O Benfica tem sido assolado com
lesões e impedimentos vários nos seus jogadores titulares. Se por um lado essa
situação tem permitido o aparecimento de algumas promessas, como são o caso de
Lindelof e Ederson, por outro e nesta fase crucial da época onde a pressão será
imensa jogar com miúdos poderá ser um óbice ao sucesso final. Não está em causa
a qualidade mas sim a experiência.
Esta nota inicial poderá colidir
com o que escrevo de seguida e tem a ver com determinadas opções que têm sido
tomadas, com as quais não concordo e que poderão complicar as nossas hipóteses.
A opção por Sálvio em detrimento
de Carcela é, no meu entender, desastrosa. Não está em causa a qualidade do
jogador mas sim a sua actual condição física e disponibilidade para a luta.
Temos que compreender que o calvário de lesões a que tem sido sujeito levará
tempo a esquecer. Só acontecerá a jogar ganhando confiança mas terá que fazê-lo
em jogos resolvidos e não por resolver. A sua entrada em Zenit e ontem a titular
foi perigosa, jogamos quase sempre coxos e sem explosão, ainda por cima, em
jogos de intensidade máxima. Carcela na ausência de Gaitan foi fundamental e
sempre que entra acrescenta qualidade e imprevisibilidade ao nosso futebol, não
deverá ser encostado a 4ª escolha principalmente perante este Sálvio. Ontem foi
a tempo mas nem sempre o será.
Outra opção com a qual não
concordo nesta fase é a inclusão de Nelson Semedo. O miúdo está pouco confiante
e acumula erros. Defensivamente está constantemente mal colocado o que agudiza
uma já débil equipa no aspecto defensivo, com a agravante de não aparecer no
ataque. Parece nervoso, precisa também ele de ganhar confiança e terá tempo
para isso mas nesta fase o lugar terá que ser de André Almeida.
Já não tenho palavras para falar
de Jimenez ou Raul. Não consigo compreender como foi possível contratar este
corredor de fundo pelo valor divulgado. Não joga nem deixa jogar. Não gosto,
fico sempre com a sensação que o Pringle regressou e isso causa-me arrepios. A
opção é Mitroglou e Jonas sempre disponíveis para os 7 jogos que faltam.
Se tivermos cuidado com as
opções, apesar das evidentes lacunas técnicas e tácticas, estou convencido que
vamos festejar em Maio. Tudo depende de nós.