quinta-feira, 19 de março de 2009

Combater para Exigir

A estatística não é uma ciência exacta e no futebol muito menos e no futebol nacional a exemplo de qualquer outra regra pouco ou nada conta. Razão pela qual não vou esgrimir números. Apenas sublinho pela enésima vez que o último campeonato ganho foi com o menor nº de pontos de sempre e aconteceu porque se abriu o dossier Apito Dourado. Esse titulo não se explica por estatística mas sim por cuzinho apertado para muitos que voltou a folgar de forma vergonhosa, especialmente na presente temporada. No assunto da corrupção estamos de acordo na constatação óbvia da sua existência mas divergimos na dimensão da sua influência. Para mim ela é absolutamente decisiva no insucesso do clube. E a não assimilação desta verdade eternizará o nosso insucesso por muito mais anos. Pois estou convicto que parte substancial das actuações das direcções dos clubes são influenciadas pela vox-pop dos seus associados. E se estes maioritariamente dão mais importância à avaliação semanal da performance da equipe que trabalha em condições altamente “desfavoráveis” em detrimento do combate aos batoteiros, nunca alcançaremos a verdade desportiva desejada e o nosso estádio passará a ser numa máquina trituradora de treinadores e jogadores. Pior validamos a desleal competição, porque á sempre um Pedro Ribeiro disposto a explicar a nossa culpa e os méritos do campeão.
Em resumo a minha exigência principal não é o nível exibicional, a minha exigência é ser campeão. E para isso acontecer tenho que focar o meu discurso no combate a quem não nos permite. E julgo que estarás de acordo comigo que os responsáveis não são o Quique nem os jogadores que orienta.

p.s.

Plantel superior - não concordo apenas 4 nomes superiores aos actuais nas respectivas posições e que chegaram a estar juntos durante uma temporada:
- Rui Costa
- Petit
- Simão
- Micolli
- Karagounis

Horriveis exibições, que dizer do futebol praticado no nosso estádio que deixava Camacho sem fala nas conferências de imprensa e a rezar aos santinhos para que o Presidente o demitisse. E os nossos rivais que grandes jogos têm feito para andarmos tão desesperados com a performance da equipa. O clube do regime foi incapaz de ganhar-nos um jogo. E em ambas as partidas precisou de uns valentes empurrões, leia-se grandes penalidades. Na Catedral antes de ser agarrado Lucho estava em clara posição de off-side e na Antas o Pedro Proença viu o que vê sempre nos jogos do Glorioso. Com o Porto B presenciámos uma indiscutível vitória em casa e na deslocação ao sambódromo como escrevi no momento apropriado e passo a citar-me “Apesar de tudo fomos superiores na 1ª parte e foram precisas inúmeras contingências para perdermos. Exemplos:- as faltas não assinaladas sobre o Aimar (levou uma chapada na 1ª jogada do desafio; sofreu uma grande penalidade não apontada que no seguimento da jogada irá surgiu o primeiro golo do adversário, etc) que alteram toda a dinâmica do nosso futebol e que adivinho virem a ser negativamente decisivas no futuro*; - o perdão às sucessivas “quase agressões” de Rochemback, Liedson e Derlei que justificavam a expulsão.

Peço desculpa pelo português mas a hora já vai adiantada

5 comentários:

  1. Eu acredito na teoria do balão de ar quente. Embalando numa dinâmica de vitória, provavelmente estaríamos a jogar melhor, mas tem sido mau demais...

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  2. Ora aqui está o cerne da questão, tão assiduamente debatida, baseada nas mais diversas (e respeitaveis) opiniões. Eu tenho a minha que, a 99%, é identica à do MLeal. O 1% que diverge tem a ver com uma ou outra exibição menos conseguida, pela(s) qual(ais) fomos castigados e que não é referida. Mas factos são factos. Andamos a ser expoliados há 25 anos, onde a época do titulo foi excepção. Depois voltou tudo ao normal. i.e., aos habitos instalados e à impunidade de quem os criou e continua a alimentar. A nossa luta torna-se ingloria contra uma estrutura (já não é só um pequeno lobby) organizada, com influências muito mais fortes que as promovidas na Av.Fernanão de Magalhães. Atente-se ao secretário geral do desporto, ao presidente da liga, a todos os agentes desportivos que vivem do fenomeno "futebol". Qual é o papel dessa gente? A questão que coloco é esta: de que forma se dá a volta a isto? Os dias, meses, anos passam e claramente somos insuficientes para repôr a verdade desportiva. O nosso presidente tem sido incansável nas denuncias, nas intenções, nas provocações que constantemente faz. Tudo esbarra na tal estrutura. A titulo de exemplo, como se justifica que um processo onde interveio o Mesquita Machado tenha ficado na gaveta? A dimensão é brutal e temos que sejamos poucos para a mandar abaixo. Por isto, por tudo o que já aqui foi escrito, temos 2 opções. Ficar em casa, abstraídos do resto, ou ir para a estrada, SEM DISCURSOS DERROTISTAS E MUITO MENOS CRITICOS PARA COM OS NOSSOS, conscientes da falsidade que permanece mas contuando a alimentar a nossa paixão. O SL Benfica.

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  3. Caro JML,
    A solução é continuar a apoiar a equipa técnica e os jogadores a 100%.
    A estratégia do Sistema é descredibilizar esta direcção e fazer do Benfica uma máquina trituradora de treinadores e jogadores. Em 2012 o Benfica vai renegociar os contratos televisivos e há muita gente a movimentar-se para que nessa altura o clube esteja instrumentalizado e domesticado.
    Temos que impedi-los!
    Ao mesmo tempo, a direcção tem que assumir uma postura mais combativa e denunciar a cada momento os roubos de que somos vítimas. A direcção tem medo de quê? Das multas? Não as pagamos já mesmo sendo cordatos e diplomáticos?

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  4. Luis Vintem, 100% de acordo. Esse é o caminho. A prioridade é chamar os bois pelos nomes e nada temer.

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  5. e onde está o garante da punição?

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