quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Erros do passado



A memória das pessoas é curta, este é um facto transversal a várias áreas da nossa vida e o futebol não é excepção. Vive-se o presente oscilando entre a alegria e a depressão em função do acontecimento ao dia, hora e até minuto. 

No nosso Benfica as vitórias consecutivas com lesões de jogadores fundamentais criaram a ilusão de equipa em crescimento e em passada larga rumo à glória. De repente o resultado dos últimos jogos criou a dúvida, principalmente quando ocorre no regresso de vários jogadores ditos importantes, pela incapacidade em controlar jogos, e em ter resultados positivos quando enfrentamos equipas mais competitivas. 

Evoco assim a memória de todos no início da passada temporada e as dificuldades sentidas nessa fase. A mesma incapacidade em controlar, em criar dinâmicas atacantes e constantes erros defensivos. Problema no meio campo onde jogou Pizzi; Samaris, Talisca na posição 8 e teve na posição 6: André Almeida, Fejsa e também Samaris. A estabilidade ocorreu com o fixar de Pizzi na direita, ajudando a fechar o meio campo em processo defensivo e dinamizando o ataque através de diagonais e da sua criatividade com bola nos pés, e com a entrada de Renato Sanches que graças à sua capacidade física permitiu colar o espaço existente na nossa zona intermediaria. Esta época Pizzi fixou-se à esquerda com menor produtividade mas emprestando ao meio campo similar auxílio e André Horta ainda que diferente manteve a impetuosidade física para colar o meio campo. Com a lesão deste e o recuo de Pizzi os erros do passado tornaram-se evidentes com a agravante de Salvio na direita jogar parado em termos defensivos, Cervi não é Gaitan e Guedes não é Jonas: não consegue segurar bola ou preencher tacticamente o espaço. O resto é história repetida e a exibição do Dragão em diante é similar à da Supertaça de 2015 em diante. 

Soluções procuram-se, temos Danilo que parece não contar e André Horta que está condicionado fisicamente sem sabermos por quanto tempo, as restantes alternativas (Samaris, André Almeida) foram soluções com resultados duvidosos. Alterar a disposição táctica poderá ser a solução temporária mas não sei se é possível e as implicações futuras dessa mudança.

1 comentário:

  1. o erro foi não ter contratado outro oito já que deste modo ficávamos reféns de horta aguentar o ano todo, tal como ficamos do renato valeu que correu bem este ano não.
    danilo não conta porque é um seis ele serve para substituir o fejsa só, o unico com possibilidades de jogar a oito, não a seis como tem feito é o samaris já sabemos que é curto para equipas que se fecham muito mas para este tipo de jogo até era bem capaz de ser a opção certa agora pouco se tem insistido nele nessa posição principalmente jogando com o fejsa.

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