Não sei se alguém ainda lê o blog...
aqui vai tão grande é o escândalo
A nação Benfiquista ficou
“anestesiada” com o ciclo de vitórias do Futebol e de outras Modalidades. Eu
também jubilei com os muitos êxitos do nosso clube. As vitórias são uma alegria
imensa, tanto maior se recordarmos o quanto custaram e como no passado nos
obrigavam a perder. Mas ao contrário da maioria nunca me iludi com o Tetra, porque
nunca acreditei na regeneração do futebol nacional. Basta recordar as inúmeras
incidências nos nossos jogos e dos nossos adversários nas 3 épocas de JJ em que
não fomos campeões. Para o Tetra, em muito contribui a postura séria dos
treinadores Paulo Fonseca, Lopetegui e Nuno Espírito Santo que não “jogaram á
Porto anos 90”.
Com a chegada de Sérgio Conceição
ao comando técnico tudo mudou. O treinador do FCP sabe que os senhores do apito
sempre temeram o seu clube, e com tal adotou uma postura em campo de pressão
constante sobre o adversário de modo a privilegiar os duelos físicos que sabe
em antemão vencer dada a benevolência dos árbitros. É ver o modo de jogar do
Felipe, do regressado Pepe, Danilo, Otávio, etc. Que não permitem a equipa
adversária jogar/contra-atacar, recuperando a bola sempre cedo em zona de
perigo. Uma dinâmica de jogo batoteira que é permitida a uns e reprimida aos
demais fazendo toda a diferença numa competição de regularidade. A pressão alta também (a exemplo do passado) se faz sentir junto do árbitro ao longo dos 90 minutos sempre
que estes decidem em sentido contrário. Tanto no relvado como via banco de
suplentes, tudo com óptimos resultados, inclusivé na escandalosa atuação do VAR e nos seus constantes maus juízos sempre
em benefício do FCP.
O clássico de ontem foi um retrato perfeito do
acima descrito.
Não podemos continuar a tolerar
que a falta de seriedade dentro de campo tenha a cumplicidade do nosso silêncio.
Os dois últimos anos permitiram que o futebol recuasse aos negros anos 90, em
que tudo valia para garantir as vitórias do FCP. Aceitar com ligeireza o que se
tem passado no presente e último campeonato é negar o obvio e pactuar com a
mentira. É um imperativo de consciência não deixar que as vitórias de quem chega
em primeiro quando vestido de azul e branco passem sempre como justas e
indiscutíveis. Exige-se ação firme.