quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Uma Ama se faz favor



Ainda em estado de choque por mais uma exibição a roçar a mediocridade e que ditou nova derrota, zero pontos e novamente zero golos marcados. Depois da nulidade em termos ofensivos apresentada no Dragão onde fizemos um pontinho porque a realidade Portista não é tão boa quanto se vem apregoando (é um jogo muito físico e de repelões muito assente em correrias e definição por parte dos seus avançados e sobretudo do Brahimi) mantenho sempre a esperança, jogo após jogo, que vamos evoluir e apresentar verdadeiros sinais de crescimento qualitativo do nosso jogo. Situação desmentida jogo a jogo e que este frente ao poderoso Basileia agudizou de forma muito preocupante. 

Dei por mim a pensar numa razão para João Carvalho pouco ter calçado esta época e na razão de Diogo Gonçalves já ter calçado tantas vezes, confesso que continuo à procura porque me parecem jogadores em estados evolutivos diferenciados e com vantagem para o João Carvalho até pelas opções que temos para o meio campo comparando com as alas.

Mas verdadeiramente o que me tem deixado perplexo é Pizzi. Quem leu alguns dos posts que fui escrevendo sobre Pizzi a 8 facilmente percebeu ou perceberá que nunca fui grande fã dessa opção, sempre senti que sem bola (defensivamente) ele era pavoroso e nunca poderia ser solução para meio campo a 2 mas que compensava e muito quando tinha bola. Defendia a sua utilização como médio ala, preferencialmente direito, para juntar ao meio (3º homem) abrindo espaço ao lateral (características ofensivas) e aproveitando a sua capacidade de fazer diagonais sem bola e proporcionar diagonais a companheiros com bola. Apesar desta ideia nas duas épocas considero que foi fulcral nas nossas conquistas em especial na época passada onde foi, de longe, o jogador do campeonato. Esse Pizzi simplesmente desapareceu, não existe, tecnicamente ainda se consegue ver algum vislumbre mas a uma “velocidade” baixíssima, o homem parece que tem 45 anos, joga e pensa a passo o que é inexplicável.

Mantemos o treinador, as características tácticas e estratégicas são as mesmas, os jogadores que o rodeiam em termos ofensivos (é neste patamar que estou a pensar pois defensivamente sempre o achei fraco) são os mesmos (excepto Mitroglou) não há qualquer explicação visível para tamanha metamorfose. A única coisa que identifiquei é que ele foi Pai. Será que o problema está nas noites mal dormidas, a paternidade condiciona-o? Estou por tudo, por isso, responsáveis do Benfica arranjem uma Ama se faz favor e depressa. Até lá Samaris a 8 é a nossa melhor alternativa com João Carvalho na linha de sucessão. 

Ainda há tempo para conseguirmos alguma coisa desta época, não creio no penta, mas o segundo lugar e uma taça são possíveis.