quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

400…100…10



A Nação Benfiquista anda a gravitar no céu envolta no número 400 milhões. Já li variadas opiniões, muitas delas com diferentes interpretações, mas todas baseadas em desinformação. Enquanto não forem esclarecidos os contornos do negócio ninguém poderá afirmar com certeza se é um bom negócio ou mau, apenas poderemos dizer que alguém anda a trabalhar e a tentar arranjar as melhores soluções para o futuro do clube. Pelos vistos a contenção financeira e a necessidade de obter receitas no imediato tornou-se premente. Não o era já nos últimos anos?

Não contentes com os 400 milhões já andamos a sonhar com os 100 milhões que hipoteticamente receberemos pela venda do naming do estádio, desta vez, ainda com menos informação.

No meio disto ando preocupado com os 10 minutos em que aparentamos jogar futebol, já que nos restantes 80 minutos não jogamos nada, mas mesmo nadinha. 

Bem sei que os negócios, as finanças são alicerce essencial que permitirá lutar por títulos no futuro, mas será que não era possível fazê-lo mantendo a competitividade a qualidade e a luta por títulos no presente? É que eu vivo no presente, vejo os jogos hoje e gostava de festejar em Maio. É daquelas situações a que nos habituamos e gostaria de manter pois deixa-me feliz e contente. 

Parece que este é um ano de transição, por acaso transição é o que não conseguimos fazer em campo, nem defensiva, nem ofensiva. É o ano de transição para um novo paradigma que assenta no jogador made in Seixal? Mas isso implica com o passar do tempo jogar cada vez pior? É que o Benfica deste ano de transição jogo após jogo parece pior: O Júlio Cesar está a sofrer golos com alguma responsabilidade algo que não fazia; o André Almeida era um defesa certinho que por vezes atacava, agora não ataca e é intermitente na defesa; Eliseu era mau agora é medíocre; Jonas fazia a diferença e espalhava perfume, agora parece que não consegue fazer um passe; Pizzi era um médio fraco agora é um pavor a médio e um extremo pobre; Talisca era um jogador promissor agora é um gajo com um penteado esquisito, mas parece que andamos a valorizar os nossos miúdos de 18 anos. Pena é estarmos a desvalorizar os restantes jogadores e não sei se já mencionei: não jogamos nada, nadinha. 

Ganhar alguma coisa este ano com esta produção futebolística é a mesma coisa que pensar ganhar o euromilhões jogando com 4 cruzes. Pode ser um ano de transição ainda não percebi é para onde, no imediato vejo o abismo e um saco de notas a fazer contra peso.