Invasão de privacidade

As reacções por parte da bandalha afecta ao FCP em consequência da publicação das escutas têm sido bastante curiosa. Admito que andava curioso para ouvir o que alguns pseudo-sabidolas teriam a dizer sobre o assunto e assistir a este folclore de "noticias" e "arranjos" demonstra bem o desespero em que se encontram, será que pressentem algo?

Uma das reacções que mais pretendia ouvir era a do Guilherme Aguiar. Este quando instado a comentar o assunto numa primeira fase revelou-se ofendido por Sílvio Cervan ter classificado o conteúdo das escutas como escabrosas para à posteriori se revelar indignado pela invasão de privacidade que estas sustentam, branqueando toda a mensagem que estas acarretam.
Perante a perplexidade destas declarações dei por mim a imaginar o seguinte cenário:

- A casa do Sr. Aguiar é assaltada, sendo-lhe surripiado diversos objectos de elevado valor sentimental e monetário;
- O assalto é presenciado na integra pelo seu vizinho do lado, um identificado alcoólico que em tratamento estava sóbrio à data da ocorrência;
- O vizinho identifica os autores do crime;
- Os "criminosos", pessoas de enorme influência e capacidade financeira conseguem uma defesa eficaz, descredibilizando a testemunha;
- O caso é arquivado por falta de provas;
...
- Anos mais tarde, os autores da façanha são apanhados numa gravação vangloriando-se e assumindo o assalto;
- A gravação chega às mãos do Sr. Aguiar, com esta tenta reabrir o processo e de forma a pressionar e dar a conhecer a verdadeira essência dos suspeitos a publica na Internet;
- Como a gravação não foi mandatada por nenhum juiz nem teve a autorização dos intervenientes, esta não constitui meio de prova e o processo é rearquivado;
- Os "criminosos" processam o Sr. Aguiar por invasão de privacidade.

Poria as coisas em perspectiva.