terça-feira, 3 de setembro de 2013

Fábula "Assalto ao Museu"

Há mais de 100 anos nasceu um museu. Ao longo da sua história granjeou reputação pelas belas obras de arte que expunha.
Uns anos passados, o museu começou a ser vítima de inúmeros assaltos tendo como consequência a delapidação do seu riquíssimo património e a perda de qualidade aos olhos de quem, regularmente o visitava. Toda a gente sabia quem era o mentor dos assaltos, sabia-se como eram preparados, sabia-se quando eram executados e quem os cometia. O comandante da polícia e a sua força de intervenção assistia ao crime sem nada fazer, pareciam ter as mãos atadas, pareciam precisar de um incentivo para agirem, mas este nunca chegava. O chefe da família que “herdou” a gestão do museu, nada fazia para contrariar e impedir os contínuos crimes a que o museu era sujeito. Nos anos que levava à frente dos destinos do museu dotou a casa de magníficas infra-estruturas que albergavam peças lindíssimas e de grande qualidade, criou inclusive uma ala para que novos artistas tivessem todas as condições para criarem peças dignas de serem expostas naquele majestoso museu.
A população sentia-se triste e amargurada, olhava para o museu com os olhos repletos de água a lacrimejarem de saudade, viam um imponente e lindo edifício mas sabiam que o seu conteúdo era muito inferior a gloria passada. Uns culpam os ladrões por destruírem tamanho legado, outros culpam o arquitecto de interiores por não conseguir dispor as peças de arte de forma a extrair delas a grandeza esperada e por raramente aproveitar as peças criadas em tão nobre ala anexa, outras culpam o chefe por manter o arquitecto de interiores, por apoiar e contribuir para a nomeação do comandante da polícia e pela forma estranha como algumas das obras de arte eram transacionadas.
(…)

O museu perdura no tempo sobrevivendo a custo às adversidades, o seu passado glorioso continua na memória de muitos, principalmente daqueles que teimam em estudar a sua história. Em muitos ouve-se o lamento: perante os crimes que fomos sujeitos o chefe da família nunca materializou uma queixa na polícia, o clic que faltava para esta poder agir, porque terá sido?

1 comentário:

  1. o chefe de família também não e ajudado pela mesma, antes o contrario.
    não deviam ir a outros museus-
    não deviam colaborar com os ladroes
    e muito mais,,,,,,,

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