domingo, 13 de setembro de 2009

O herdeiro de Maradona

Já tinha (tínhamos) saudades de um Benfica assim: dominador, com um futebol simples e extremamente eficaz, veloz sempre que é necessário, e, mais do que tudo, ver a equipa com espírito de sacrifício, a partir para «cima» dos adversários, logo nos primeiros segundos, como acontecia frequentemente no velho Estádio da Luz.

Começa a ser hábito, o Benfica criar perigo logo nos instantes iniciais, a intimidar o adversário, seja Belenenses, Vitória de Setúbal ou AC Milan.

Já aqui escrevi que, mesmo que o futebol não seja o melhor, Di Maria, Cardozo, Saviola e Aimar (finalmente, parece livre de problemas físicos) podem, a qualquer momento, decidir um jogo, mas parece que é preciso acrescentar Ramires, Javier Garcia ou ir ao banco e «puxar» por Fábio Coentrão.

Não costumo dizer que este ou aquele jogador é o novo Eusébio, Pelé ou Maradona, mas o golo de Saviola trouxe-me à memória D. Diego: A forma como «agarrou» a bola no meio-campo de um estádio, que não tinha tanta gente desde uma famosa eliminatória do Belenenses com o Barcelona há mais de 20 anos, foi deslumbrante. Passou, totalmente inalcançável, pelos adversários, parecendo que a missão era fácil, mas os génios têm este hábito de tornar simples o que os comuns mortais nunca conseguiriam fazer, mesmo que os atletas do Belenenses estivessem «colados» ao relvado e o guarda-redes jogasse com os olhos vendados. Mas enquanto o actual seleccionador argentino só «tinha» pé esquerdo, Saviola criou o golo com os dois pés.

A jogar assim, a dúvida não é saber se a equipa vai ganhar, mas, sim, quantos golos marca.




4 comentários:

  1. Até me arrepio de ver o vídeo! Mágico! Lindo! Fantástico! Sublime! Que mais se pode dizer...

    Saudações Gloriosas!

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  2. sem dúvida, o 1º golo é um hino de magia ao bom futebol.
    Um sprint magnífico desde antes do meio - campo, culminado com um trabalho fabuloso na área do belenenses, foi fantástico.

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  3. Já tinha achado o de Aimar ao Setúbal sublime. Deste, nem sei o que dizer.

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  4. Ainda hoje estive 10 minutos 'à conversa' com este senhor...!!
    Ossos do oficio!

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