O post leva-nos ao ano de 1939, provavelmente este ano pouco quer dizer à grande maioria das pessoas.
Em 1939 vivem-se os anos dourados da ditadura militar com Salazar à cabeça como Presidente do Conselho de Ministros.
A época futebolistica decorria dentro da normalidade com o F.C.Porto a liderar o campeonato.
Dia 23 de Abril de 1939 o Benfica desloca-se até à cidade do Porto, para defrontar o F.C.Porto no campo da Constituição, que à data dispunha de 1 ponto de vantagem sobre o Benfica, bastado-lhe apenas o empate para se sagrar Campeão Nacional.
O Jogo e os Casos
Até então o jogo estava disputadissimo e o jogo tinha entrado nos minutos finais, com o resultado em 3-3 o F.C.Porto tinha o título de campeão nacional na mão, mas no último minuto há um volte face no marcador e na sequência de 1 canto a favor do Benfica, Brito faz um hat-trick no jogo que dá o 3-4 ao Benfica e consequentemente lhe dá a vitória no campeonato, até que surge em cena o árbitro Henrique Rosa de Setúbal que anula o golo ao Benfica por hipotético empurrão de Brito a um defesa do F.C.Porto ficando desta forma o título de Campeão Nacional entregue ao F.C.Porto e o Benfica via assim pelas mãos do árbitro fugir-lhe o título de campeão.
O Dia Seguinte
No dia seguinte ao jogo a Revista "Stadium" dá à estampa a reportagem do jogo e publica as fotos do golo anulado ao Benfica e surpreendentemente a única pessoa que Brito poderia ter empurrado quando fez o golo que daria a vitória ao Benfica e consequentemente traria o título para Lisboa apenas poderia ter empurrado a sua própria sombra.
Irremediavelmente o Benfica perdeu assim o título de campeão da temporada 1938/1939 às mãos de um árbitro e em favor dos mesmos de sempre o F.C.Porto.
As Figuras do Título
O Presidente do F.C.Porto à época era Ângelo César um dirigente na época à imagem actual de Pinto da Costa, que anos mais tarde viria a ser irradiado do Futebol Nacional.
Ângelo César era um dirigente com fortes ligações regime.
Benfica Corta Relações
Após este jogo o Benfica cortou imediatamente as relações que tinha com o F.C.Porto.
Os Autos-de-Fé
Após a publicação da fotos do golo limpo invalidado ao Benfica, pela revista Stadium, o presidente do
F.C.Porto levantou um enorme frenesim pela cidade do Porto, chegando mesmo a insinuar e a acusar a Revista "Stadium" que as fotos do golo mal anulado ao Benfica era puras montagens e falsificadas.
Pelas ruas do Porto verificaram-se autenticos autos-de-fé com várias revistas da "Stadium" a serem queimadas em plena praça pública.
No ano seguinte a este episódio o F.C.Porto desceria de divisão por ter ficado em 3º lugar no campeonato regional mas num verdadeiro volte face a F.P.F. e a mando do poder de Salazar alarga a 1ª divisão de forma ao F.C.Porto não descer de divisão.
Mas esta será uma história para um post (ainda em fase de investigação e recolha de fontes) dentro de alguns dias.
As história de corrupção envolvendo o F.C.Porto vêm de longe de há muitos anos a esta parte, e quando as verdades são inconvenientes assistem-se a autênticos Autos-de-Fé de pessoas para quem a verdade é um inconveniente.
Uma nota histórica. Salazar não era, nunca foi, Presidente da República, mas sim Presidente do Conselho de Ministros, ou seja, Primeiro Ministro.
ResponderEliminarConcordo com o post. Quero, contudo, lembrar que salazar nunca foi presidente da república.
ResponderEliminarEh pá! Revê lá essa história! Salazar Presidente da República? Em que país? Não neste Portugal...
ResponderEliminarRealmente essa história anda muito por baixo! "ditadura militar de Salazar".? Salazar nunca foi um militar no poder nem o nosso país alguma vez foi governado por uma ditadura militar. Nem após o 25 de Abril protagonizado por militares... Vá lá rever esse história...
ResponderEliminarEste post é muito fraco e repleto de gaffes. Muitas asneiras, muitos erros históricos, muitas confusões reveladoras de muito pouco conhecimento.
ResponderEliminarSalazar nunca foi presidente da República. Foi ministro das Finanças por duas vezes e depois presidente do ministério e presidente do conselho de ministros- ininterruptamente de 1932 a 1968 - nomenclaturas que desde o 25 de Abril correspondem ao cargo de primeiro-ministro .
MAU TRABALHO!
Tudo certo e correcto. Já vem de longe... apenas 2 correcções: em 1939 já não havia Ditadura Militar, que tinha acabado em 1933 ou 34 com a aprovação da Constituição que consagrava o Estado Novo. E Salazar não era PR, mas sim Presidente do Concelho, correspondente actualmente a Primeiro-Ministro. O Presidente era o Marechal Carmona. Saudações Leoninas.
ResponderEliminarCreio que em 1939 a Ditadura Militar implementada no 28 de Maio de 1926 já tinha sido formalmente substituída pelo Estado Novo, com a aprovação em 1933 da Constituição. E obviamente o Salazar nunca foi Presidente da República, mas sim Presidente do Conselho.
ResponderEliminarO post está excelente, era importante que corrigisse estas falhas para ser factualmente correcto.
Olá a todos.
ResponderEliminarObrigado pela correcção das falhas, entretanto foram devidamente
corrigidas.
Enorme abraço
Parabéns Paulo Silva.
ResponderEliminarNos andrades está-lhes no sangue a queda compulsiva para a trafulhice, corrupção envolvimento com gangsters, putas e casas de alterne, chulos etc. etc. etc.! O porcodacosta teve sempre bons mestres nestas matérias!
ResponderEliminarbom dia a todos
ResponderEliminarconhecem alguém que esteja interessado em adquirir um livro encadernado muito antigo com as revistas STADIUM 1938-1939?