sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O "pequeno" 20

Contrariando uma frase cliché dos treinadores de futebol hoje vou falar de um jogador que não está cá, Simão Sabrosa. Para os menos atentos o "pequeno" 20, curiosamente desde a lesão que o impediu de representar a selecção, está numa forma diabólica!

Começou por marcar um livre como só ele sabe contra o Real Madrid.



E marcou mais outro golo contra uma equipa fetiche, o Liverpool.

Contra o Villareal, num jogo verdadeiramente alucinante que terminou com o resultado 4-4, apenas marcou dois golos e assistiu outros dois! Um dos golos foi simplesmente fabuloso e fez lembrar o golo que marcou contra o Sporting naquele épico jogo da Taça de Portugal.





Para mim, enquanto Benfiquista e espectador habitual na Luz desde a década de 80, o Simão tornou-se uma referência enquanto jogador. É verdade, podem dizer alguns, que não é um fora de série como alguns jogadores que já passaram pelo nosso clube mas foi um dos jogadores mais influentes e completos que já vi. Veloz, driblador, bom com os dois pés, bom tacticamente, sendo um jogador muito equilibrado (chegava a ser dos jogadores que mais recuperações de bola fazia em campo). Nos seis anos que esteve no nosso clube estas características permitiram-lhe marcar em média mais de dez golos por época e efectuar inúmeras assistências.

A época passada, com a sua saída e antevendo um pouco a desgraça do que seria a nossa época, não renovei o cativo (é claro, inevitavelmente, acabei por ir ao estádio alguns jogos). Este ano voltei a adquirir o cativo acreditando que existe qualidade e que podemos chegar algum lado. Mas acreditem, mesmo sabendo que temos lá jogadores de excelente nível não trocava o Simão por nenhum deles.

Aqui fica uma pequena homenagem a um jogador que me fez vibrar muitas vezes no estádio da Luz!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O equivoco

Acompanhei a transmissão televisiva sem som mas o soundbites das conversas de “café” deixa adivinhar a qualidade habitual dos comentários proferidos que infelizmente ditam leis na voz do povo e da própria imprensa. Isto a propósito da avaliação feita à performance de Katsouranis e da má decisão de Quique em substitui-lo. Olhemos para o atleta. Num meio campo em que contava com a companhia de Bynia era lhe exigido a capacidade de iniciar os movimentos ofensivos, guardar a bola quando preciso, acelerar quando necessário, no fundo marcar o ritmo do jogo. Nenhuma destas exigências foi cumprida, aliás é difícil definir e potenciar as suas qualidades num esquema táctico. Em que posição joga, com que responsabilidade? Na minha opinião Katsouranis é o tipo de jogador que necessita de uma equipa a jogar em função das suas características, ou seja, na defesa a marcar à zona e distante do adversário no ataque solto e com muito espaço. Vejam como lhe correram de feição os jogos contra o Sporting e o Nápoles. No primeiro tinham um adversário à sua medida, leia-se Miguel Veloso. No segundo uma equipa do futebol italiano a jogar à italiana, na expectativa sem fazer marcações individuais a meio-campo. Fora deste contexto é difícil de constatar a utilidade do grego. E no actual Benfica a jogar muitas vezes num 442 clássico é um enorme erro.

Duas breves notas, o mistério da óptima imprensa que Katsouranis goza. É de desconfiar….A outra é um desafio para aqueles que absorvem tudo o que ouvem na televisão, vão ver um jogo do Glorioso e acompanhem com alguma (não é preciso muita) atenção a movimentação de Katsouranis e ficaram verdadeiramente esclarecidos.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Azar para outros lados

Pelo menos desta vez o azar do sorteio não nos bateu à porta, foi parar para outros lados.

Qualquer das formas, o Benfica que se cuide se jogar contra o Desportivo das Aves da mesma forma que jogou contra o Penafiel.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vira o Disco e toca o mesmo...

Às páginas tantas, notícias destas já não espantam ninguém...aliás: notícia era, se tivessem sido todos chamados a tribunal e condenados pelos crimes que cometeram.

Já não espanta...e palavras mais para quê?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ilações

Depois de dois jogos muito animadores em termos de resultado mas sobretudo a nível exibicional em que a nação Benfiquista exaltou de alegria, esperança e união que a ter continuidade poderia por si só catapultar a equipa para uma época ao nível da sua história, vemo-nos perante dois choques frontais cuja brutalidade se espera que não deixe marcas muito dolorosas. Da minha parte assisti ao jogo frente ao Penafiel com uma letargia gigantesca, diga-se muito parecida à dos jogadores que se passearam em campo, como se nada estivesse a acontecer ou que fosse algo normal o que é representativo do que tem sido o Benfica nos últimos anos.

Julgo que o Benfica desta época não é o dos últimos dois jogos mas também não será o do Nápoles, algures entre estas exibições se situará a nossa performance. Anseio que se aproxime da exibição tida frente aos Italianos e que esta seja suficiente para nos dar as vitórias que tanto procuramos.

O jogo de ontem importa esquecer, até porque alcançámos o objectivo mínimo, e retirar as devidas ilações das quais ressalvo o seguinte:

Táctica: Uma das coisas que tenho gostado é da vertente táctica. Desde que esta equipa técnica chegou que se nota a equipa preocupada com alguns princípios de jogo. Posse de bola com trocas rápidas (bola é que corre), pressão alta, domínio do jogo ao nível de meio campo controlando os ritmos do mesmo, impulsionado por uma defesa subida. Mesmo nos jogos menos conseguidos como o do Rio Ave, isso notou-se. Frente ao Leixões e sobretudo frente ao Penafiel nada disto se viu, tendo mesmo assistido ao regresso dos familiares e preocupantes pontapés para frente sem nexo. Espero que tenha sido passageiro. A ter em conta nos próximos jogos.

Leo: Percebe-se porque não tem jogado, o pior jogo que lhe vi fazer;

Balboa: Contratação falhada, acontece, mas pelo preço que custou é significativo. Demasiado mole, não demonstra qualidades para se afirmar como alternativa ao onze. Talvez quando se adaptar o possa ser.

Makukula: Claramente não é avançado de encher o olho, tão pouco jogador para ser principal opção, contudo continuo a achar que poderá ser útil. Eu teria-o sempre no banco para aqueles jogos em que é preciso recorrer ao chuveirinho, pode sempre ganhar uma bola de cabeça onde mais uma vez demonstrou ser temível (desde que acerte na baliza).

Mentalidade: Quanto a mim a grande falha do Benfica de alguns anos a esta parte, mentalidade ganhadora, crer e motivação pela vitória. É imperioso conseguir incutir um espírito diferente, não aconteceu, não tem sido conseguido e será o objectivo a atingir para transformar um conjunto de bons jogadores numa equipa ganhadora.

Considerações...

Ontem, como esperado, não consegui ficar em casa e lá tive de ir à Luz ver a bola...durante o dia (e ainda hoje) recolhi algumas ideias:
- O jogo era a uma hora 'estúpida'; e apesar de dar em canal aberto, estavam mais de 20 mil pessoas no estádio;
- O jornal 'O Jogo', axa que a assistência era muito fraca; não disseram o mesmo dos pouco mais de 30 mil que foram ao antro do Dragão ver o jogo da Champions; no Cepórtém-Basileia estavam apenas mais 5 mil do que ontem na Luz. O Sóáres Franco tem mesmo razão...
- Jogámos mal comó raio;
- (Em sublinhado do post anterior do MLeal) O Moreira provou o profissionalismo e a qualidade que continua a ter;
- No marasmo da equipa, o Makukula (e é público que eu não gosto especialmente dele) provou que se calhar a não inscrição na UEFA foi mesmo um erro;
- O Balboa se calhar devia ir falar com o Stallone e ver se o homem lhe dá umas injecções de energia...
- Deixei cerca de 100 euros na Luz: bilhete para ontem, bilhete para os Turcos (6 de Novembro) e mais uma camisola para a minha colecção...

A verdade chegou a tempo...

Em tempos constavam uns boatos no nosso Estádio sobre a seriedade e profissionalismo do Moreira, ora aqui está a resposta na boca de quem o melhor conhece, o seu treinador:

«O Moreira merece o melhor, como pessoa e como jogador. É dos que fica até final nos treinos a trabalhar, a par do Moretto. O Quim às vezes sai mais cedo. Fico contente por três anos depois ter dado este passo decisivo para voltar às balizas. É justo que ele se sinta um jogador especial», concluiu Quique.

sábado, 18 de outubro de 2008

1º post

Antes de mais, o meu agradecimento ao pelicano pelo amável convite.
Jorge Lopes, residente no concelho do Seixal e, principalmente,.....BENFIQUISTA. Socio 18299.
Não serei dos mais assiduos mas certamente dos mais fieis e incondicionais defensores do Glorioso Sport Lisboa e Benfica.

Saudações

jml

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Queirós

Não sei como aguentei ver o jogo da selecção até ao fim. Se calhar pensava, como eventualmente todos os portugueses, que acabaríamos por marcar o golo e, apesar da exibição muito sofrível, ganharíamos o jogo. Assim não foi e penso que comprometemos seriamente a qualificação para o Mundial. É que não estamos a falar do anterior grupo de qualificação para o Europeu de 2008!

No final do jogo, bastante chateado, dou por mim a pensar numa coisa, por sinal o único sentimento positivo que retirei do jogo. Tive uma sensação de alívio. Ufa, ainda bem que o Carlos Queirós não veio para o Benfica! - pensei eu.

Afirmo isto sem qualquer problema de confessar que dos três treinadores mais falados no final da época anterior a minha escolha recaía sobre este treinador. Não queria o Eriksson porque estou farto de regressos e é um treinador acomodado, para além de que seria muito caro. Quanto ao Quique tinha uma posição neutral e de algum desconhecimento ou mesmo desconfiança.

Concluindo, como Benfiquista só tenho de dizer - Obrigado Queirós!

E olhem que já não é a primeira vez que agradecemos a este treinador.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

1º post

A convite de uns ilustres consócios acedi a colaborar no blogue. E num primeiro post é simpático apresentar-nos com o essencial do nosso "Bilhete de Identidade". Tenho 38 e sou casado. Apesar de agnóstico convicto colaborei em dois milagres, um com seis anos e outra de dois. Sem nenhum dos pais Benfiquistas e natural da cidade do Porto gosto de pensar que nasci Benfiquista. Mas nestas coisas das preferências é sempre bom ter uma ajuda. A minha foi daquele que eu considero o melhor futebolista português que eu vi jogar, o pequeno genial, Fernando Chalana. Sou o sócio nº 17651 e acompanho o Glorioso in vivo, de forma quinzenal com rigor britânico desde a primeira passagem do Treinador Erikson. 
O meu modesto contributo visará sempre a defesa do Benfica e o seu engrandecimento. Comigo nunca contaram para a calúnia, o boato e a critica fácil. Até breve.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Cargo para Olegário

Nota Prévia: Tenho para mim ainda que possa admitir alguma ingenuidade neste pensamento, que a existência da FIFA e da UEFA pressupõe criar condições para que o futebol exista enquanto espectáculo de alta qualidade, consequentemente, os seus altos funcionários lutarão com toda a sua capacidade para o conseguir.

No contexto da nota prévia considero que o nosso bem conhecido Olegário, tem um futuro grandioso como alto funcionário de um desses Organismos. Toda a sua carreira em Portugal, ou de uma forma mais visível desde que chegou à primeira divisão, tem sido prova disso. Como a memória é curta podemos apreciar a sua última intervenção no Leixões – Benfica.
A não marcação do penalti (mão do jogador do Leixões) flagrante mesmo à sua frente, é um belo exemplo do que é a defesa de futebol espectáculo. Numa atitude só ao alcance de grandes visionários, deixa seguir o lance e permite um grande golo ao Cardozo marcado com o pé direito após um excelente passe do Grego, em troca de um possível golo de bola parada marcado pelo mesmo Cardozo com o pé esquerdo, diria extraordinário.
No lance do Nuno Gomes em que transforma uma clara falta do jogador do Leixões sobre o nosso jogador, numa falta a favor do primeiro, é mais uma grande demonstração da aplicação da justiça. Sendo Olegário um juiz limitou-se a impedir que o Benfica ganhasse, o que seria manifestamente injusto face ao que se passou no referido jogo. A um Juiz pede-se aplicação de regras e leis para se fazer justiça, Olegário vai mais longe e subverte essas leis para se praticar a justiça.
Atento o exposto rogo para que se crie uma petição, abaixo-assinado ou qualquer outro meio de pressão para colocar este Exmo. Sr. de capacidades invulgares, num cargo que consiga aplicar toda a sua categoria. De preferência longe da vista de todos nós.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Demasiado mau...

Estou um pouco sem palavras para descrever o que acabei de ver. Muito a quente, apenas escrevo por desabafo para libertar a furia que me invade, esperançado que tal me permita uma noite de sono minimamente decente.
Depois de dois jogos em que a equipa entusiasmou todos, uma rápida descida à terra. Não era ingénua a unanimidade de todos os que comentam a vida do Benfica, quando se referiram à importância deste jogo, a recente memória tem demonstrado que depois de um bom jogo ou bom resultado tudo desaba. Não que este resultado signifique um abandono do sonho ou das nossas possibilidades, mas assim como a exibição contra o Napoles nos deixou nas nuvens, este jogo nos deixa na certeza que muita coisa há a fazer, principalmente às cabeças dos nossos jogadores.
Um jogo muito fraco, sem velocidade, capacidade de passe, uma péssima leitura de jogo do meio campo, a certeza que Di Maria não é opção para estes jogos (em casa a coisa ainda dá), o que nos deixou a jogar com menos 1 durante demasiado tempo. A juntar mais uma arbitragem vergonhosa com dois penaltys claríssimos, o segundo a ser assinalado muito provavelmente significaria uma injusta vitória e 3 pontos muito importantes.
Em suma, tudo muito mau e duas semanas para reflectir.
PS: Desculpem o desabafo, provavelmente vou-me arrepender deste post, mas estou mesmo furioso.

Sorteio da Uefa

Num sorteio em que do pote 1 ao pote 3 parece que estamos a falar de um sorteio da Liga dos Campeões, tal como o nosso treinador apontou, aqui fica um pequeno exercício para o sorteio da UEFA de amanhã (opinião pessoal).

Grupo mais difícil
Estugarda
Udinese
Portsmouth
Metalist Kharkiv

Grupo mais acessível

Bruges
Slavia Praga
F.C. Copenhaga
MSK Zilina

Na certeza porém que nem o cenário mais complicado se configura tão difícil como foi a pré-eliminatória contra o Nápoles.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Bye Bye Camorra!

Tenho de confessar, detesto equipas italianas e o futebol italiano! A única alegria que me deram foi terem ganho o Mundial contra a França do Domenech. No entanto, existe uma excepção, gosto dos Violas, a Fiorentina. Não, não é por causa do Rui Costa ou o N. Gomes terem passado por lá, embora isso também tenha contribuído para aumentar os laços de afectividade com essa equipa. É que desde muito cedo engracei com a camisola da Fiorentina e ainda hoje lá a tenho em casa, velhinha e comprada em 1992.

Obviamente que a minha urticária se deve ao facto de raramente ganharmos a equipas italianas e de nunca passarmos as eliminatórias com as mesmas. Com a agravante de essas mesmas equipas praticarem o tão célebre e irritante estilo catennacio (diga-se a verdade outrora mais eficaz).

Deu-me um imenso gozo ganhar a uma equipa tipicamente italiana que defenderam ontem com onze homens atrás do meio campo e que mais uma vez fartaram-se de distribuir "fruta", a exemplo do que já tinha sido a primeira mão em que deveriam ter acabado o jogo com menos 2 ou 3 jogadores. Sim, também é verdade que poderiam ter "matado" o jogo com dois lances na primeira parte, à italiana.

De constatar ainda os seguintes factos:

- O Nápoles ainda não tinha perdido esta época e encontra-se no segundo lugar da Série A. Não é uma equipa qualquer.

- Há 23 anos que o Benfica não eliminava equipas italianas.

- Nunca o Benfica passou uma eliminatória com equipas italianas em que tivesse perdido na primeira-mão.

Por isso é que fiquei na lua quando ganhamos ontem! Não foi uma vitória qualquer!

Ontem deveria haver uns quantos "mafiosos" cá do burgo que estavam à espera que os "mafiosos" de Nápoles passassem para a fase seguinte. Por isso é que a vitória de ontem foi um triunfo a todos os níveis!!

Assim, sim...

Já tinha transmitido por diversas vezes a confiança no trabalho da presente equipa técnica. Apesar de o inicio pouco brilhante ou entusiasmante via a equipa com alguns mecanismos tácticos que não se verificavam nos últimos anos (leia-se 10 anos). O jogo contra o Paços de Ferreira deixou-me um pouco apreensivo. A substituição do Ruben Amorim pelo Balboa deixou-me de cabelos em pé e muito preocupado, o desenrolar desse jogo confirmou esse estado de nervosismo que a sorte fez assentar assim como o apito final. Entraria de seguida em período de férias o que significou ausência do país e ausência total de informações. Do jogo com o Sporting apenas tive conhecimento do resultado, nada soube sobre a exibição. Ontem cheguei ao aeroporto e segui directo para o estádio com alguma espectativa mas sobretudo ignorância sobre o que era a equipa do Benfica. Após o jogo não consigo disfarçar o meu sorriso, fruto de uma enorme satisfação. Para mim há vitórias e há as vitórias. Ontem não foi só ganhar, foi vencer. Fizémos um jogo de grande qualidade assente naquilo que defendo há muitos anos, um meio campo forte, capaz de chegar à frente com a mesma facilidade com que se posiciona atrás e com capacidade de gerir os ritmos do jogo a seu belo prazer.
Quando penso que tudo isto aconteceu com Leo, David Luiz, Aimar, Cardozo, Suazo de fora das opções, temo pela minha sanidade e aguardo com ansiedade a materialização da vitória no próximo e dificilimo jogo com o Leixões, a acontecer, será dificil não cair no facilitismo de crer que é possível ganhar já este ano.
Para mim, o momento do jogo, foi ver o estádio em pé e a saltar ao som do saudoso " Ninguém pára o Benfica", assim sim...!!!!

Com categoria

Procurando alguma frieza no rescaldo da vitória de ontem, há que concluir que nem tudo foi perfeito. Por exemplo, um destes dias, a oportunidade que resolvemos oferecer no início do jogo ao ponta-de-lança adversário ainda há-de resultar em golo. Mas é óbvio que, nada se tendo ganho, se evitou uma eliminação precoce da Taça UEFA, tal como, cinco dias antes, conseguiramos manter-nos na corrida pelo título de campeão nacional. Agora, é imprescindível derrotar o Leixões, sob pena de a dinâmica de vitória que começou a ser criada sofrer forte abanão.

É evidente que temos jogadores de grande classe e que tudo indica estarmos a criar uma grande equipa. E não nos esqueçamos de que ontem vencemos sem Cardozo, Suazo e Aimar e com Carlos Martins a jogar apenas os últimos 20 minutos. Devemos, no entanto, evitar uma euforia desmesurada, pois, tal como aconteceu em Nápoles ou Paços de Ferreira, voltaremos a sofrer golos em que a bola bate no nosso defesa ou tem um efeito estranho que impossibilita a intervenção do guarda-redes. Se soubermos encarar tão bem os momentos de infortúnio durante o jogo como soubemos controlar a vantagem nos jogos com o Sporting e o Nápoles, temos equipa. Que alegrias nos proporcionará esta temporada? Ainda é cedo para sabermos...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A New Age...

Hoje é um dia importante na vida do nosso clube, e por mais do que uma razão...

Por um lado o resultado do jogo é por demais importante, ou não fosse a vitória vital para a passagem à fase de grupo de uma Taça UEFA, que sem ter o brilho da Champions League, não deixa de ser uma competição com prestígio, e que devemos sempre querer ganhar (desde que cá estejamos, claro está!). A fase de grupos pode ser vista com um empecilho e uma forma de gastar dinheiro em deslocações , e organizar jogos que trazem pouco retorno ao clube. Até pode ter o seu 'q' de verdade; mas o Benfica joga sempre para vencer, e numa fase tão importante para a vida do nosso clube, uma boa campanha europeia, mais do que receitas imediatas traz aumento de capital de prestígio e financeiro a médio-longo prazo...algo que andámos a desbaratar durante alguns anos, e que agora nos faz tanta falta...

Mas o dia/noite fica marcado por outro acontecimento importante e que pode criar uma nova era no Benfica e por arrasto, no desporto em Portugal. Falo da Benfica TV, e da sua primeira transmissão que se irá realizar por ocasião do Benfica-Nápoles desta noite. Não sendo um projecto pioneiro no Mundo do Futebol, é-o no país Portugal do futebol. Pela primeira vez, um clube português apresenta e arranca com um projecto desta índole e desta dimensão. Se a criação de um canal de tv, é uma forma de comunicação nova do clube, esta mesmo potencia a dita comunicação e abre novas vias à criação de receitas que até hoje seriam de algum modo impensáveis.

O negócio dos direitos de transmissão dos jogos do Clube, é uma grande negociata que a Olivedesportos fez e que nos tem prejudicado ao longo dos últimos anos, porque tem hipotecado possíveis receitas que a partir de agora (não para já, porque o negócio com a Olivedesportos só termina em 2010 ou 2011), se pode transformar por completo; o clube vai poder gerir melhor a situação e daí tirar fortes dividendos e receitas mais elevadas, potenciando assim um veículo de comunicação muito potente. E o facto de o canal Benfica, para já ser apenas transmitido na plataforma MEO, parece-me uma óptima parceria, nem que seja porque assim aguça o apetite de quem quer seguir as emissões que hoje começam. Antes de saber desta parceria, já era cliente MEO; mas se não fosse provavelmente mudaria...assim como muito amigos benfiquistas com quem já falei e que já o fizeram ou estão seriamente a pensar nisso.

Só espero é que o projecto esteja solidificado e tenha vindo para ficar; acredito que sim, pela 'doença' de que padeço como também porque em termos financeiros, estas últimas direcções têm trabalhado bem (o que não é a mesma coisa que trabalhar bem no campo desportivo) e têm apresentado bons projectos com estabilidade.

Eu vou ao Estádio (como sempre), mas vou deixar a bola a gravar para não perder um momento histórico.