Meio minuto para os 90. Dí Maria prepara o cruzamento no livre de
bola parada que acaba de conquistar e David Luiz pede o apoio do público da Luz. A bola é batida, Javi
Garcia salta mais alto que os centrais... E já está ! Finalmente o 1-0 e os
três pontos que Peiser, o Guarda Redes da Naval, teimava em
evitar e que viriam a revelar-se fundamentais para a conquista do título.
O médio centro chegara poucos meses antes, oriundo
do Real Madrid, e já encarnava dentro do campo a alma benfiquista. Era a
extensão da vontade de cada adepto que se imaginava dentro das quatro linhas.
Um guerreiro espartano que defendia a camisola do Benfica de modo ímpar. Campeão Nacional
em 2010 e vencedor de quatro Taças da Liga, era o número 6 indiscutível da
equipa e, muitos diziam, o futuro detentor da braçadeira centenária de capitão.
Assim não quis o destino e encontra-se prestes
a abandonar Lisboa, a caminho do
milionário e pouco histórico Manchester City.
Contudo, é um dos que merece ser recordado pelo
suor e sangue que derramou, nos últimos anos, ao serviço do clube. Quem
esquece a imagem da sua cabeça
cheia de sangue em Alvalade e a querer
na mesma, a todo o custo, entrar em
campo para ir disputar o canto pois o 0-0 persistia ? Esse momento compensou, para mim, a
injeção infiltrativa de
Eusébio, o Coluna que, em 1963, jogou mais de metade do jogo lesionado contra o
AC Milan ou o Germano que substituiu Costa Pereira na baliza, momentos que eu
nunca assisti, pois não era nascido.
Javí
Garcia foi um jogador de
entrega e mística, como poucos
houve no Benfica dos últimos 20 anos.
Será
também, a
partir de hoje, menos um daqueles que restam do último
plantel
campeão. Logo este ano que afirmaste que era o
teu formato de camisola preferido. Não esqueças o Sport Lisboa e Benfica !
Identifico-me plenamente com o que escreveste.
ResponderEliminarO lugar dele será sempre aqui.
Que grande recordação!!!
ResponderEliminaro lugar de javi garcia era aqui ( no nosso benfica) o o lugar dos dirigentes do benfica a começar no presidente era na puta que os pariu a todos
ResponderEliminarEu sei que ele é persona non grata na Luz (e eu acho bem que o seja), mas era de todo justo incluir a ida do Paulo Sousa para a baliza, no Bessa, como um dos momentos marcantes em jogos do Benfica de tempos recentes.
ResponderEliminarAbraço.