria sendo que em termos estatisticos sempre que tem jogado na posição que o notabiliza no futebol mundial o SLB tem garantido quase sempre a vitoria.

E um jogador multifacetado, jogando tanto a central, como a médio defensivo e em minha opinião gostava ainda de o ver a jogar atrás do ponta de lança (ai veriamos a faceta de goleador deste senhor).

Estou confiante que com o Katsouranis ao seu melhor nivel vamos fazer uma grande partida na "dragoa", culminado com um dos seus golos de cabeça para uma vitoria monumental.

No proximo irei dedicar um texto ao grande jogador que é o "RUBEN AMORIM" que sempre disse que nunca devia ter deixado o Benfica e que já devia ter regressado antes desta epoca

VIVA O GLORIOSO e saudações benfiquistas

PS - Não posso deixar de ter uma palavra para a nomeação inteligente do senhor de Preto "Pedro Proença", que trará dificuldades à organização do nosso jogo, pois apesar de se intitular um grande benfiquista sempre que apita um dos nossos jogos prejudica o GLORIOSO talvez com receios (ainda me lembro no ano em que fomos campeões que no jogo de Penafiel não viu 4 penalidades a favor do Glorioso) de ser acusado de beneficiar o seu clube, das notas e avaliações que o promovem para os jogos internacionais, da mafia e outras jogadas de bastidores que já se andam a movimentar entre os Morcons e os Lagartos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Mercado de Inverno

Pela primeira vez, desde que existe mercado de Inverno, o Benfica não contratou nenhum jogador. O saldo foi negativo com as saídas, por empréstimo, do Makakula e do Zoro (este último sem qualquer poupança salarial), e com a rescisão do Léo.

Reflexo da crise que atravessa o futebol ou nova política do Benfica?

Espero que seja a conjugação das duas coisas. O Benfica tem investido forte no seu plantel neste últimos dois anos, a folha salarial aumentou esta época, o clube terá menores receitas das competições europeias, logo, não é tempo de entrar em mais gastos e loucuras.

Por outro lado, independentemente da conjuntura, espero sinceramente que o que aconteceu comece a fazer parte da cultura e política do clube. Sim, é verdade, concordo com a sondagem aqui ao lado, o Benfica, para além de mais um defesa esquerdo e do "inexistente" extremo direito, precisa acima de tudo de um médio centro que interprete a táctica e os princípios de jogo do Quique. Mas isso vai ter de esperar para outras núpcias e ficar para a planificação da próxima época, com o mesmo treinador, espero eu. O Benfica não se pode dar ao luxo de contratar em Janeiro Manducas, Morettos, Sepsis, Makakulas, etc. para depois emprestá-los logo na época seguinte. Com a agravante depois de os treinadores de Janeiro já não serem os mesmos da época seguinte!

Por isso, apesar de reconhecer que a equipa necessita de se reforçar nalgumas posições, regozijo-me com o que aconteceu nesta janela de transferências. O mercado de Inverno, até porque é sempre difícil encontrar nesta altura jogadores de qualidade disponíveis, apenas deverá ser utilizado para suprir eventuais ausências prolongadas, obviamente não descurando a hipótese de alguma oportunidade de ouro. Os casos de sucesso foram, como o Nuno Assis ou o Fyssas, sempre a excepção e não a regra.

Os melhores reforços que podemos ter agora é não ter lesões nos nossos jogadores, em especial no caso do Aimar.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A coragem de Quique

O Benfica foi a equipa que mais respeitou a Taça da Liga e, praticamente, actuou com a equipa que costuma ser titular, apesar de jogar com o FC Porto no domingo. Quique Flores podia ter «rodado» mais dois ou três futebolistas, mas apresentar uma equipa de reservas, como fez Jesualdo Ferreira, sem capacidade de lutar pela vitória seria, no mínimo, um disparate. Só admitiria uma situação diferente, caso o desafio no Dragão valesse a conquista do título de campeão.

Os jogadores do Benfica têm de disputar partida a meio da semana, com a mesma qualidade, respeitar a história do clube e os adeptos que se deslocam ao estádio para ver um encontro que começou a horas que só afastam público. Mais: estava em causa o acesso a uma final e, por isso, a possibilidade de conquistar o primeiro troféu nesta competição. Para combater a tendência de «poupar» futebolistas, a Liga de Clubes deveria ter «mão firme» e incluir no regulamento a obrigatoriedade de na Taça da Liga actuarem sete oito titulares do último jogo efectuado no campeonato.

Parece que Quique percebeu que Moretto não pode jogar no Benfica, mas, apesar de tudo, a exibição não foi brilhante: valeu pela bela jogada que originou o golo de Aimar e se há talento, não se percebo por que não há melhores actuações com mais frequência.

PS: Tive, na terça-feira, o primeiro contacto com o Benfica TV e vi esta entrevista de Anderson (ex-FC Porto e actualmente no Manchester United) que, no mínimo, é hilariante. Digamos que o inglês dele é...alternativo.

Sempre a aprender

De há uns tempos a esta parte várias ocorrências têm permitido e posto a nu uma realidade que, apesar de normal, é difícil de aceitar. A sua dificuldade não está em nenhum ego especial, mas atendendo à minha condição de viciado no Benfica e por extensão em futebol, revela que algo tem estado mal na forma de analisar o jogo.
A verdade é que NÃO PERCEBO NADA DE FUTEBOL. Sim, esta é uma realidade que tem vivido e convivido comigo nos últimos tempos. Ontem, mais uma evidência.
Quique com o jogo empatado a zero, decide substituir o nosso único ponta de lança, para lançar Di Maria. Quando me apercebi do facto, dei por mim, primeiro, em estado de choque e depois a respirar de forma a preparar-me para reproduzir uma sequência enorme de impropérios, visando o treinador e por arrasto o jogador Di Maria. Nem sequer comecei, marcámos logo um golo. Tive que me render às evidências, sou apenas um treinador de bancada de qualidade duvidosa.
Estou em crer que esta situação foi o preparar do jogo que se avizinha, não concordo e temo dar muito mau resultado, o que me deixa feliz, pois pelos vistos não percebo nada disto e vamos ganhar...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Escutas, teimosias e corrupções

Semana sim, semana não, um dos jornais ou televisões ao serviço do FC Porto/Pinto da Costa volta à carga com as escutas telefónicas em processos da justiça desportiva. Não para desmentir os seus conteúdos, a gravidade do que é dito ou a sua veracidade, mas para questionar a sua utilização, sempre com base em formalismos legais inaplicáveis ou inexistentes. E para daí partir para a enésima garantia de que as punições ao sr. Pinto da Costa e ao FC Porto (2 anos de suspensão por corrupção de árbitros na forma tentada e perda de 6 pontos na classificação) vão ser anuladas, tudo em grandes parangonas e sem qualquer pudor ou receio de se verem desmentidos.Hoje mesmo, último sábado de Janeiro de 2009, o vetusto ‘Jornal de Notícias’ enchia a sua manchete com títulos garrafais dizendo ‘Escutas telefónicas fora do Apito Final’, ‘Constitucional confirma ilegalidade do uso de escutas na justiça desportiva’, ‘Decisão põe em causa castigos a Pinto da Costa, FC Porto e Boavista’. Que se passara? Que teria levado o Tribunal Constitucional (TC) a mudar de opinião? Pois bem, não se passara nada. Mas a partir de um primeiro telegrama da Lusa, bastou ignorarem o segundo, em que tudo era clarificado, para o esforçado pessoal do ‘Jornal de Notícias’ fazer o que, em bom português e salvo o devido respeito, se chama ‘albardar o burro à vontade do dono’. Em resumo, o TC decidira na véspera ‘não apreciar o recurso interposto pelo Conselho de Justiça da FPF, que lhe tinha pedido para se pronunciar sobre a utilização de escutas telefónicas em processos disciplinares. Isto porque, no processo de punição do presidente da União de Leiria, João Bartolomeu, este recorrera para o Supremo Tribunal Administrativo (STA), pedindo a devolução dos textos das suas escutas, no que se chama uma intimação objectiva, uma habilidade processual restrita e sem consequências sobre outros processos. Muito menos em processos transitados em julgado, já apreciados e julgados em recurso pelo Conselho de Justiça da FPF. Portanto, estamos perante a transformação de um ‘não acontecimento’ (a decisão do TC de não apreciar o recurso da do CJ da FPF atrás referido) num acontecimento. Ainda não foi desta vez que as escutas (praticamente a única forma de combater a corrupção) foram anuladas ou proibidas. Uma coisa estranha de defender, mas que, pelos vistos, tem os seus fiéis defensores...

Autor: RUI CARTAXANA Data: Sábado, 31 Janeiro de 2009 - 17:57

(Com muita dificuldade mas ainda se encontra gente lúcida na imprensa nacional)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Alguém explique por favor...!!!

Esta competição com nome de bela cerveja, mas que sabe mal como poucas (a competição claro!!!), tem tido o condão de me deixar baralhado e confuso, ainda mais do que beber umas quantas garrafas da dita patrocinadora.
Passe a trapalhada do goal average e do goal difference, só visto cá no burgo, muito mais me tem baralhado. Segundo me recordo a justificação para a criação da competição foi dar jogos aos jogadores menos utilizados, como isso na época passada resultou num enorme fracasso de bilheteira e fracasso da competição em si, as regras foram alteradas, e ao que parece (convém escrever isto pois a mim não me parece nada, ou melhor parece que é, mas depois já não é, estou baralhado) as equipas estão obrigadas a usar 5 dos efectivos nos 2 jogos que antecedem a "eliminatória". Já percebi (ainda não muito bem) a extensão da palavra efectivo na última ronda jogada, mas acabo de ver a convocatória do fcp e confesso que fiquei baralhado (ainda mais, o que julgava ser difícil), pois metade da equipa não conheço e a outra metade raramente vi jogar (eu e todos, penso eu de que).
Atento o exposto agradeço que alguém iluminado me esclareça isto, pois começo a ficar preocupado com a minha capacidade para reter textos escritos em Português, ainda que contenham alguns Inglesismos.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Razão vs. Emoção

Considero-me uma pessoa que às vezes é demasiado racional. Já aqui escrevi sobre o que penso do caso Mantorras e não partilho do mesmo entusiasmo dos adeptos benfiquistas quando ele entra em campo. Bato as mesmas palmas que bato em qualquer substituição de um jogador benfiquista.

Mas como Razão e Emoção não andam de costas voltadas, e no futebol então a razão parece que é deficitária na maior parte das vezes, aqui fica o registo fiel, na primeira pessoa, de um adepto de futebol.

Momento de Razão
Minuto 65, entra o Mantorras , penso para os meus próprios botões sem comentar para os meus colegas de bancada: "Triste Benfica que tem na equipa um jogador seriamente limitado fisicamente e que de momento é mais um relações públicas do que um jogador".

Momento de Emoção
Minuto 70, golo do Benfica, e desculpem a linguagem mas disse que ia ser fiel: "Cab.. do p.., tem mais faro de golo só com um joelho do que todos os outros!!!" Escusado dizer que eu, tal como todo o estádio, fui invadido por um sentimento de delírio e alegria bem superiores a outros golos comemorados naquele estádio. Senti alegria não só pelo golo do Benfica mas também pelo jogador Mantorras!

INEXPLICÁVEL!

Assim até ao fim

Quique Flores continua esperançado em que a equipa melhore. Eu já não acredito. E não é pela exibição do fim-de-semana, pois esta foi determinada pelas condições meteorológicas e pelo péssimo relvado (porquê? alguém explica?). Parece-me que vai ser assim até ao fim. Com alguma falta de qualidade e de jogo de equipa. Resta saber que resultados conseguiremos a jogar desta forma. E também o que farão os outros dois candidatos ao título.

Há quem faça paralelismos entre este campeonato e o último que vencemos. Até o golo do Mantorras veio acentuar esse sentimento. Mas, atenção! Este FC Porto é mais forte do que o de 2004/2005. E nós também teremos de ser. Se acredito? Acredito sempre. Mas não estou optimista para domingo. Receio que a equipa se encolha, como já aconteceu em campos complicados, como Nápoles e Atenas.

PS - Impressionante a alegria que se sentiu no estádio com o golo do Mantorras e, antes disso, com a sua entrada em campo. Que empatia ele continua a ter com os adeptos!