quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Oportunidades teóricas

Não vou qualificar a passagem dos equipamentos do Glorioso pela Reboleira na noite da última quarta-feira. Nem sequer vou avaliar a decisão que esteve na origem da qualificação da equipa para a fase seguinte da prova alcoólica. Vou apenas tecer alguns considerandos sobre as afirmações de Camacho no final do encontro.

O técnico espanhol, a quem reconheço uma primeira passagem muito interessante pela Luz e a alegria de nos ter livrado do engenheiro parapseudopsicotáctico, continua com um discurso estranho. O homem está com problemas para perceber português e responder em portunhol; anda a exagerar nas conversas com o seu adjunto com pinta de estilista; perdeu a noção da realidade ou quer testar a paciência do pagode.

Em Braga, não ficou contente com as opções tácticas, disparatas de início a fim, e surgiu com a brilhante conversa que terminar a Liga em segundo ou terceiro é bom. Agora, depois do paupérrimo espectáculo na Amadora, criticou os atletas por não terem conseguido jogar rigorosamente nada. Não fora ter tido que os sócios e adeptos são grandes e já estaria a imaginá-lo dentro de qualquer coisa a caminho de Madrid, Múrcia ou outra terra qualquer espanhola começada por M, H, L ou X...

Irrita-me profundamente ver um treinador, seja de que modalidade for, considerar que deu oportunidades aos atletas menos utilizados quando, aquilo que fez não foi mais do que alinhar com uma equipa de suplentes retocada com a presença de jogadores em processo de recuperação física ou de adaptação ao clube e a uma nova realidade.

Só poderemos avaliar o verdadeiro potencial de Dabao ou de Adu quando os rapazes jogarem ao lado de Rui Costa, Petit, Cardozo, Nuno Gomes ou Katsouranis. Isto é válido para os dois miúdos, mas também para outros, casos de Coentrão, Miguelito, Zoro ou Butt. Considerar que dar oportunidades é avançar com uma segunda linha é desonesto e expõe de forma desajustada os habituais suplentes ao erro. Imaginem que o jogo era da Liga ou da “Champions” e que, por esta ou aquela razão, Dabao era o único avançado disponível. Quantos dos restantes 10 titulares na Amadora mereceriam a chamada? Não mais que 3-4 (Luisão, Rodriguez, Di Maria e talvez Nelson). E se fosse o guardião alemão a ter de avançar? O quarteto defensivo será formado pelos quatro elementos que foram escalados para a Reboleira?

Na pré-temporada, quando se joga contra os empregados do hotel onde se está a estagiar, ainda pode fazer sentido escalar “onzes” sem um mínimo de rigor, mas quando estamos numa competição oficial não se deve fazer isso. Ainda por cima, o adversário não é de um escalão inferior. E mesmo quando é... por vezes dá caldeirada. E não pensem que isso só acontece aos outros. A Taça de Portugal, por exemplo, voou o ano passado por causa do poderoso Varzim...

2 comentários:

  1. não tenho tempo para comentar mas vou fazê-lo mais tarde

    é só para dar um má notícia

    O Sportinguista Pedro Henriques vai apitar na Luz depois de amanhã o Benfica-Sporting

    Acho que é 3ª vez que o faz nos últimos anos na Luz e o Benfica nunca ganhou é que o há a dizer, o ano passado não expulsou Caneira se não tou em erro por falta sobre Miccoli nos primeiros minutos e houve um penalty sobre Nuno Gomes não assinalado.

    Como prémio volta a apitar outra vez.

    O Sportiguista Vítor Pereira está a fazer um belo trabalho não haja dúvidas

    Depois do que se passou nos últimos anos como é possivel isto

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  2. Efectivamente algo se passa com o Camacho. Outra das suas vrtudes era a comunicação/relação com os jogadores, e atendendo a algumas declarações, nomeadamente do Luisão (que foram boas diga-se), algo vai mal pela aquela casa.

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