Afastámos os fantasmas

Conseguimos finalmente superar uma meia-final do 'play off' de basquetebol disputada no nosso novo pavilhão, depois dos desaires de 2005/2006 e 2006/2007. Já não estávamos numa final desde 1996 e não somos campeões desde a época anterior. Porém, esta eliminatória frente à Académica deixa-nos preocupados quanto à final diante do tri-campeão nacional. É fundamental que aproveitemos o factor casa. Não esqueçamos que, ganhando todos os jogos no nosso pavilhão, seremos campeões. O que é certo é que, em vez de encararmos a final altivos, fruto de uma imaculada marcha na fase regular, vamos receosos e talvez desgastados física e emocionalmente. Os dois primeiros jogos serão fundamentais para inverter o espírito que se instalou nas nossas cores (vários benfiquistas com quem falei no final do jogo de ontem consideraram que, de momento, a Ovarense é favorita).

Ontem, o Benfica foi melhor. Aliás, tem melhor equipa do que a Académica. No entanto, o jogo foi complicado e, mesmo depois de conseguirmos 20 pontos de vantagem, uma estranha tremideira, e os consequentes erros infantis, permitiu que a Académica reduzisse para 10. Mas já faltava pouco tempo e não havia hipótese de perdermos o jogo. O Benfica merece estar na final, mesmo sem Ben Reed e "sem" João Santos, mas permitam-me que elogie o adversário. Não só a equipa que, perante um oponente bem mais poderoso, realizou uma extraordinária meia-final, como o público que ontem esteve na Luz. Apoiou os seus jogadores do princípio ao fim, mesmo quando já era evidente que seriam derrotados, não insultou, não provocou. As gentes de Coimbra bem podem sentir-se orgulhosas do comportamento da sua equipa e dos seus adeptos.