terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Lá foi mais um

Como qualquer pessoas com dois dedos de testa sabe, e já foi aqui escrito por outros bloguistas, é muito mau para uma equipa que persegue objectivos de vitória ficar sem um jogador titular a meio da época. Já tínhamos ficado sem o Ruben por lesão, e agora o presidente decide vender um titular indiscutível, por um valor no mínimo discutível.

Para mim é inegável que LFV sai muito mal na fotografia, por várias razões. Em primeiro lugar, porque continua a mentir aos adeptos e sócios. Ainda há pouco tempo nos assegurava que não sairia nenhum jogador importante em Janeiro - e agora sai, e muito abaixo da cláusula de rescisão - cláusula essa que toda a gente já percebeu, e o mercado também, que não tem qualquer significado.

Em segundo lugar, porque (segundo os dados que tenho) o jogador em causa tinha um salário inferior à sua importância na equipa e ao seu valor de mercado. Em vez de se gastar massa salarial em jogadores para emprestar, não teria sido possível acautelar melhor os nossos interesses pagando ao jogador um salário mais justo dentro do que são as nossas possibilidades e o nosso tecto salarial? Chama-se a isto boa gestão de recursos humanos.

Em terceiro lugar, porque esta venda agora, ainda por cima a poucos dias de um jogo importante, lança ao plantel e aos Benfiquistas uma mensagem de descrença nos objectivos da época, ou pelo menos no objectivo principal, o título.

LFV não resisitiu, perante o sucesso da época passada, a voltar a chamar a si a gestão do futebol. Os disparates sucedem-se, os resultados estão à vista. Espero que as consequências para o resto da época sejam as menores possíveis, e que apesar deste disparate ainda possamos ter muitas vitórias e se possível chegar ao título.

Quanto ao jogador que parte, não vale a pena vir agora com juras de amor. Quem ama realmente um clube não o deixa. No futebol de hoje, fala o dinheiro. As juras de amor, deve o jogador fazê-las à sua conta bancária - de facto, o único vencedor deste processo.

1 comentário:

  1. Mal saiu a noticia desta venda, logo se apressaram alguns, a classificar este negócio como mau ou ruinoso, o que também não me admira, são os mesmos que seja qual for a venda ou a compra ou o negócio que o Benfica faça é sempre mau, esta-lhes nos genes, são assim, mal dizentes por natureza, foi assim com Di Maria, que rendeu 36 milhões ao clube.
    Sejam quais forem os valores mencionados (20 ou 25 milhões à cabeça), eu considero um mau negócio do ponto de vista desportivo, porque gostava do carisma, da postura e da qualidade futebolística de David Luiz, mas do ponto de vista financeiro, acho um bom negócio e uma boa venda, até porque nestes casos, o jogador tem também uma palavra e é perfeitamente natural e legítimo que o jogador quisesse outros palcos e um salário que só em certos lugares pode ser pago.
    Eu que nada percebo de matéria financeira, procuro apenas analisar as coisas pelo lado objectivo com a ignorância que a matéria me suscita, embora folgue em ver grandes especialistas económicos por estes blogues a fora, mas se receber a exorbitãncia de 20 ou 25 milhões à cabeça, algo que está longe de ser usual, por um jogador que foi vendido por 20 vezes mais que o valor da compra, num negócio que pode passar os 30 milhões é um mau negócio, por favor, alguém que me explique o que é um bom negócio.
    Mas mais, quem me diz que daqui a 2 ou 3 anos Matic não é vendido por 15 ou 20 milhões? É uma incógnita, mas é também uma possibilidade, com o risco que a caracteriza.
    Analisando as transferências desta época, e quando digo desta época refiro-me ao seu início e não a este mês de janeiro, alguém que me dê 10 transferências mundiais, repito, mundiais, mais valiosas que esta e se o conseguirem, digam-me quantos defesas ali estão e depois sim, com objectividade, justifiquem-me a razão ser um negócio assim tão ruim, porque repito, pela minha ignorância na matéria, não entendo.
    Julgo por tudo isto que é prematuro dizer-se que estamos perante um mau negócio.

    Peço desculpa por tão longo comentário.

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