quinta-feira, 26 de junho de 2014

O que queremos?

O que mais me confunde no nosso Benfica é a sua incapacidade para lidar com o sucesso de forma competente criando bases para que este perdure e se torne viral.
Bem sei que os tempos são difíceis, as nossas contas estão controladas mas importa tomar medidas mais compatíveis com a realidade. A redução do investimento era algo evidente e absolutamente necessário, mas também a consequência de vários anos de investimento, ou seja, depois de anos a investir na equipa, agora seria tempo de capitalizar esse investimento em retorno (mais-valias) mas também desportivamente. Se desbaratarmos um plantel, de sucesso, isso trará consequências desportivas mas também financeiras uma vez que obrigará no futuro próximo a novo período de investimento. Não sei quem poderá beneficiar com esta solução mas sinto que não será o Benfica e os Benfiquistas.
Poderemos afirmar que existem propostas irrecusáveis que não conseguimos contrapor. Aceito isso, o negócio de Rodrigo e de André Gomes são um caso evidente (-2); a não manutenção de Siqueira também a percebo ainda que tudo seja muito nebuloso (-3); numa óptica de custos com ordenados vs produção percebo que Artur, Cardozo e Steven Vitória possam ser vendidos (-6); percebo a saída de Garay (-7), pela sua idade, vencimento, apenas mais um ano de contrato, valorização no auge e vontade do atleta.
A juntar a estas saídas fala-se insistentemente em Enzo, Gaitan e Oblack (-10).
Enquanto isto o nosso treinador anda feito pavão, em sucessivas entrevistas, num ano que se pretende ou pretendia a afirmação interna e domínio no futebol Português.
Na realidade o que se percebe é que as palavras diferem dos actos, dizem-nos que queremos a hegemonia no futebol nacional e atacar a Europa mas na realidade andamos a vender o núcleo duro do plantel sem que estes estejam a ser devidamente substituídos.