terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Feliz Natal à Benfica




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Desejo de Natal

Em pleno dia de Natal, para além dos desejos naturais de boas festas a todos os Benfiquistas e rogar para que lá para Maio nos juntemos todos a festejar a Dobradinha, peço silêncio. Não peço um silêncio qualquer, apenas o de LFV.
O nosso presidente uma vez mais, quando estamos em "alta", anda por aí em ataques bacocos. Se da menção às arbitragens nada há a opor, os ataques a Helton, fcp de uma forma generalizada são um erro. Eles alimentam-se destes expedientes para cerrarem fileiras, nós não precisamos disso. Concentre-mo-nos em nós, falemos nas alturas devidas das questões de arbitragem e deixemo-nos de comentários e discursos inflamados.

PS: A contratação de um defesa esquerdo e de um médio seria uma medida muito interessante.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Olha, olha...

... o mais reles parece que finalmente encontrou quem o pôs na ordem; e já anda o coro de virgens solidárias e ofendidas numa roda viva...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Do Verão ao Natal... e na Páscoa?

Benfiquista, procura recuar, por exemplo, a 20 de Agosto e imagina que te diziam o seguinte: "até ao Natal, vai acontecer isto à tua equipa: ficas definitivamente sem o Javi Garcia, o Witsel e o Saviola; o Luisão estará indisponível dois meses e meio; não contarás com o Aimar e o Carlos Martins; o Gaitán, o Nolito e o Bruno César estarão em péssima forma; e, por último, terás alguns jogadores com lesões menores". Como pensarias que estaríamos nesta altura? É em momentos como este que penso que o Jesus é o melhor treinador para o Benfica. Agora, temos um último desafio em 2012 e um Janeiro cheio de jogos e decisivo (pelo menos, nas taças). E, depois, os meses que costumam ser piores com Jesus: Fevereiro e Março. Será que daqui a 3 meses, ainda pensarei o mesmo do nosso treinador ou voltarei àquela fase em que só me apetece vê-lo pelas costas?  

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Evangelista primário

O presidente do sindicado de jogadores de futebol sofre de anti-Benfiquismo primário. Sempre que pode, aí está a atacar o Glorioso.

Agora resolveu a despropósito intrometer-se mais uma vez na vida interna do clube e nas escolhas do nosso treinador.

Aparentemente, a questão dos jogadores portugueses apenas preocupa este atrasado mental no que diz respeito ao Benfica. Das suas declarações depreende-se que todos os outros clubes portugueses apostam imenso em jogadores lusos, só o Benfica e Jorge Jesus é que não.

Ignora este imbecil por exemplo a realidade da nossa equipa B, onde o plantel é formado em grande maioria por portugueses, ao contrário do que aocntece noutros clubes.

Se eu fosse o Jorge Jesus, aplicava a lição do Eça - há coisas que só se resolvem mesmo com umas bengaladas...

É que não há pachorra!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Regresso das negociatas entre aldrabões

Após alguns dias de boataria em surdina, pudemos hoje constatar em notícia de primeira página na imprensa desportiva e não só, uma possível negociata envolvendo tripeirada e lagartada.

Conhecendo como os corruptos costumam trabalhar estas coisas, estou certo que a contrapartida para a chegada de Izmailov não será apenas financeira. No passado envolveu troca de jogadores, a possibilidade de conseguir uns 2º lugares e até umas taças, contudo agora existe o Braga, pelo que, resultados desportivos minimamente interessantes já estão destinados. Restará providenciar uma guerra aberta connosco que desvie atenções? Ou será que entrada VIP do macaco no W/C já faz parte do pacote?

Aguardemos os desenvolvimentos e estão abertas as apostas para o jogador que fará o caminho inverso: eu aponto a um Internacional que recentemente se falou que poderia vir para a Luz.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O pormenor da ambição

O Benfica tem vindo, no decorrer da presente temporada, em especial nos últimos 9/10 jogos, a conseguir resultados e até exibições muito interessantes. A equipa está mais equilibrada com principal evidência no processo defensivo. Essa melhoria sente-se, e os benefícios são evidentes, sofremos poucas situações de perigo, logo sofremos menos golos o que redunda em maiores possibilidades de vitória, o que tem vindo a ocorrer. 

Se nos cingirmos, em termos de análise, à Liga Xistra e amigos verifica-se um êxito quase total, os dois amargos de boca (Braga e Académica) estão intimamente ligados às dicotomias visuais que assolam os elementos que “pugnam” pelo cumprimento das leis do jogo.  

Se alargarmos a nossa análise às provas Europeias, é justo dizer que o objectivo não foi cumprido. Não o foi por culpa própria, por um problema de estratégia/ambição face a dois jogos nucleares (Celtic e Barcelona) com continuação no jogo de ontem. Se compararmos o jogo de Glasgow e o de Alvalade na abordagem inicial, verificamos inúmeras semelhanças: gestão do jogo, contração, inibição, um jogo sonolento sem ambição para impor em campo a nossa superioridade. Demonstrámos estar satisfeitos com o zero a zero. Se em Glasgow e até Barcelona o arrastar do resultado permitiu manter a cadência e até acentuá-la, ontem tivemos a sorte de sofrer um golo. Esse aspecto, teoricamente negativo, foi o clique para partirmos para mais, muito mais, quer em exibição mas fundamentalmente resultado.

É um pormenor que importa rever, respeitar sempre mas com ambição e crença na vitória, principalmente perante adversários que nos são manifestamente inferiores independentemente do local do jogo.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Chuva... de golos


O futebol já não é o que era. Basta uma carga de água ligeiramente mais forte do que o habitual e os jogos são imediatamente cancelados. A culpa nem é talvez dos jogadores, treinadores e dirigentes dos clubes, pois pertence aos árbitros e aos delegados aos jogos - quais paladinos da verdade desportiva e defensores dos espectáculos "milionários" das competições internacionais - a decisão final sobre a realização das partidas. Todavia, em todas as situações, sobre quaisquer declarações proferidas recaem naturalmente as devidas análises e consequências.

Ao que parece, devido ao adiamento do "decisivo" jogo contra o Videoton, o Sporting rejeitar-se-á a participar no jogo frente ao Benfica se este não for adiado mais um dia. O erro institucional de não tentar abordar primeiro os órgãos sociais do Benfica é grave e desrespeitoso. Porém, na verdade, todos sabemos que o derby da próxima segunda-feira não começou a ser jogado as 20h05m de ontem, dia da última jornada da Fase de Grupos da Liga Europa, em que ao Sporting não restava mais do que o último lugar.

Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Portugal defrontam-se desde 1908 - 1907 se considerados também os confrontos entre o Grupo Sport Lisboa e Sporting Clube de Portugal - e são inúmeras as curiosidades e imensos os participantes em mais de 100 anos de jogos entre os dois clubes. Nenhum benfiquista, que preze a sua história, desconhece a influência que o jovem fundador do clube verde e branco, José Alvalade, financiado pelo avô Alfredo Augusto das Neves Holtreman, o primeiro e único Visconde de Alvalade, ia tendo no desfecho do seu clube logo nos primeiros anos de existência. Embora, a atitude de "aliciar" oito jogadores da equipa principal do Sport Lisboa não ter tido o mesmo impacto que teria uma situação do mesmo género no presente, animosidade e mesmo alguma violência passou a ser frequente nos confrontos entre os dois clubes nos anos seguintes e esta rivalidade mantém-se ainda nos dias de hoje.

No histórico de confrontos entre os dois clubes existe uma clara vantagem do Benfica sobre o Sporting que é estatística e que ninguém poderá negar. Contudo, deve ser reconhecido que o expoente máximo de vitória num só jogo pertenceu ao nosso rival numa famosa derrota do Benfica que fará 26 anos na próxima semana. 

Aos sportinguistas parece que pouco importa lembrar que, nessa época, o Benfica foi Campeão Nacional no Estádio da Luz no jogo da 2ª volta em que recebeu o Sporting e que lhe conquistou também a final da Taça de Portugal realizada no Jamor. Mas este texto não pretende ser um acerto dessas contas. Este texto nasce apenas da vontade de vencer o Sporting mais uma vez ! E à chuva, de preferência.

Quem não sente falta de jogos realizados em estádios inundados e que obrigam os jogadores a deslizar na relva para fazer carrinhos ou “chutar” a bola com mais força para a retirar das poças de água? 

São imediatas as memórias de vencer o Sporting sob intensas cargas de água emocionais. Sem sequer  querer relembrar Sabry ou partidas mais recentes, assim foi, por exemplo, com João Vieira Pinto quando vencemos, num molhado sábado ao princípio da noite, por 3-6 em Alvalade para o Campeonato Nacional 1993/94. Ou na Luz, com Rui Águas, Wando (2), Álvaro e Manniche, numa chuvosa quarta-feira à tarde para a Taça de Portugal 1985/86.

Ao Benfica pode ser atirada água, ar, terra…até fogo… O Benfica não vence na secretaria e só conhece uma resposta e uma maneira de estar na vida e no Desporto:

" 2ª ou 3ª feira? Escolham o dia, a hora, o campo e a bola… O Sport Lisboa e Benfica lá estará presente e munido do único sentimento que o acompanha sempre: VENCER ! "


Era este o comunicado do Benfica que gostaria de ler.




quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Benfica (de) sempre

Depois de quase três meses de espera pelo apito final da 6ª Jornada da Liga dos Campeões 2012/2013, o resultado final em Barcelona relega o Benfica para uma Liga Europa, que, após a exibição de hoje, poderá assumir pretensões de vencer.

Nas últimas quatro épocas por esta altura, a grande parte dos adeptos benfiquistas elogia dia após dia o talento do "Mister" Jorge Jesus, não lhe encontrando substituto à altura. "Percebe imenso de bola…Olha tão bem que jogamos…" , "E já viste aquilo que ele fez do Melgarejo…?". Cá estaremos para ver se lá para Março, Abril e Maio o discurso é o mesmo…Esperemos definitivamente que sim.

Ainda assim, na interpretação que faço desta campanha europeia, a culpa da eliminação da Liga dos Campeões pertence-lhe exclusivamente e não a Maxi Pereira ou a Rodrigo por terem falhado golos claros na partida de Barcelona.  Não por ter colocado Bruno César em vez de Gáitan ou não ter colocado Cardozo de início - as opções são do treinador e devem ser respeitadas- , mas sim por culpa da falta de ambição demonstrada em Glasgow, em Lisboa e em Moscovo  nas três primeiras jornadas desta competição.

"Em resposta aos detractores" como escreveu a página oficial do jornal O Benfica, naquele longínquo dia de Setembro, Jorge Jesus não acreditou numa equipa do Benfica menos desfalcada do que aquela que jogou hoje. Afirmou que os adeptos do Celtic eram os "melhores do mundo" e que o Benfica nunca lá vencera, pelo que o empate seria bom. Sem ambição, aceitou perder dois pontos com aquele que sabia que iria ser o rival directo para a qualificação deste grupo. Em Lisboa, só faltou entrar em campo e pedir autógrafos às "estrelas" blaugrana, numa mensagem clara de que era "impossível ganhar ao Barcelona". Por fim, julgo que nem vale a pena comentar a táctica, a atitude e o meio-campo escolhidos em Moscovo.

Finalmente, na 4ª e 5ª jornadas, o Benfica e o seu treinador se relembraram dos pergaminhos que fizeram do Sport Lisboa e Benfica um dos clubes mais respeitados a nível europeu e dos sacrifícios que os seus adeptos estão dispostos a fazer por ele. Venceu os dois jogos em casa. Contudo, em ambos, o desperdício de oportunidades flagrantes de golo (inclusivamente um penalty de Cardozo) já fazia prever aquilo que aconteceu hoje. E a este nível não se pode falhar em determinadas situações.

No jogo de hoje, em Camp Nou, a pressão alta do Benfica funcionou, o sacrifício dos jogadores foi enorme e merece ser elogiado. Artur foi corajoso, Maxi inexcedível, Luisão competente, Garay extraordinário, Melgarejo surpreendente. No meio campo, Ola John foi desequilibrador, Matic incansável, André Gomes adulto, Nolito voluntarioso. E até no ataque, Rodrigo foi esforçado e Lima lutador. Mas, como sócio e adepto, não posso estar contente. Estou farto e cansado de ouvir dizer que é  "muito difícil" e, no fim, verificar que era perfeitamente possível, mas posso ficar apenas "orgulhoso" e de "cabeça erguida". 

São demasiados anos a falhar golos destes e a ser sempre eliminado no limite. Lembro-me, ao longo de todos estes anos de juventude benfiquista, de jogos com Juventus (V 2-1; D 0-3), Parma (V 2-1 ; D  1-0), AC Milan (D 2-0 ; E 0-0), Fiorentina (D 0-2 ; V 0-1), Inter (E 0-0 ; D 3-4), Espanyol (D 3-2, E 0-0), Liverpool (V 2-1 ; D 4-1), Braga (V 2-1 ; D 1-0), Chelsea (D 0-1, D 2-1) e tantos outros confrontos decisivos com colossos (e não colossos) europeus, que estavam perfeitamente ao alcance da nossa equipa em dias, como o de hoje, em que a equipa e os adeptos se vestem de verdadeira alma vermelha, mas que não vencemos ou não alcançamos o resultado que nos permitiria ultrapassar a eliminatória. 

Admito que ao longo dos anos tenho aprendido a encarar o futebol de forma mais descontraída, não ficando tão revoltado quando os resultados não são alcançados. Porém, hoje, enquanto Cardozo se dirigia à baliza e até Maxi Pereira atirar a bola para a bancada, ajoelhei-me em frente à Televisão e gritei desalmadamente… Eram aqueles anos todos acumulados a sair-me do peito e a libertarem-se da dor…. Após o incrível falhanço ao cair do pano, calei-me durante 30 minutos consecutivos, causando um enorme mal estar a todos os que me acompanhavam em casa. Queria reagir e dizer Benfica sempre, mas não me saia da cabeça o Benfica de sempre, aquele que assisti ao vivo e conheço.

Este texto não é um convite à demissão de Jorge Jesus, que tem obtido alguns bons resultados e que, sem dúvida, é uns dos grandes responsáveis pela elevação do nível futebolístico do nosso glorioso nos últimos anos.  Todavia, é  um sério apelo a que o Benfica e os seus responsáveis deixem de inventar no onze titular e nas substituições, assumir que relva é relva em qualquer lugar do mundo e que se profissionalizem, do ponto de vista de entender que a este nível são os detalhes que fazem a diferença.  

Seria também respeitoso olhar os adeptos nos olhos e carpir com eles estes demasiados anos consecutivos a perder sem merecer, mas por culpa própria. 


Nota final 1: O "pseudo" astro argentino que queria fazer história com o Benfica e que os benfiquistas não se cansaram de aplaudir no jogo em Lisboa, como se de um jogo de exibição se tratasse, talvez a partir de hoje pense duas vezes e perceba que não foi por acaso que a "melhor equipa do mundo"  também foi destronada em 1961 por um Benfica com portugueses.

Nota final 2: Não é demasiado tempo para o Benfica Lab curar um (simples?) traumatismo na perna do "verdadeiro" astro argentino e que tanta falta nos continua a fazer ?





quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Com todo o realismo

Com todo o realismo, considerando que:

- As nossas possibilidades de seguir em frente na Champions são pequenas;

- Por outro lado, a presença na Loga Europa está assegurada;

- Poucos dias depois temos um jogo importante e difícil para o Cameponato, no qual o nosso adversário vai, ainda mais do que em outros anos, fazer tudo para ganhar e assim assegurar algum "good will" imediato junto dos adeptos;

- Já em anos anteriores correu mal a opção de "ir a todas" sempre com a melhor equipa possível;

Eu na 4ª feira com o Barcelona poupava alguns jogadores chave. Até podiam estar no banco, mas não os punha o jogo todo.

Por exemplo, podíamos poupar Matic, Sálvio, Ola John e Cardozo, jopgadores que serão muito importantes em alvalade e para os quais não há nesta altura suplentes à altura. E só não pouparia Maxi porque André Almeida não pode estar em dois lados ao mesmo tempo, ou substitui Matic ou substitui Maxi.

Já quanto a Luisão e Garay, neste momento podemos confiar perfeitamente em Jardel para substituir um dos dois contra o sportém se for necessário, pelo que não pouparia nenhum dos dois em barcelona. E Melgarejo tem de jogar porque a defender Luisinho está a milhas dele e poderia ser uma catástrofe colocá-lo logo contra um adversário destes.

A equipa inicial poderia ser: Artur; Maxi, Luisão, Garay, Melgarejo; André Almeida e Enzo; Gaitan, Carlos Martins (ou Bruno César) e Nolito; Lima (ou Rodrigo).

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Morreu um dos maiores

Morreu ontem Guilherme Espírito Santo, um dos maiores atletas de sempre do Benfica.

Titular da equipa de futebol durante muitos anos, mesmo após uma interrupção de carreira por doença durante dois anos quando estava no seu auge, foi ainda campeão e recordista nacional de salto em altura, em comprimento e triplo. Um super atleta do seu tempo.

Fez história ainda por ser o primeiro jogador negro do nosso Benfica e o  primeiro também na selecção nacional.

Reconhecido por todos como um "gentleman", as entrevistas que deu à Benfica TV ainda recentemente, já com mais de noventa anos, mostraram às muitas gerações que nunca o viram jogar uma pessoa simples, calma, ciente e orgulhoso do seu passado mas sem qualquer estúpida arrogância.

Um grande Benfiquista!

domingo, 25 de novembro de 2012

Um relvado à Benfica

Mais uma vez ganhámos  e ganhámos bem, fizemos um jogo em serviços minimos e o mais importante que era a vitória foi conseguida contra uma equipa desfalcada, mas que fez pouquissimo durante os 90 minutos de jogo.
Mas o que me leva  a escrever este texto não é o jogo é o relvado. Antes de sair de casa para o Estádio verifiquei que o jogo do Belenenses com o Sporting tinha sido adiado devido ao mau estado do relvado, relembro que começou a chover em Lisboa por voltas das 10 da manhã até ao final do jogo. E o que é extraordinário é que o relvado estava rigorosamente impecável, nem mesmo depois do desenrolar do jogo o mesmo se ressentiu. Parabéns aos que tratam e cuidam do relvado do Benfica temos um palco maravilhoso com um tapete maravilhoso, não há dúvida temos um relvado à Benfica!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A Defesa "B"... ou a falta dela

O jogo com o sporting b de domingo demonstrou infelizmente o grande problema da nossa equipa B - a falta de qualidade da defesa. Não é por acaso que temos uma das piores defesas da liga, com apenas menos um golo sofrido do que as quatro piores. Péssimo.

Desde que os Andrés saíram da equipa B, a capacidade de recuperação de bola e organização defensiva do nosso meio campo desapareceu com eles, deixando uma defesa já frágil ainda mais frágil.

Ainda por cima, no domingo faltou também, por castigo, o Luciano Teixeira, que tem sido o trinco. O que obrigou necessariamente o treinador a inventar uma solução - avançou o central Ascués para trinco e entrou para o lado do Sidnei o Fábio Cardoso. Só que Ascués não está à vontade como trinco, e foi praticamente nulo, e o Fábio Cardoso por sua vez nulo foi na defesa, porque não tem qualidade para mais, Quanto a Sidnei, é tão bom jogador quanto é acomodado - faz o seu trabalho, mas não tem garra nem vontade para ir mais longe, para ser uma voz de comando que faça a diferença, para dar o litro, morder a relva.

Quando Jardel e/ou Miguel Vítor jogaram, a música defensiva foi logo outra - e não é por acaso que no único jogo em que jogaram os dois, fizemos o melhor jogo da época, em resultado e exibição - os 6-0 ao belenenses, que era o líder na altura e é ainda segundo. Com Jardel e MVítor a marcarem três dos seis golos, além de garantirem o zero na nossa baliza...

Há ainda algo que me parece evidente - Bruno Varela não tem ainda experiência para ser o nosso guarda redes, ainda por cima num jogo de grande responsabilidade e dificuldade como já seria de prever que fosse este. O miúdo fazia anos, deu um frango monumental, não ficou com boas recordações do dia e ajudou ao resultado negativo. Mika tem defeitos, o maior dos quais será o excesso de confiança (como se viu em Penafiel) mas, caramba, neste momento é melhor guarda redes a dormir que o Bruno acordado (nem quero pensar se alguma vez temos o azar de ter o miúdo na baliza num jogo da Champions, ele é o nosso terceiro gr na competição).

Quanto ao ataque, bem, o ataque continua a ser o melhor da liga, com 26 golos, mas no domingo não se deu muito por isso, o Ivan esteve nervoso, o Correa esforçado mas trapalhão. Ainda assim, gostei do Cafú, que entrou a meio da 2ª parte, não tem grande porte atlético mas tem qualidade técnica, remata bem e não tem medo no um contra um.

O Norton de Matos pode dizer, e é verdade, que o principal objectivo da equipa B é servir a equipa A - mas é igualmente necessário competir com qualidade e dignidade na sua liga, porque é o nome e símbolo do Benfica que estão nas camisolas - e também, acredito, no coração dos seus jogadores.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O Benfica de Cosme


2 de Novembro de 2012. Multiplicam-se os textos e as frases de agradecimento do papel de Cosme Damião na fundação do nosso clube. Quem gosta de enunciar a História, sobretudo a de um clube desta dimensão, só o pode fazer relembrando o passado, criticando o presente e projectando o futuro. E, realmente, a efeméride não poderia ser mais justa. Comemoram-se 127 anos sobre o nascimento de um dos nossos fundadores e aquele que, provavelmente, desempenhou, com maior incidência, o papel impulsionador e de estabilização nos primeiros anos de afirmação do clube. No entanto, ao contrário de muitas das análises que encontro escritas e do reconhecimento de que existem várias diferenças entre o Benfica de Cosme e o Benfica de hoje em dia, numa análise justa e atenta, são também várias as parecenças.

A 28 de Fevereiro de 1904, data de fundação do Grupo Sport Lisboa, Cosme Damião tinha 18 anos de idade. Mais velho de seis irmãos e órfão de Pai desde os 10, foi entregue, pela Mãe Rosa Maria, à Real Casa Pia de Lisboa, localizada junto ao Mosteiro dos Jerónimos. Embora só tenha "terminado o seu aprendizado" e estivesse "apto a ganhar os próprios meios de vida" a 1 de Setembro de 1904, foi o suposto autor da acta de fundação do clube naquele dia, onde constam 23 nomes por ordem alfabética e três cargos (presidente, tesoureiro e secretário) nomeados para a comissão administrativa.

Apenas titular nas segundas categorias do clube e com pouca utilização no plantel principal durante os primeiros anos de existência do clube, não foi titular a 11 de Fevereiro de 1907 na primeira vitória (2-1) de uma equipa portuguesa sobre o Carcavellos, do Cabo Submarino, potência futebolística da época. Contudo, foi a principal figura de combate á crise que eclodiu no Sport Lisboa, no "Verão quente" de 1907, em que o Sporting "levou" 8 jogadores da equipa principal. Juntamente com Félix Bermudes e Marcolino Bragança, Cosme Damião viria a ter o papel determinante na manutenção do clube e na origem do Sport Lisboa e Benfica, a 13 de Setembro de 1908, por fusão do anterior com o Sport Clube de Benfica.

Dessa data em diante, Cosme Damião foi, durante duas dezenas de anos, jogador, treinador, dirigente e jornalista numa vida inteira de dedicação ao Sport Lisboa e Benfica. Sonhou, de facto, uma colectividade, que, nas palavras de Cândido de Oliveira se viria a tornar "o maior clube português". Tinha, no entanto, uma concepção de futebol muito diferente daquele que o Benfica é hoje, mas também diferente daquele que era já nos anos 30, 40 ou 60. Assim, foi a adopção para um modelo profissional para o futebol, defendida por uma nova “fornada” de dirigentes em meados dos anos 20 e liderada por Ribeiro dos Reis, a principal razão da saída de Cosme Damião dos órgãos sociais do clube. Embora convidado para encabeçar a lista de oposição a Bento Mântua (de quem era vice-presidente), decidiu colocar-se à margem dessas eleições por falta de identificação com o modelo "futuro" do Benfica, que foi sufragado pelos sócios, e que veio mais tarde - reconheça-se - a dar ao clube tantas vitórias. Era um ferrenho defensor do amor à camisola e rejeitava liminarmente que qualquer atleta tivesse de ser pago para vestir o manto sagrado do Benfica. Embora a beleza do discurso - e talvez Cosme até tivesse razão tal a podridão que o futebol atingiu, ao longo dos anos e até hoje, por essa vil motivação – o dinheiro e o sucesso do futebol já se tinham tornado indissociáveis.

Apesar desta saída prematura do clube (voltou a ser presidente da mesa da assembleia geral, mas não voltou a exercer cargos executivos), em 1911, ainda como Capitão-Geral, dera uma entrevista reveladora da sua ideia, já moderna para a época, do Sport Lisboa e Benfica como instituição e como clube. Desejava uma colectividade eclética, mas sobretudo focada no futebol, com infra-estruturas próprias destinadas ao seu sucesso. Já imaginava filiais e associações espalhadas pelo país e pelo mundo. E, usando a força motriz do clube, era um feroz defensor da formação e da educação dos sócios e adeptos do ponto de vista cultural, social e recreativo.

Analisando, sem injustiça, os tempos de hoje, julgo que deve ser reconhecido que os últimos mandatos são dos que mais têm ajudado o clube a cumprir as três primeiras ideias de Cosme: a manutenção da sede do Benfica no novo estádio da Luz, o centro de estágios, a aposta nas modalidades, mas com especial enfoque no futebol (apesar dos títulos em proporcionalidade inversa) e o crescimento do número de sócios e de casas do Benfica.

Pouco interessa agora dissecar sobre o passivo ou o recente processo eleitoral do clube, de vitória incontestável. Todavia, quanto à última premissa de Cosme - formação e a educação dos sócios e adeptos do ponto de vista cultural, social e recreativo - é talvez onde mais se tem falhado nos últimos anos. Apesar da Fundação Benfica e do seu bom trabalho desenvolvido, o clube que um dia deu lições de associativismo e democracia ao país, está hoje a “deseducar” os seus dos mais fiéis princípios. É certo também que os tempos mudaram, mas Cosme Damião dava também especial relevância e primor às boas relações institucionais pela defesa comum do Desporto e não hesitava em castigar, de forma acérrima, os jogadores que, dentro ou fora do campo, de alguma forma, envergonhassem o bom nome e a camisola do Sport Lisboa e Benfica.

Só o entusiasmo das vitórias futuras assegurará que se mantenham escritas a papel de linho as vitórias reais e adquiridas no passado. No entanto, é importante nunca esquecer que uma das grandes virtudes da matriz histórica do Benfica e que o tornou glorioso foi ter sido fundado por um grupo composto por vários indivíduos de diferentes realidades sociais (pelo menos 24), o que simboliza que a decisão foi tomada em democracia e não pela vontade exclusiva de uma pessoa.

Quando se quis dar o nome do estádio (e também de uma Taça) a Cosme Damião, este respondeu sempre sem dúvidas: "Dêem-lhe o nome de Sport Lisboa e Benfica". O Benfica fez-se grande por ser simples e do povo e "ninguém está acima do Benfica." Nunca é demais todos nos relembrarmos disto. E, neste caso, melhor data não poderia ser escolhida.

Obrigado Cosme Damião. Obrigado Sport Lisboa e Benfica.




sábado, 27 de outubro de 2012

No Benfica, mais importante do que saber ganhar...


...É saber perder.


A vitória da Lista A é incontestável e a maioria continua, declaradamente, satisfeita com o estilo e rumo que o Benfica traça diariamente e mantém-se resistente à mudança.


Embora a minha consciência permaneça tranquila e coerente desde 2003, confiarei e respeitarei sempre nas decisões soberanas dos sócios do Sport Lisboa e Benfica.

Viva o Benfica ! Muita glória ao seu futuro !


Nota: Fui convidado a participar neste espaço pelo João Tomaz, convite ao qual acedi com todo o gosto. Qualquer comentário ou texto que eu tenha escrito nunca teve qualquer papel propagandista de preparação de uma eventual campanha eleitoral contra a linha da actual direcção - aliás, nunca apoiei Luís Filipe Vieira desde 2003 e fiz questão de não utilizar este espaço nestas duas semanas - e o convite que recebi para integrar a Lista B foi muito posterior à entrada neste espaço. Agradecia, da parte de quem me criticou nesse sentido, algum respeito pela minha pessoa, por quem me convidou e pelo próprio espaço de escrita que partilhamos.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Para a frente é o caminho

Votação massiva, a maior de sempre.
Uma vitória conclusiva, clara, sem qualquer margem para duvida.

Depois de saber o resultado retive duas frases ditas pelo nosso presidente na entrevista de Quarta-feira: "sou um homem que aprende com os erros" e "a decisão dos direitos televisivos está tomada, a partir de 2013 teremos jogos na Benfica TV".

Este é o caminho que os Benfiquistas escolheram, só espero que "amanhã" aqueles que escolheram este trajecto não sejam os primeiros a assobiar quando (se) as coisas correrem mal.

Viva o BENFICA

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Eleições

Em primeiro lugar, gostava de apelar a todos os Benfiquistas que não se deixem levar pela ilusão de "sondagens" e não pensem que não vale a pena ir votar porque o resultado já está decidido, mais voto menos voto. Um resultado eleitoral nunca está decidido antes de umas eleições, e todos os votos são importantes. Portanto, amanhã, vão lá e votem. Por favor.

Em segundo lugar, lamento a generalizada falta de nível da campanha eleitoral, de parte a parte, com afirmações e acusações indignas e não fundamentadas de parte a parte. Se da parte de Vieira esse foi um aspecto seu que sempre me desagradou, o juiz Rangel não demonstrou ser melhor. Por aí, estamos conversados.

Finalmente, apesar de alguma vontade de votar em branco, vou votar Vieira. A Lista B assusta-me, e não quero que ganhe. Assusta-me terem aparecido a duas semanas das eleições, vindos do nada (há três anos as várias oposições, de bruno carvalho ao BVV, apareceram, falaram, mostraram-se antes; agora não). Asustam-me as incógnitas, a falta de projecto concreto, as acusações sem provas (da parte de um juiz, é ainda mais grave), e a ideia de que se ganhaseem ao fim de dois meses metade do elenco já se teria demitido, porque nada os une a não ser a vontade de derrubar Vieira.

Por outro lado, lembro-me da obra feita: o excelente complexo despotivo e comercial, com dois pavilhões, etc, sem paralelo em Portugal. O renascer das modalidades de pavilhão; o renascer das equipas de atletismo, fortemente alicerçadas na formação. A recuperação financeira e da imagem e credibilidade do Benfica.

Do outro lado da balança, temos os erros de comunicação constantes; o apoio ao nandinho e ao pereira da arbitragem, por manifesta incapacidade de criarmos e alimentarmos uma alternativa; as amizades com o salvador de braga e o oliveirinha. Tudo coisas arrepiantes, concordo.

A decisão não é fácil, mas entre um caminho que conheço, apesar dos erros, e um salto no escuro, prefiro continuar no caminho, continuando também modestamente a contribuir para a sua melhoria, a denunciar o que acho estar errado, aqui neste blogue, como já o tinha feito na Tetúlia Benfiquista antes, sempre que puder, onde puder.

Se a Lista B é essencialmente anti-Vieira, a sua campanha levou-me à posição contrária - voto Lista A porque me tornei, em duas semanas, anti-Rangel.

Voto Vieira - mas não lhe passo um cheque em branco.

Trocar os VV pelos BB

Eu, votante em Luís Filipe Vieira em 2003 e 2006, me confesso: já não o suporto. Estou farto da sua incompetência para tornar o Benfica num clube vencedor, não confio na sua gestão financeira, arrepio-me de cada vez que fala, não tolero a demagogia e as mentiras, o desrespeito por quem dele discorda, a sua costela pouco democrática, a forma como transformou os associados em clientes. Enfim, gostaria de vê-lo pelas costas. Estou, pois, disposto a trocar o V, de Vieira, pelo B, que eu gostaria que fosse de lista B, mas provavelmente será de voto em Branco (como foi em 2009).

Há anos que anseio pela chegada de alguém que renove a minha esperança, me faça crer que um novo Benfica vai surgir, restitua aos benfiquistas o entusiasmo que tão esmorecido anda, nos tire da depressão em que caímos desde o final da época de 2010/2011. Vieira não é, decididamente, capaz disso. Por cada passo em frente, dá dois para trás. A lufada de ar fresco teria de vir de outras paragens. Vi com expectativa a criação do movimento Benfica Vencer Vencer, há três anos. Tão depressa como apareceu, esvaiu-se. Gostaria, agora, que a lista B representasse o reerguer definitivo do gigante Benfica. Não me parece que o seja. De cada vez que oiço Rui Rangel, só consigo concluir que não reúne condições para ser presidente do Benfica. Certeiros em muitas das críticas que fazem a Vieira, os membros desta lista não conseguem apresentar um projecto que me faça votar neles sem hesitações. A única pessoa que me faz ter vontade de votar na lista B é... Vieira. Por exemplo, a sua intervenção no telejornal de ontem e a forma como se referiu aos membros da lista B é bem reveladora do seu carácter. Só que isso não é suficiente. Tenho muita vontade de votar na lista B, mas eles não se mostraram ainda convincentes para captar os meus 50 votos. Têm 24 horas para fazê-lo ou voltarei a votar em branco e, ainda que de forma indirecta, provavelmente contribuirei para a reeleição de Luís Filipe Vieira. E não o quero.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Voto A porque a B é a não A

Há três anos atrás escrevi o seguinte:

SEXTA-FEIRA, 19 DE JUNHO DE 2009

O Agradecimento a José Eduardo Moniz
Dia importante para o Benfica. Ao fim de muitos anos finalmente surgiu uma alternativa séria e competente. De gravata vermelha e folhas da mesma cor na mão, deu a conhecer ao país o seu benfiquismo e a vontade de o servir no futuro. Inteligentemente sozinho, não permitiu ser confundido com os “notáveis do bota abaixo”. Esclareceu que os seus propósitos serão sempre pela positiva e nunca contra ninguém. O compromisso de não oposição que anunciou funcionará como a boa pressão que todo o poder deve ter para elevar os seus níveis de competência.
Ontem garantirmos o futuro. Os que ficam estão obrigados a fazer melhor. E os que queriam entrar sem merecer nunca lá chegarão. Obrigado José Eduardo Moniz.

Na sexta-feira, estarão a votos a Lista A que conhecemos, com os defeitos e virtudes que a cada sócio caberá atribuir. E a lista B que repete (a exemplo de actos eleitorais anteriores) as frases de sempre de todos aqueles que criticam a actual direcção: "O Presidente foi sócio do Sporting e do Porto"; "O Benfica não pode ter funcionários de outros clubes".

Com muita pena constato que passados 3 anos o Benfica não tem alternativa. A oposição é uma aliança movida pelos ódios que partilham ao actual Presidente e não pela vontade de fazer melhor e diferente. Contrariando aquilo que tanto nos engrandece e distingue dos adeptos dos nossos rivais. Que é as nossas emoções ser movidas pelo amor ao nosso clube e não pelo ódio ao deles. Ou como o João Tomaz brilhantemente os descreveu - "são um não clube". 

Estas eleições também são o reflexo desta realidade. Deviam ser duas listas, mas afinal apenas existe uma. A lista A porque a B é a não A.

Eu voto B... de Benfica

Devido ao facto de pertencer às listas candidatas aos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica, abstive-me de comentar neste espaço por respeito à sua própria filosofia e não querer fazer dele um lugar de campanha eleitoral nestas duas semanas. Contudo, na véspera do dia que, em condições normais (mas que estatutariamente não está previsto), consideraria de reflexão, venho aqui fazer o democrático apelo à participação de todos nas urnas e manifestar a minha declaração de voto na Lista B...de Benfica:


As eleições aproximam-se a passos largos, faltando já menos do que 48 horas para se conhecer o veredicto final destas importantes eleições. Rui Rangel, líder da Lista B, a qual me orgulho de acompanhar, tem lutado, de forma diária, ferozmente contra o sistema estatutário, contra a propaganda na comunicação social, contra as ofensas da outra lista ou até dos perfis falsos no Facebook. O seu lema é BENFICA AOS BENFIQUISTAS e, nos tempos que se vivem, slogan com mais sentido não poderia existir e é nessa base que subsiste esta minha declaração de voto para sexta-feira.

A incorporação do lema BENFICA AOS BENFIQUISTAS por todos os membros que compõem a lista é, indiscutivelmente, a minha primeira razão para votar B... de Benfica, pois essa premissa, dentro de um clube como o Sport Lisboa e Benfica, deve ser inultrapassável. Primeiro, porque o lema "Juntos pelo futuro", apanágio da outra lista, não é verdadeiro. A lógica de poder de Luís Filipe Vieira é separatista há mais de 9 anos, com quem não pensa igual a si. E, seguidamente, só o simples facto de a Lista B ter vindo assumir publicamente, como o fez por diversas vezes, que a sua lista recusaria sempre comentar capas de jornais com conhecidos adeptos sportinguistas e pessoas como José Mourinho ou Luiz Felipe Scolari, que em nada lhes diz respeito o assunto, a falar sobre a grandeza do Sport Lisboa e Benfica seria, só por si, suficiente para se entender quem quer ter, de facto, os benfiquistas por perto e junto consigo.

Também acerca dos dois pontos mais polémicos desta campanha eleitoral, a Lista B sempre foi mais clara do que a Lista A. No que diz respeito ao reatamento das relações com o FC Porto, esta solução foi apontada na Comunicação Social pelo "soldado" José Eduardo Moniz e nunca pela Lista B. Já Rui Gomes da Silva, outro candidato a Vice Presidente da Lista A, veio afirmar que com ele no Benfica isso não acontecerá, revelador do saco de gatos que é a actual lista da continuidade. A lista B, numa voz única, questionou-se sempre, de forma clara, durante toda a campanha sobre quem é que mandaria afinal na Lista A, sem obter resposta, pelo que se sentiu na obrigação de relembrar todos os benfiquistas que o corte das relações com o nosso rival mais a Norte do país foi uma decisão da Assembleia Geral do Clube, tratando-se, pois, de uma deliberação que iria ser respeitada, até eventual posicionamento contrário dos SÓCIOS do Sport Lisboa e Benfica. A Lista B foi também a única que veio desmentir que alguma vez tenha afirmado que se sentaria lado a lado com Jorge Nuno Pinto da Costa, pois, tal como se escreve em linhas claras no seu manifesto eleitoral, vergonha, no Benfica, é não ser um exemplo, o que, quanto a mim, é novamente uma frase chave que me levará a votar B... pois na Lista B sabe-se o que é o Benfica.

Relativamente à renovação do contrato da Olivedesportos, ao contrário da contra-informação estimulada pelo lado contrário, esta nunca foi anunciada pela lista liderada por Rui Rangel. Desde o primeiro dia, a Lista B sempre afirmou  que a primeira coisa a fazer seria um estudo de viabilidade económica de um projecto autónomo na Benfica TV, assim como a procura da melhor oferta, num concurso público a nível internacional. Acrescentou ainda que, de uma forma séria, deveria ser dado a conhecer, por parte da actual direcção, o contrato vigente, assim como a proposta de renovação  - e daí a importância de um debate antes do dia 26 - , dando a Lista B sempre como garantido aos benfiquistas que direito de opção nunca significará direito de obrigação. Merecem, pois, de novo, repúdio, as declarações públicas de Rui Gomes da Silva. Fazem parte da Lista B inúmeras figuras que combateram Vale e Azevedo (mais do que na Lista A), junto de Luís Tadeu, desde 1997 até 2000, e a pressuposta ideia de "rasgar contratos" é a posição mais "Vale Azevedista" de toda a campanha. 


Importa ainda referir a este propósito que, em palavras ditas pelo próprio, a sua posição contra a Olivesdesportos é pessoal e não institucional, pelo que os sócios do Benfica bem que poderão continuar à espera da posição institucional do candidato a Presidente da Lista A. Logo, por me sentir esclarecido pela Lista B e perante o silêncio da Lista A, igualmente neste domínio, votarei B... pelos melhores interesses do Benfica.

Numa sociedade livre e democrática, da qual a história do Benfica se orgulha de ter ajudado a construir, é inadmissível que se defendam práticas que assassinam o esclarecimento e o confronto de ideias. Ninguém pode estar isento de ser confrontado. Lacaios televisivos de Luís Filipe Vieira ainda manifestaram moral em dizer que a ausência de debate se prendia com a ida do Presidente a Moscovo. Alguém acredita mesmo nisto quando a percentagem de jogos a que o Presidente assiste é muito inferior aqueles que assiste? Mas do lado de Rui Rangel, houve mais uma atitude à Benfica: 
 ofereceu a oportunidade a todos os benfiquistas de "debaterem" com ele na sua sede de campanha, no dia de véspera das eleições, estando disponível para todas as perguntas. Também sobre este domínio da "democracia do clube", no que concerne à questão estatutária, profundamente esmiuçada e crítica por grande parte dos sócios, apenas a Lista B se referiu  também acerca da importância da alteração da sua Carta Magna e, preferencialmente, com a presença de um número muito superior de sócios relativamente aos que decidiram aquele "golpe".

Por último, e não menos importante, a responsabilidade social que um clube como o Benfica representa. A reboque das ideias de Rui Rangel, Luís Filipe Vieira criou uma linha programática de "combate á crise" da qual só agora se lembrou. Depois de no início da época ter aumentado significativamente os valores, alicerçado nas desculpas do aumento do IVA e com campanhas de venda com Javi Garcia e Witsel na primeira linha, baixou agora os valores de red pass e quotas, usando novamente o poder instituído em seu proveito eleitoral. Contudo, novamente, só a posição de Rui Rangel sobre este assunto teve a profundeza devida que o assunto precisaria, até pelas causas que sempre defendeu durante toda a sua vida.  Uma das grandes virtudes da matriz histórica do Benfica é ter sido fundado por um grupo composto por vários indivíduos de origens humildes e de grande diversidade social e não exclusivamente pela vontade de uma pessoa. Quem ainda se lembra do que é o Sport Lisboa e Benfica, sabe que foi do esforço e abnegação de milhares que se fez o Benfica. Foi do "operário modesto que se esquecia das suas próprias necessidades para ir largar o seu óbulo com a alma a transbordar de ternura", como escreveram vários jornalistas, que se fez, por exemplo, o "velhinho" (e esquecido?) Estádio da Luz, inaugurado no dia 1 de Dezembro de 1954. O Benfica fez-se grande por ser simples e do povo. Já era mais do que tempo de se entender que o Benfica se desenvolve socialmente, não apenas empresarialmente. E Rui Rangel - faça-se essa justiça - foi o primeiro a mencionar este assunto.  Não tenho dúvidas de que o B...é que é de Benfica?

Só quem não conhece a história e a grandeza do Sport Lisboa e Benfica  – defensores ou não defensores dos atuais corpos dirigentes - é que não entende que o nível de “debate” e “invocação do passado” a que estamos a chegar é em tudo o inverso daquilo que é e fez o Glorioso: um clube com deferência institucional, democrático, respeitoso da sua (verdadeira) história, sem ofensas e guerrilhas entre os seus adeptos, nacional e que, quando não caminha contra a sua natureza e tem um espírito de liderança intrínseco, é sempre vitorioso.

Considero ainda que Rui Rangel e sua a Lista B estão na primeira linha de uma renovação das classes dirigentes que militam no Benfica, no Desporto e em Portugal. Houve um tempo em que um país inteiro – incluídos estavam os adeptos de outros clubes – reconhecia que o Benfica era uma das poucos instituições que se ultrapassavam a si próprias. Mais do que um clube de futebol, o Benfica sempre foi uma escola de dirigentes e de exemplo para o país. Portugal precisa, hoje e de novo, do Benfica. Mas, para que isso aconteça, o primeiro passo a dar é o de devolver o Benfica aos Benfiquistas, que sabem que o Benfica é eterno e que jamais irá acabar !

Dia 26 de Outubro de 2012, eu voto B... de Benfica ! 


Fernando Arrobas da Silva





Adaptados

Vivemos tempos difíceis, o jogo de ontem foi um preocupante regresso ao passado. Uma equipa completamente esfrangalhada, sem opções, sem chama, sem liderança, garra ou qualquer sinal de melhoria para o futuro próximo.
Temos o pior plantel dos últimos anos que as lesões sistemáticas de Carlos Martins e Aimar acentuam, expondo de forma confrangedora a falta de opções para um meio campo vazio de ideias e sem capacidade de recuperação. As adaptações não convencem nem os próprios colegas, Matic continua a não agradar nos jogos em que é preciso nervo; Enzo Perez tacticamente é pavoroso, abre espaços e parece sempre alheado das tarefas que lhe estão destinadas face ao seu posicionamento em campo; Garay passa o jogo a cobrir Melgarejo o que desposiciona Jardel e Maxi quando não anda em correrias tontas passa o jogo a dobrar Jardel. A tudo isto junta-se uma preocupante falta de criatividade ofensiva onde Rodrigo continua a ser adaptado a uma espécie de número 10 perdendo-se um bom ponta de lança com a agravante de ontem ter como tarefa, em determinadas alturas do jogo, trocar de posição com Bruno Cesar (ninguém percebeu, inclusive os dois jogadores em causa), ou seja, se posicionalmente e defensivamente o cenário é o descrito em termos ofensivos vivemos de repelões protagonizados por Salvio, e que, infelizmente, são cada vez em menor número.
É neste contexto futebolístico, de baixas expectativas para uma época que se antevê longa, cujos objectivos deverão circunscrever-se à luta pelo 2º lugar, Taça da Liga e Taça de Portugal se tivermos sorte no sorteio, que teremos eleições no próximo dia 26/10 (já sexta-feira).
 
Para as eleições existem dois candidatos mas zero alternativas.
 
De LFV espera-se a continuidade, nem sequer se dá ao trabalho de fazer campanha, de assumir alguns erros e propor-se a corrigi-los. Parece que tudo está bem e o futuro é risonho tal como o passado recente. Para ele, temos um Benfica pujante e preparado para as adversidades futuras, financeiras, desportivas, etc… o sol brilha, temos um plantel de sonho e o mestre das tácticas e catedrático do futebol como treinador.
 
Rui Rangel assume-se como ruptura ao caminho que vamos traçando, é oposição há vários anos, está bem assessorado em termos de comunicação especialmente nas redes sociais, blogues, etc…, contudo não consegue disfarçar o desconhecimento de algumas matérias vitais do clube, fruto de uma lista feita à pressa e pouco preparada do ponto de vista financeiro/económico. Tem vindo a melhorar, mas acabou de se afundar ao despedir Domingos Soares de Oliveira – o homem forte das Finanças na Luz e aquele que a meu ver vem salvando LFV do desastre a este nível – sem que se vislumbre na sua lista alguém com peso e com conhecimentos na área que me deixem descansado quanto ao futuro do clube. Propõe tirar Rui Costa da prateleira, reduzir o passivo e negociar os direitos televisivos sem ser com Oliveira. Como? Não sabemos, apenas sabemos que Carraça será despedido o que a meu ver é um bom sinal, mas quem será o seu substituto? Veiga?
 
É tudo de somenos e bastante o mal menor. Existirão 3 botões nas urnas, muito provavelmente apostarei no terceiro botão: o botão da esperança e da ilusão que qualquer folha em branco possa transmitir ao maior sonhador.  

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

E ideias?

Há em qualquer eleição presidencail seja no Benfica ou nos EUA, uma diferença entre o candidato que já é Presidente e o candidato que o quer ser, o challenger. O Presidente em exercício, tem obra feita - boa ou má, cada um terá a sua opinião, mas a obra existe e fala pelo candidato. O challenger tem de apresentar ideias, ideias concretas que demonstrem que vale a pena mudar não só de Presidente como de rumo. Dizer "eu não concordo com isto e isto, vou fazer diferente desta e desta forma, etc". Mitt Romney faz isso. Tem ideias concretas, ouve-se o homem e percebe-se que há uma diferença clara de caminho e objectivos entre ele e o Presidente. Ouço o juiz Rangel e fico na mesma. Para além de balbuciar uns disparates mal informados sobre o passivo e desenterrar o estafado tema da auditoria (parece ignorar que as contas já são auditadas anualmente pela KPMG), que ideias tem o juiz? Não lhe ouvi uma única. Não gosto particularmente de Vieira, desagrada-me quase sempre que fala, discordo de opções tomadas no apoio ao nandinho das facturas, incomoda-me a amizade com o salvador do braga e o oliveira das tvs, mas, que diabo, se a alternativa é esta, não me restam muitas opções.

domingo, 21 de outubro de 2012

Vergonha na cara Sr Presidente !

Corria o ano de 2000, oportunidade única surgia derivada ao facto de haver eleições no Benfica. Eu possuia nessa altura um voto, mas um sócio do Benfica começa por ter um só voto, eu não nasci numa casa em que se nascia benfiquista, mas não se nascia benfiquista nem de nenhum outro clube qualquer, escolhi este clube por a forma digna e diferente de estar no desporto e na sociedade portuguesa. Escolhi ser do Benfica por acreditar em determinados ideais. Escolhi com 6 anos, e só fui sócio aos 27 mas desde essa altura, nunca desisti de ser, imagine só que até sou dos que tem Red Pass, eu e o meu filho que tem 9 anos, e que é um grande benfiquista.
Estes factos nada lhe interessam, eu sei presidente, mas enquanto o Sr vendia o Deco ao porto e almoçava com pinto da costa, um amigo seu, eu estava preocupado com o Benfica, e lutava à porta do Estádio para que o Benfica que eu conheci não desaparecesse. Digo-lhe mais, eu seria incapaz de apertar a mão a esse bandido a esse nojento, quanto mais almoçar ou jantar com ele, se juntarmos a isso a agravante de ser sócio dos Corruptos do porto, eu pergunto quem é você para dar lições de moral aos outros?  Não é o sr que também foi sócio do sporting? E diz-me a mim que é benfiquista? Mas existe algum benfiquista no seu perfeito juizo que se faça sócio de um rival depois de ter mais de 18 anos? Se ainda fosse algum familiar a colocá-lo como sócio, numa altura que fosse menor? Eu compreenderia mas não é o caso!
Como lhe dizia, fui a almoços e jantares da lista de Vilarinho, imprimi panfletos e distribui-os à porta do estádio, angariei dezenas, para não dizer centenas de votos de outros sócios embora só possuisse um voto, e o que é engraçado é que nunca o vi? nem em reuniões nem almoços nem jantares nem em opiniões. E desafio alguém que  o tenha visto.
Por isso, você é passado e pode ser futuro, nem sei se Rangel é melhor, mas esqueça esse pensamento narcisista, você não é um presidente referência, nem nunca será, NUNCA, é só alguém que se está a servir de um património para se promover, tem pouca ética, a prová-lo está o ter trazido funcionários para apoiarem a sua candidatura, a exemplo do que fez Vale e Azevedo.
Para mim é só uma pedra num sapato, que mais tarde ou mais cedo vai sair, é só um espaço temporal que se esvairá na semana seguinte a deixar de o ser, ambos sabemos os seus interesses económicos, o Senhor não passa de um homem de negócios. Um homem de negócios que irá assinar com a Sport Tv quer apostar comigo?
    

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Rival e adversário

Temos oficialmente dois candidatos à presidência do SLB. Os discursos de abertura não entusiasmaram muito, parece-me que uma vez mais não se discutirá o essencial e andaremos a discutir o assessório. 

De um lado, LFV mantém a coerência, o mesmo discurso, a mesma linha dos últimos anos com as virtudes e defeitos que tal acarrecta e que se conhecem. 

Do outro lado Rui Rangel, cria expectativa, alimenta a possibilidade de existirem propostas diferenciadoras e inibe pelo desconhecimento do seu projecto. Do discurso inicial pouco se retirou ficou-me no ouvido uma frase “rivais do Norte ou os adversários da Segunda Circular” o que perspectiva uma linha de actuação. 

Trata-se de uma minudência, mas como já referi será de minudências que, infelizmente, esta campanha evoluirá. Rui Rangel tem no entanto um handicap para ser encarado como alternativa, precisa urgentemente de se demarcar de Veiga, enquanto não o fizer será apenas um candidato e nunca uma alternativa.

Modalidades

Nesta altura que fervilha, e ainda bem, com a campanha eleitoral, não quero deixar passar em claro aquilo que no dia a dia faz de nós Benfica. As cinco modalidades de pavilhão conquistaram os cinco troféus em disputa no início de época - supertaças de Futsal, Hóquei e Voleibol (competições de um jogo só), supertaça de Andebol (apesar do mesmo nome, é uma competição diferentes das outras, com 4 equipas) e troféu António Pratas de Basquetebol (que já nos obrigou a disputar, e ganhar, quatro jogos). Pena o afastamento da equupa de Futsal da Final Four da Taça Uefa, mas não se pode ganhar sempre. Uma palavra para o excelente início de época de uma das equipas que mais tenho criticado nps últimos anos, a de Andebol. Os novos reforços estão a provar a sua importância, nomeadamente o guarda redes espanhol Vivente Álamo, de facto de um nível superior ao que de muito bom temos nesse posto no Benfica e no todo do andebol português. E deixo finalmente uma pergunta: para quando o regressso à Europa nas modalidades de Basqutebol e Voleibol? Tinha muita curiosidade de ver estas equipas contra adversários fortes, que é coisa que por cá vai rareando.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Votos

Tenho lido pela blogosfera alguma consternação pela diferença de votos que cada sócio possui em função dos anos em que é detentor dessa qualidade. A defesa de um sócio equivale a um voto argumenta-se que não são admissíveis graus de Benfiquismo. Obviamente que os graus de Benfiquismo não se discutem, muito menos são mensuráveis, mas não creio que seja essa a equação.

Com a dotação de votos não se classifica o amor à causa mas sim a dedicação temporal a essa mesma causa. 

O SLB existe e provoca alegrias a todos os Benfiquistas (sejam 6 milhões ou outro número qualquer) mas sobrevive graças aos 250.000 sócios (se pagantes). Um sócio com 25 anos antiguidade contribui ou contribuiu mais para o clube que outro que é sócio quando o Benfica ganha e deixa de o ser quando perde. É para mim natural o n.º de votos e de decisão premiar quem, há mais tempo contribui para a grandiosidade do clube. Sem desprimor, sem descriminação entendo-o como prémio e não me parece que desvirtue a essência democrática do SLB.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O clic que falta

O SLB nos últimos 5 anos, comparando com a década anterior, cresceu muito enquanto clube, enquanto equipa de futebol, enquanto marca.

A nossa história é grandiosa, a nossa matriz é a vitória, apesar do crescimento, apesar de voltarmos a ser competitivos enquanto clube (no seu todo) falta-nos sucesso, falta-nos o sabor, aquele delicioso sabor da vitória. 

Vários passos foram dados, alguns acertados, outros nem por isso. Julgo que estamos perto de atingir o patamar que ambicionamos, mas falta algo, falta um clic.
 
Será a dupla LFV e JJ capaz de repor o SLB na senda de vitórias que todos ambicionamos?
 
Cada um terá a sua opinião, e uma vez mais, a variedade de respostas será tão diversa quanto o número de pessoas que versarem sobre ela. Pessoalmente tenho dúvidas, muitas dúvidas.
 
As minhas dúvidas não se prendem com JJ, apesar dos erros (os mesmos de sempre), da teimosia, tem competência suficiente para liderar o Benfica rumo aos títulos.

A grande dúvida, a preocupação centra-se em LFV. O crescimento que mencionei tem muito do nosso presidente assim como o clic que falta. Sinto muitas vezes que LFV está esgotado, no entanto, observo o trabalho nas modalidades e sinto que é esse o caminho, o Presidente reúne condições financeiras e entrega as decisões a quem percebe da poda. A ideia está lá e o sucesso é evidente, seria só transpor a ideia para o futebol, será este o clic que falta, mas que ano após ano tarda e temo que não ocorra, e se o Presidente continuar a ser aconselhado por Carraça, Silva, Carneiro e companhia dificilmente ocorrerá.

Candidatos

Penso que a apresentação de uma candidatura séria de alternativa a Luís Filipe Vieira só beneficiará o Benfica e o debate interno que é desejável que se faça e se possível de forma séria, mas apaixonada........................................................................................................................................................................................................................................................... Aguardo portanto com expectativa o que terá a dizer o eventual candidato Rui Rangel, nomes que integram a lista, etc. No entanto, á partida estranho que uma candidatura apareça assim do nada a duas semanas das eleições. Não percebo. Estarei atento............................................................................................................................................................................................................................................................... Entretanto um dos nomes mais sonantes da anterior oposição, José Eduardo Moniz, vai integrar agora a candidatura de Vieira. Não sei a troco de quê, não sei que compromissos foram feitos. Também não percebo, também estarei atento............................................................................................................................................................................................................................................................... Não gosto particularmente de Vieira, mas a obra apresentada é válida e nalguns pontos impressionante. Qualquer alternativa terá de me convencer que fará melhor. E espero que a discussão não se fique pela eterna demagogia de um "Queremos um Benfica ganhador" e "Queremos um Benfica europeu" e "Vamos contratar o Ibraimovic".......................................................................................................................................................................................................................................................... Estas eleições prometem.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

As contas de Pompeu

Perante a ameaça que chegava a Norte, Pompeu armou as suas carruagens e rumou a Sul, abandonando Roma. E, quando Júlio César, finalmente, chegou, a cidade estava abandonada, mas já era sua…

Muitos se têm questionado, a propósito da última Assembleia Geral que reprovou as contas do último exercício do clube, qual é a lógica de fundo de uma nova aprovação ou reprovação das contas depois do acto já ter sido realizado, como previam os anteriores estatutos. As perguntas multiplicam-se: “Como é que se pode apresentar outro R&C se os custos e os proveitos já foram realizados? Quererá isso, estupidamente, dizer que se devem mascarar as contas ou fazê-las mais bonitas?” Mas antes de chamarmos “estúpidos” aos outros devemos ter o cuidado de não sermos nós a proferir as "estupidezes mais estúpidas"… Se lá estava escrito, não julguemos logo com desprimor quem o escreveu, sem pensarmos um pouco ou informarmos-nos um pouco mais sobre o assunto.

A convocatória de uma segunda Assembleia Geral não se prende com a apresentação de novas contas, mas sim pelo facto de, alertada toda a população com capacidade estatutária de votação do primeiro chumbo, haver uma segunda Assembleia Geral, órgão deliberativo máximo do clube, mais representativa. É uma regra fundamental da democracia, a que se chama “segunda oportunidade” dada, através de uma convocação atempada de 15 dias, àqueles que, pelos mais variados motivos, não se dirigiram à primeira Assembleia, podendo-se, com isso, mudar o rumo dos acontecimentos. Este é um facto que apenas acontece com o Relatório e Contas, o que só por si denota a importância do assunto.

É claro que esta explicação deveria partir dos órgãos sociais do Benfica. Até porque a segunda convocação de uma Assembleia Geral, após sucedido o chumbo das contas, prevalece no Código Civil e não nos Estatutos, que a cada dia mostram mais o carinho e dispêndio de tempo que lhes foi atribuído. Quando os estatutos são omissos, prevalece a lei geral e, neste caso, o Artigo 173º, ponto 1 e 3 do Código Civil.

Assim, moralmente, quem deveria convocar a segunda Assembleia Geral seria o Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica. Este, no entanto, não o pretende fazer, uma vez que as eleições do clube se aproximam e considera que a legitimidade da Direcção pode voltar aí a ser consubstanciada. Nada mais errado. As eleições são, de facto, uma Assembleia Geral, mas é esta Direcção actual, no seu todo, que está a ser avaliada e não aquela, provavelmente liderada pelo mesmo Presidente, que se irá candidatar e que até pode incluir nomes diferentes. Não existe qualquer direito – e é uma enorme falta de respeito – em usar as eleições para o quadriénio 2012-2016 para que se legitimem as contas do triénio 2009-2012, que foram reprovadas.

Uma coisa são eleições para o futuro, para as quais Luís Filipe Vieira tem todo o direito, como sócio, de se candidatar e que até poderá voltar a ganhar, caso seja essa a decisão da maioria dos sócios. Mas outra bem distinta são as contas do passado, que não foram aprovadas, na primeira Assembleia Geral, e sobre as quais já deveria ter existido uma segunda assembleia que, por não ter sido realizada, não se sabe o resultado.

Embora já só se pense nas eleições que se aproximam, isto parece-me, novamente, demonstrativo da falta de preparação que os actuais órgãos sociais do clube têm demonstrado naquilo que diz respeito à cultura associativa, e não singularmente empresarial, do clube

Pelo exposto, e por acreditar nas suas noções de associativismo e cidadania, assinarei, com gosto, a circulante folha de assinaturas que permitirá a candidatura a Presidente do estimado consócio que se encontra no seu cabeçalho… Sendo, até ao momento, a única.


A minha assinatura nessa (saudosa) folha é, essencialmente, uma manifestação clara de que o Benfica necessita muito de ser discutido e de ter outras regras de funcionamento entre os seus dirigentes e os seus associados. E quem contribuir para isso, de forma elevada e distinta, contará com o meu voto de certeza absoluta.

Viva o Benfica !

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ontem

Ontem, na primeira parte, acho que foi um bom jogo de futebol, com equilíbrio evidente nas oportunidades de golo criadas, embora não na posse de bola. Gostei bastante da nossa equipa nessa primeira parte, à qual faltou o que tem faltado noutros jogos - capacidade para concretizar as oportunidades criadas, concentração defensiva em momentos de perigo. Contra uma equipa que nos é superior, essas falhas pagam-se caro. Depois na 2ª parte a equipa foi-se apagando. A entrada de Carlos Martins nada trouxe, e a de Aimar também não, talvez por ser tardia - jogar 30 minutos numa equipa que tem 30% de posse de bola não dá muitas hipóteses a um jogador de poder pegar no jogo e exprimir o seu talento, pois não? É só fazer umas contas simples. Agora quero é ganhar ao Beira Mar.

Os benfiquinhos

Começo a estar farto de alguma blogosfera benfiquista, sobretudo daquela que vive na obsessão de criticar tudo, fruto da aversão que tem a Luís Filipe Vieira e, em certos casos, Jorge Jesus.
Antes de mais, para não haver dúvidas, declaro que votei duas vezes no actual presidente do Benfica: em 2003, quando teve como adversário Jaime Antunes, e em 2006, ano em que não teve adversário, mas fiz questão de me deslocar à Luz, para lhe confiar o meu voto. Há 3 anos, não gostei da golpada eleitoral que protagonizou, e votei em branco. Este ano, fruto da discordância em relação a muitos aspectos da sua gestão, também não darei um voto de confiança aos actuais órgãos sociais ou a quem lhes suceder na lista de Vieira. Voltarei a votar em branco, a menos que apareça alguém que me convença que está ali a solução para o Benfica, no que infelizmente não acredito.

Posto isto, voltemos ao que me levou a escrever este 'post'. Parece-me que há benfiquistas que passam a semana ansiosos por desaires da nossa equipa, para poderem malhar à vontade no presidente e no treinador. O que eles parecem rejubilar quando as coisas correm mal, indo buscar algumas das disparatadas frases que, para mal dos nossos pecados, tantas vezes caracterizam o discurso de Vieira! Amigos: eu também nunca percebi o apoio a Fernando Gomes, causa-me urticária a ziguezagueante estratégia e consequente comunicação (ou falta dela) quanto ao despautério que é o futebol português e, em particular, a sua arbitragem, não defendo unanimismos em volta da figura do presidente, estou preocupado com a situação financeira do clube e da SAD. Sim, também eu acho que Vieira e Jesus têm cometido muitos erros, que temos um 'plantel' desequilibrado e que a planificação da época futebolística esteve longe da perfeição, mas não consigo, qual abutre, colocar-me à espreita de cada vez que a minha equipa joga, para bater se não ganharmos, ou melhor, se não esmagarmos o adversário, mesmo que se chame Barcelona.

Alguns discursos no rescaldo do jogo de ontem são de pasmar. Jogámos só contra a melhor equipa que alguma vez vi e que dispõe daquele que será porventura o melhor jogador de sempre. Gostava que o Benfica tivesse dado outra réplica, evidentemente. Que tivesse sido mais agressivo, menos receoso, mais matreiro, menos submisso. Mas não foi possível. Poderíamos ter feito mais? Sem dúvida. Mal tocámos na bola durante a segunda parte, dando uma sensação de impotência que contraria os nossos desejos? É verdade. Mas isso já aconteceu a tantas equipas... Quando vemos o Messi fazer 'slaloms' entre os jogadores de outras cores, elogiamos a sua capacidade. Se o faz contra nós, perguntamos porque não houve ninguém capaz de lhe dar uma pantufada. Mentalizemo-nos de que o Benfica dos anos 60 já lá vai. Quando comecei a ir à Luz, nos anos 70, ainda Eusébio vestia a nossa camisola, embora já não com o fulgor de outrora, invejava quem tinha vivido essa época. Aliás, ainda hoje invejo. Consegui ver o Benfica em várias finais europeias, assisti à sua agonia e, mais recentemente, à recuperação de alguma glória. Não estamos onde todos gostaríamos. Com a conquista no campeonato de 2009/2010, pensámos que, a partir daí, seria sempre a subir. Não foi, muito por culpa própria, mas igualmente por força do que é este miserável futebol nacional. E não, não temos um benfiquinha. Temos um Benfica que não é tão grande como gostaríamos, que está longe do colosso dos anos 60, que não consegue dar luta ao Barcelona, que se farta de dar tiros nos pés, mas que continua a ser um grande clube. E não, isto não é pensar pequeno, é ter consciência da realidade e reconhecer que não está tudo mal.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Não passa nada...

A poucos dias do terceiro Benfica – Barcelona no Estádio da Luz, as contas do clube chumbaram em plena Assembleia Geral, o órgão deliberativo máximo consagrado pelos Estatutos...E, embora o Presidente da Mesa da AG tenha pedido que se retirem ilações, não passa nada...

Acredito, com sinceridade, que até vamos conseguir, de forma surpreendente mas guerreira, vencer pela primeira vez os ‘blaugrana’ em eliminatórias para a Liga dos Campeões com um golo ao minuto 83 de Enzo Perez na baliza Sul. Para alcançar tal feito, bastará espírito de combate e um pouco da mesma sorte dos últimos minutos da Final da Taça dos Campeões Europeus que vencemos a este mesmo clube, em Berna, no ano de 1961.

‘Más que un club’ apregoa o lema barcelonista no seu Camp Nou. Uma equipa que decidiu chamar a si a glória e atingiu o respeito do mundo só composta por portugueses fez a História do Benfica.

A primeira vez que o Benfica jogou com um jogador estrangeiro no seu onze foi apenas no ano de 1979, cinco anos passados o 25 de Abril e a guerra do Ultramar. Para tal, esse mesmo desígnio teve de ser aprovado em Assembleia Geral do clube e esse momento é reconhecido como um dos mais importantes na sua história. Importa revelar que nessa Assembleia – foi a segunda em que os sócios se tiveram de mobilizar, pois a primeira tinha reprovado esta mesma proposta dois anos antes -, após 8 horas de discussão, registaram-se 472 votantes e perfilaram-se apenas 62 votos contra.

Este domingo à noite quis ouvir com atenção os programas televisão de debate sobre a atualidade desportiva. Inevitavelmente, o tema do chumbo do relatório de contas na AG do Benfica da passada quinta-feira foi abordado...E, segundos os representantes dos adeptos (?) benfiquistas, não passa nada...

“O que são 700 sócios organizados que congeminaram este resultado de chumbo?”, questiona-se um peso-pesado da esfera benfiquista, referindo-se que nem representam 1 % representa de todo o universo encarnado e que aquilo que se passou não foi mais do “uma democracia obsoleta”. É ofensivo ouvir isto de alguém que depois revelou nem ser sócio afinal. E que, por essa mesma razão, nem sequer esteve lá...

Acrescentou ainda que muitos dos presentes se fizeram sócios no próprio dia. Mais um desconhecimento da realidade clubística do seu clube do coração. Os sócios só têm direito a votar após um ano de antiguidade, mas têm direito a participar nas Assembleias Gerais até lá. Embora até consiga reconhecer a existência de algumas ‘trapaças’ e de sócios a votar mais do que uma vez - o que em nada diferenciou os resultados tal foi a inequívoca vontade da maioria dos sócios que lá estavam – a culpa do sistema ineficiente é da própria Mesa da Reunião Magna, que não aceitou a proposta de um sócio no palanque de um modelo de voto diferente em urna fechada ou com entrega do papel correspondente ao seu número de votos na Mesa, ficando o devido nome e número de sócio assinalados.

Apesar de todo este espetáculo, digno de uma total iliteracia democrática, defendeu de forma intransigente os novos Estatutos do clube, com normas que são altos atentados à liberdade aprovados por uma Assembleia Geral que reuniu pouco mais de 100 associados. Já não sei, de todo, se isto é incoerência, ou ‘lambe-botismo’ desenfreado. O que sei é que as contas chumbaram... E, estatutariamente, não passa nada...

Com sinceridade, desde que nasci que, inequivocamente, o FC Porto tem obtido mais vitórias e taças. Contudo, nunca esperei assistir ao mais (mais um!) degradante espetáculo: ver um benfiquista receber lições de democracia de azuis-e-brancos e de gestão e respeito institucional de verdes-listados.

Já mais de 5 dias se passaram desde que as contas chumbaram... E, verbalmente por parte dos órgãos executivos do clube, não passa nada...

Anualmente, como sócio do clube, tenho encargos que sou incapaz de não ter em dia. Pago mensalmente as quotas do clube, anualmente o lugar no Estádio. Fora cachecóis, camisolas, livros e bilhetes para determinados jogos para a família ou para a namorada. Vou, frequentemente, às Assembleias Gerais do clube, sou dono da minha consciência, não me deixo instrumentalizar, não levo petardos e nunca mandei ninguém calar.

Mas exijo respeito por cada cêntimo que pago e ação que tomo, sobretudo se estive até do lado que venceu a votação e chumbou a proposta apresentada. Uma direção que apresenta relatórios de contas na ordem de Milhões de Euros, mas que não respeita 1 Euro que seja gasto por um dos seus associados, é uma Direção que não merece que o seu Relatório de Contas seja passado...

Do alto dos meus 50 votos que tenho aos 28 anos de idade – e que abomino representar (alguma vez sou 50 vezes, 10 ou 2,5 vezes mais benfiquista do que alguém?) -, com esta atitude de informar com mentiras os seus ‘lacaios’ na Comunicação Social e de estratégia de silêncio absoluto perante a justificação que deve aos seus associados, desta Direção não passará mais nada...

Eu confio nos sócios do Benfica e em qualquer que seja a escolha da sua maioria. No entanto, na máxima liberdade da minha expressão, poderei é discordar dela e não ser defensor, de entre outras coisas, que existam normas estatutárias onde se escrevam artigos com termos tão jurídicos como "no entanto" lá no meio.

Nos dias hoje, será demasiado ambicioso querer ser de um clube que seja, de novo, um exemplo máximo, para todos, daquilo que devem ser os comportamentos da vida em sociedade?

Concorde-se, ou não, com esta visão, o ‘meu’ Benfica não se limita a ser uma equipa de futebol. É muito mais do que isso: é uma escola de cidadania que merecia, a cada episódio, outro sentido de partilha, outro carácter, outra paixão, outro afecto e outra honra.

E que, quando assim é naturalmente, dentro do campo vence sempre. Até ao Barcelona.