Ansioso me confesso por jogos do
Benfica. Andei terça-feira e o dia de ontem a pensar e a aguardar pelas 17h00 e
início de 90 minutos de futebol, o verdadeiro tónico da paixão por um clube
enorme e carismático como é o SLB.
Após 30 segundos de jogo e duas
intervenções perfeitamente estapafúrdias do Filipe Augusto rapidamente percebi
que não era desta que iríamos demonstrar alguma capacidade futebolística minimamente
interessante.
O registo foi quase sempre sofrível
ao ponto de até Fejsa parecer medíocre num contexto de equipa balizado por zero
estratégia, zero táctica, alguma vontade mas com zero confiança nas ideias preconizadas
pelo treinador. O problema não se circunscreve à qualidade individual dos
jogadores mas sim à capacidade, ou falta dela, do treinador em enquadrar a
equipa em competição frente a adversários que não sejam apenas verbo-de-encher.
É confrangedor ver Jardel, Fejsa,
Pizzi, Salvio e Jonas a produzirem muito abaixo do seu real valor, parecerem
jogadores banais e sem qualidade. É ainda mais confrangedor perceber que há
volta destes, o cenário é ainda mais desolador. Não há rasgo, não há principio
e meio logo não poderemos esperar o fim.
Neste cenário desolador decidimos
entrar com toda a força no campo das palavras e na vergonha imensa de
comunicação que tem sido apanágio do futebol em Portugal. Com um jeito muito
singular de perdedores entramos no folclore de acusações para desviar as
atenções. Querer justificar o que não fazemos em campo através de atitudes
similares e condenáveis numa imitação ridícula do que os nossos adversários já
fazem.
Já a defender-mo-nos das acusações
a que temos sido sujeitos não fomos tão céleres e incisivos, sendo a premissa
de defesa e agora acusação está na “causa efeito” como se a tentativa por si só
não fosse um acto condenável, com a agravante de não ter provimento quiçá por
incompetência.
Vivemos tempos difíceis e
parece-me que estamos a catapultar em terceiros os nossos erros.
Nunca mais é
domingo.