quarta-feira, 18 de maio de 2011

Capital da Irlanda e Estádio Nacional

Esta semana poderia ser a mais marcante da época benfiquista e uma das mais importantes da história do nosso futebol. Em vez disso, é um pesadelo. Há duas palavras que já não consigo ouvir. A muito custo, vou escrevê-las: Dublin e Jamor. E não, não é por inveja relativamente a quem tem a felicidade de viver momentos históricos nestes dois locais. É por manifesta frustração. É pela sensação de que deveríamos lá estar.

Estou a viver uma profunda depressão futebolística há cerca de mês e meio, que me tem levado a questionar a forma como encaro estas coisas. Que sentido faz arranjar problemas com a minha mulher por ter de ver todos os jogos do Benfica ou sujeitar-me a que as minhas filhas se assustem por me verem completamente fora de mim, de tal forma alterado que atiro almofadas para o chão, pontapeio portas de casa e da boca só me saem palavras que elas estão proibidas de alguma vez pronunciar? Muitos dos nossos jogadores estão de férias, os responsáveis não apresentam mais do que pífias justificações, tenta-se iludir os adeptos com supostas revoluções do 'plantel', mas eu não consigo deixar de sentir uma enorme amargura. E não consigo animar-me um pouco que seja com a perspectiva de que nova temporada se avizinha. Até quando durará isto?

4 comentários:

  1. Meu, não estás sozinho nesse barco.
    A ver pelo teu número de sócio tens, como eu, mais de 30 anos de Benfica (eu só tenho mais quatro de idade do que de Benfica).
    O que vou conseguindo fazer é tentar ganhar algum ânimo com as modalidades, mas o panorama neste momento também não está brilhante. E claro, DENUNCIAR a corrupção e os roubos que tu e eu fomos vítimas este ano, incluíndo a fraude da final de hoje, em que a nossa equipa foi literalmente empurrada para fora, e sabendo que outros lá chegaram por via do marisco.
    Muitos (dos nossos) dirão que falar deles é dar-lhes importância. Pois eu prefiro correr esse risco do que ficar no silêncio que consente e branqueia a mentira, a corrupção e tudo de podre em que o desporto português (E O FUTEBOL EUROPEU) está mergulhado!

    ResponderEliminar
  2. E percebo perfeitamente as questões familiares. Por ter emitido um som após o 0-3 da taça, a seguir a ver um dos nossos no chão, sem que fosse marcada falta, foram-me perguntar o que se passava, e aí eu passei-me de vez e só consegui berrar que sinto ÓDIO por estes mafiosos, bandidos, ladrões, ÓDIO, ÓDIO e mais ÓDIO.

    ResponderEliminar
  3. Sentimentos que partilho e que julgo acontecerem em muitas casas.

    ResponderEliminar
  4. Eu ainda por cima este ano tive o AZAR de estar a uns metros do cosme machado, do duarte gomes e do bruno paixão. Tudo em situações e locais diferentes onde foi impossível fazer algo no sentido de os irradiar da arbitragem à força.

    Dois desses encontros imediatos foram em centros comerciais da zona de lisboa, e o terceiro foi num cemitério, mas infelizmente o ladrão em causa não estava a ser enterrado... :-(

    ResponderEliminar