domingo, 7 de abril de 2013

O TREINADOR COMPETENTE = JORGE JESUS



Independentemente do nº de troféus que o Benfica possa conquistar no final da presente época. Esta ficará para a história como exemplo máximo da competência de um treinador.

Recordemos

Em Julho de 2012 todos os que seguem o futebol de perto e o Benfica em particular apostariam num onze em que nomes como os de Luisão, Aimar (Carlos Martins como opção), Witsel e Javi Garcia seriam indiscutíveis. Era de todo impossível projectar uma equipa do Glorioso que não integrasse qualquer um destes nomes. No final de Agosto, e aqui convém lembrar que Javi Garcia e Witsel ainda jogaram na presente Liga, fomos confrontados com as vendas de ambos, a que se somou a lesão de Aimar e o castigo de Luisão. Tudo sem assegurar a aquisição de qualquer jogador para os substituir. A maioria dos nossos adeptos desesperaram e deram a época como perdida. Pior ficaram, quando ouviram o treinador afirmar que tinha as soluções necessárias dentro do plantel, o homem só podia estar louco e nunca deveria ter iniciado a época.
O teimoso, para não dizer a besta como muitos benfiquistas afirmam, do Jorge Jesus integrou simultaneamente na linha defensiva André Almeida, Jardel e Melgarejo - anedótico. No meio-campo a tontice ainda foi maior, o patrão passou a ser essa espécie de jogador que é o Matic, inventou um argentino (Enzo Perez) a fazer de belga (como se isso fosse possível) e para o caldo estar mesmo entornado chamou um garoto da equipa B (André Gomes) para lhe fazer companhia - sacrilégio.

Em Janeiro, na abertura do mercado de transferências, os benfiquistas voltaram a ser confrontados com outras insanidades dos seus responsáveis, sempre reféns do louco do seu treinador. Ao autorizarem novas saídas do plantel, Nolito e Bruno César  e novamente sem assegurar qualquer nova entrada, porque o plantel era suficiente para as exigências.

Eliminados da Chanpions e relegados para a liga Europa,  chegou o derby com os Norte Coreanos (expressão magnifica roubada ao cronista do Expresso Henrique Raposo). Empatámos 2-2,  o nosso adversário marcou um golo, o outro foi o Artur que lhes ofereceu, sempre a perder conseguirmos sempre recuperar, terminando o jogo com mais % de bola, mais cantos, mais remates e os únicos com verdadeiras oportunidades de golo. Apesar dos factos, estes não foram suficientes para calar os descontentes, e muitos dos nossos adeptos prontamente constataram que nada jogávamos e que a equipa estava toda exprimida, era só esperar por Fev/Mar para cedermos fisicamente como é "normal" nas equipas do Jesus.

Entretanto já passou o Fevereiro e o Março. E a "fraca" equipa do Glorioso passou quase incólume, excepção feita á meia-final da Taça da Liga,  disputado em Braga contra o Sporting local e perdida no desempate por g.p.. Partida que ficou marcada pela não marcação de um g.p. perto do seu final que poderia nos ter dado a vitória. Mas nem assim as vozes contra se calaram, benfiquistas houve que na única pequena nuvem em dois meses perfeitos, criticaram o nosso treinador por poupar alguns dos seus titulares. Ou seja, preso por ter cão e por não ter.

Foi este o difícil percurso até a Abril, a caminho das meias-finais da Liga Europa, com um pé na final da Taça de Portugal e na frente do Campeonato com 4 pontos de vantagem sobre o segundo classificado. 4 que deveriam ser 8 não fossem o golo limpo anulado a Cardozo frente ao Sp Braga no Estádio da Luz e as 2 incríveis g.p. assinaladas por Carlos Xistra em Coimbra.. Curiosamente, ambos  os jogos terminaram empatados 2 a 2. Isto num resumo das incidências aos nossos jogos.

Num mesmo ano era difícil reunir tantas e tantas contrariedades e responder sempre á altura. Felizmente para nós que o Jorge Jesus é teimoso e não dá ouvidos a jornalistas, paineliros e treinadores de bancada. Caso contrário tinha sido tão fácil ser uma desgraça.

No Benfica é sempre muito difícil. E no contexto descrito só para os verdadeiramente competentes. Porque para ganhar campeonatos qualquer, António Oliveira, Fernando Santos, Jesualdo Ferreira ou Vitor Pereira servem, desde que no clube certo.

Renovar contrato com Jorge Jesus é um imperativo de inteligência e bom senso, independentemente do número de troféus.



3 comentários:

  1. Concordo em absoluto. Digo mesmo mais, é um erro grave o Benfica não renovar com o melhor treinador português de todos os tempos.
    Força mestre Jorge Jesus!
    E Pluribus Unum

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  2. Continuo a pensar, como escrevi na altura, que JJ teve dois anos de total desnorte após o título; o primeiro embriagado com o título conquistado, e o segundo não sei porquê, talvez atarantado com os erros do ano anterior.

    Mas aprendeu, e bem, e neste momento não vejo vantagem em susbtituí-lo a não ser que pudéssemos contratar um treinador do top mundial. Fora isso...

    Continuarei a arrepiar-me sempre que ele abre a boca, e nunca será alguém que me deixe orgulhoso de ver a representar o nosso Benfica. Não é um "role model". Nunca lhe vou perdoar a eliminação da Liga Europa frente ao Braga, os 0-5 no dragon, a eliminação da Taça em casa frente ao fcp.

    Mas, tudo isto dito, sim, sem dúvida, neste momento, renove-se com ele. Venham os resultados.

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