sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Custa perder assim

A noticia de Javi no City tem duas leituras imediatas:

 - A financeira: injecção de capital a pronto (cerca de 20 milhões) é claramente uma boa noticia;

 - Desportiva: Neste campo estou plenamente de acordo com Forteifeio aqui, uma perda enorme que poderá significar a época.

Como solução imediata para atenuar a saída, era um raide a Braga e em vez de Lima trazíamos o Custódio. Outra alternativa seria fazer regressar Airton e/ou adaptar Sidnei ao lugar.

Percebendo como funciona Jesus e a sua paixão pela inexistência de médios e habituais crónicas seguidas de um jogo com a temática "aluga-se meio campo" não se vai buscar ninguém e assume-se os jogos como acabamos em Setúbal. É a aposta na fezada.

Suor e sangue teus... Lágrimas benfiquistas


Meio minuto para os 90. Dí Maria prepara o cruzamento no livre de bola parada que acaba de conquistar e David Luiz pede o apoio do público da Luz. A bola é batida, Javi Garcia salta mais alto que os centrais... E já está ! Finalmente o 1-0 e os três pontos que Peiser, o Guarda Redes da Naval, teimava em evitar e que viriam a revelar-se fundamentais para a conquista do título.

O médio centro chegara poucos meses antes, oriundo do Real Madrid, e já encarnava dentro do campo a alma benfiquista. Era a extensão da vontade de cada adepto que se imaginava dentro das quatro linhas. Um guerreiro espartano que defendia a camisola do Benfica de modo ímpar. Campeão Nacional em 2010 e vencedor de quatro Taças da Liga, era o número 6 indiscutível da equipa e, muitos diziam, o futuro detentor da braçadeira centenária de capitão. Assim não quis o destino e encontra-se prestes a abandonar Lisboa, a caminho do milionário e pouco histórico Manchester City

Contudo, é um dos que merece ser recordado pelo suor e sangue que derramou, nos últimos anos, ao serviço do clube. Quem esquece a imagem da sua cabeça cheia de sangue em Alvalade e a querer na mesma, a todo o custo, entrar em campo para ir disputar o canto pois o 0-0 persistia ? Esse momento compensou, para mim, a injeção infiltrativa de Eusébio, o Coluna que, em 1963, jogou mais de metade do jogo lesionado contra o AC Milan ou o Germano que substituiu Costa Pereira na baliza, momentos que eu nunca assisti, pois não era nascido.

Javí Garcia foi um jogador de entrega e mística, como poucos houve no Benfica dos últimos 20 anos. Será também, a partir de hoje, menos um daqueles que restam do último plantel campeão. Logo este ano que afirmaste que era o teu formato de camisola preferido. Não esqueças o Sport Lisboa e Benfica !


Se Javi Garcia sai, quem entra?

Segundo as últimas informações, Javi Garcia um dos jogadores mais influentes do plantel vai sair para o Manchester City. Sobre a qualidade a inteligência e a preponderância deste jogador, qualquer benfiquista atento saberá e por isso não me vou alongar muito. Só desejo a este jogador fantástico dedicado e trabalhador tudo de bom. Mas o Javi sai e o Benfica fica, e neste caso não fica bem. Estamos no último dia de contratações e o Benfica precisa do pão para a boca de um jogador com as mesmas qualidades com  as mesmas condições com a mesma capacidade, com as mesmas, talvez seja dificil, mas pelo menos parecidas. Espero que a Direcção tenha feito o trabalho de casa e tenha prevenido esta situação porque não existe no plantel, e por favor não me falem no Matic. Vamos ver hoje se o trabalho é devidamente planeado ou se andam a trabalhar em cima do joelho! Todos estamos à espera, porque perder este jogador pode ser determinante.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Mais uma lendária caminhada Europeia...


Cinquenta e dois anos depois da primeira vitória do Benfica (3-2) na Taça dos Clubes Campeões Europeus imposta sobre o Barcelona, tudo mudou e se renovou no futebol. Contudo, a presença assídua da camisola encarnada com o símbolo da Águia, mesmo sem a quina no braço esquerdo, mantém-se.


A primeira vez que a Liga dos Campeões - foi esta a primeira época que adoptou este nome – se jogou na forma de grupos foi em 1991/92. Após eliminar o Hamrun Spartans de Malta (0-6 em La Valletta e 4-0 em Lisboa)  e de ter vencido por 4-2 no total das eliminatórias o poderoso Arsenal de Ian Wright (1-1 em Lisboa e 1-3, após prolongamento, em Londres), o Benfica encontrou no grupo o Dynamo Kyiv, o Sparta de Praga e o Barcelona. O vencedor teria acesso à final, mas o Benfica, contabilizando apenas 5 pontos (e a perna partida de Rui Águas!) ficou-se pelo 3º lugar atrás de Barcelona, que viria a ser o vencedor da competição, com 9 e de Sparta de Praga, do médio centro Chovanec, com 6.

No total dos 5 jogos oficiais realizados desde sempre, entre os encarnados e os blaugrana, o Barcelona venceu dois jogos em casa, empatou nas duas vezes que visitou a Luz e perdeu na única vez que se jogou em terreno neutro.

Na última partida dessa campanha de 1991/92, a terceira da história, caso o Benfica vencesse na Catalunha (perdeu por 2-1), ainda conseguiria alcançar a final, mas aos 23’ Stoichkov e Bakero já tinham feito a cabeça negra ao defesa-direito José Carlos.

Desta feita, não teremos outra obrigação que não a de derrotar, à Benfica, fora e em casa, Celtic de Glasgow, naquele que será outro duelo histórico da Europa, e Spartak de Moscovo, de forma a chegarmos a Camp Nou sem precisar de ganhar, mas a discutir o primeiro lugar e reescrever a lendária frase de Lourent Moisset na France Football de Novembro de 1991, orgulhosos de mais uma gloriosa caminhada Europeia em 2012...


Saviola, um sonho realizado


Desde os resumos do campeonato argentino aos golos com a camisola sete do Barcelona, houve um tempo em que imaginar um jogador como Saviola vestido de encarnado não constituía mais do que um sonho ou uma miragem. Mas nesse dia era realidade.


No Estádio da Luz, a 22 de Outubro de 2009, um ataque de luxo impunha a maior derrota da história do Everton, o conhecido clube inglês que liderava o Grupo da Liga Europa, com um contundente 5-0. Magia nos passes de Aimar, assistências milimétricas de Maria e golos de Cardozo, Luisão e Saviola (o primeiro e o último) traziam à memória o perfume de outras eras da história encarnada.

A sua ciência futebolística viria a ser novamente decisiva na deslocação do FC Porto à Luz, nessa mesma época, em que os dragões foram derrotados, à chuva e sem espinhas, por 1-0 com um remate rasteiro do ‘coelho’ argentino. E que falta que fez em Liverpool uns meses mais tarde !

Roguei-lhe pragas quando acertou no poste em Braga na meia-final da Liga Europa em 2011, mas soube novamente reconhecer a sua arte e engenho, em frente à baliza, contra o Gil Vicente, em Coimbra, em mais uma vitória, a quarta consecutiva, na Final da Taça da Liga na temporada passada.

Saviola assinou pelo Benfica no Verão de 2009 e estará prestes a rescindir contrato no fecho de mercado desta nova temporada. Jamais esquecerei o “chapéu” perfeito, expoente máximo do seu talento, perante o Guarda-Redes da Académica em casa.

Obrigado, Saviola, pelo teu profissionalismo e pelo meu sonho realizado.


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Equipa B

Vi com enorme prazer (pela televisão, devo dizer) a exibição de 2ª feira da nossa Equipa B. Há ali jogadores com claro potencial para no futuro integrarem a equipa principal - Mika, Cancelo, Miguel Rosa, Leandro Pimenta, André Gomes, Ivan Cavaleiro. E poderá haver outros, falo apenas dos que tenho visto nos três jogos a que assisti. Alguns destes acho que podiam começar a ser chamados desde já, devagarinho e com cuidado, para a Taça da Liga por exemplo, e ir fazendo a sua integração. Da mesma forma gostei de ver o profissionalismo e entusiasmo com que jogaram o Miguel Vítor e o Jardel. Nem sobranceria, nem ar de frete, entrega total e espírito de equipa foi o que se viu. Penso que fazer rodar alguns jogadores da equipa principal na B é uma boa opção, e devia ser alargada a outros jogadores, rodando entre si (embora eu reconheça que a posição de defesa central é aquela que mais necessita de ajuda para já na equipa B). Eu começaria a rodar por exemplo o Ola John, durante uns tempos, porque me parece o caminho mais rápido para ele ir superando os problemas de adaptação que tem tido, ganhar ritmo e confiança. E ele até está dentro do limite de idade definido para as equipas B. Eu sei que poderá não ser fácil convencer um jogador que já e+ internacional pelo seu país a jogar na equipa B, mas acho que para ele isso é melhor do que estar parado e será demonstrável que seria no seu próprio interesse fazê-lo temporiariamente. E outros também deveriam ir rodando na B, como o Luisinho, Yannick, Mitchel, até mesmo o Matic e o Kardec, porque não?

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Eliseu

Para além de se poder discutir o valor de ELiseu como defesa esquerdo (parece-me ser mais eficaz a atacar do que a defender, portanto com pouca vantagem sobre Melgarejo), há que considerar que este ano não poderá ser utilizado na Champions, porque esta semana jogou pelo Málaga. Eu sei que o campeonato é A prioridade, mas também temos prestígio e dinheiro a ganhar na Champions. Dar dois ou três milhões por um jogador que não pode actuar nessa competição seria a meu ver um disparate. E se jogar com Melgarejo na Champions seria sempre um risco, esse risco aumenta exponencialmente se ainda por cima o paraguaio nem sequer for o habitual titular da equipa. Por tudo isto, não me parece que Eliseu seja uma boa solução. Eu esperaria até Janeiro antes de tomar uma decisão de compra de um jogador para o lugar. Até lá pode ser que Melgarejo melhore - ou que surjam no mercado de Janeiro alternativas realmente válidas. CORRECÇÃO De facto muitos amigos Benfiquistas me chamaram a atenção para o facto, que eu desconhecia, da alteração dos regulamentos permitir que ELiseu jogue pelo Benfica se for contratado. Agradeço a todos o terem-nos feito. Obviamente que isso altera favoravelmente a perspectiva da sua contratação. No entanto devo dizer que, para mim, não me parece que o jogador seja uma real mais valia, mas pronto, se vier que seja bem vindo e que prove que eu estou enganado.