Finda a época e mais um ano de frustrações. O título e o segundo lugar foram novamente ENTREGUES aos amigos do sistema. O primeiro a quem manda e o segundo a quem cala e obedece. A maioria dos adeptos está convicta que poderíamos ter feito melhor caso o treinador fosse outro. E alguns deles estão até convencidos que isso bastaria para termos sido campeões. Eu não pertenço a esta maioria.
Eu gostava que o treinador permanecesse e que iniciássemos a nova temporada com a maioria do plantel apenas com pequenos ajustes do tipo das aquisições já anunciadas que revelam uma escolha criteriosa tanto em termos desportivos como financeiros. Esta seria a medida inteligente, mas se calhar a não recomendável em função do calendário eleitoral. A actual Direcção irá com toda a certeza recandidatar-se e não pode correr o risco de se apresentar às eleições com um Treinador fragilizado ou de recurso. (Todos nos lembramos da história do Fernando Santos). O seguro manda que o treinador saia, contrata-se outro que gozará do estado de graça inerente às novidades e permitirá que durante a campanha se discuta propostas e não treinadores ou o resultado do último Domingo. O óptimo é inimigo do bom e no caso poderia se transformar em péssimo. Basta lembrar as promessas eleitorais que valeram as vitórias de Vale Azevedo (trazia o Rui Costa) e Manuel Vilarinho (trazia o Jardel) para perceber o tamanho da aventura face à inexistência de alternativas credíveis.
Requisito recomendável para um novo treinador
O Rui Costa não tem feitio para em público dar murros na mesa ou comprar guerras. E por isso penso que a escolha do próximo técnico deve levar em linha de conta esta lacuna que devia ser condição obrigatória nas características do eleito. Vejam o exemplo do Paulo Bento. Sozinho com ou sem razão projecta no seu discurso o sentir dos adeptos do clube que serve.
Não fosse a batota sistemática e hoje deveríamos todos estar a felicitá-lo pelo título conquistado. Não foram 1, 2, 4, 8 jogos, foram mais de uma dezena em que o resultado foi viciado em nosso prejuízo e outros tantos em benefício dos rivais. É preciso recordar muitos anos para nos lembrarmos de um campeonato tão encomendado. E tudo isto, ele viu e sentiu em silêncio e sem amparo. Um verdadeiro Senhor.
À que tirar o chapéu aos “rapazes sem nome” que durante todas as semanas, em todos os campos, ao longo da época foram um verdadeiro 12º jogador. É para este fim e somente este que devem existir.
Amigo
ResponderEliminarNão me parece que haja qualquer dilema. A questão resume-se a um amadorismo profissional (ou profissionalismo amador) ou, numa palavra,...incompetência !!
Receio das eleições ? Numa postura de servir o Benfica ou de se servirem do clube ?
Rescindir com a equipa técnica é mais que um erro. É um acto de ingestão, de despezismo face ás dificuldades financeiras e desportivas. Financeiras porque a rescisão implica gastar uns milhões e desportivas porque da estaca zero não se chega a campeão.
O meu voto vale o que vale mas certamente que esta Direcção, ao pôr em causa, com toda esta leveza, um projecto que a propria iniciou, não é merecedora do meu apoio.
Concordo com o jml.
ResponderEliminarCaro MLeal, não me parece que o novo treinador tenha assim tanto estado de graça. Acho mesmo que qualquer das situações está enquinada desde inicio, e isso deve-se unica e exclusivamente à direcção.
Parece-me que o tema "novo treinador" não tem fundamento !!
ResponderEliminarAguardemos umas horas...
O SL Benfica SAD negou esta tarde em comunicado à CMVM a intenção de rescindir contrato com o técnico espanhol Quique Flores.
ResponderEliminarPessoal, para relembrar os gloriosos tempos, passem no meu recém-aberto blog, onde o 1º post é sobre o nosso grande Veloso e onde daqui a uns dias poderão contar com uma entrevista feita por mim ao próprio.
ResponderEliminarfintasefifias.blogspot.com
Abraço.
jml e TC
ResponderEliminarConforme escrevi também defendo a permanência do Quique. Mas não posso enfiar a cabeça na areia e não perceber que caso os resultados não apareçam no início da temporada os adeptos vão exigir a sua cabeça. Levamos todos muitos anos de futebol para facilmente perceber que muitos dos aplausos do último jogo eram "elogios fúnebres". Sem vitórias e com um treinador impopular é meio caminho para voltarmos ao número de assistências do consulado Damásio. E todos sabemos quem lhe sucedeu e a herança que deixou.