sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Uma questão de Fundo

Ao contrário do que era expectável muito pouco se tem falado acerca do recentemente criado fundo de jogadores (Stars Fund). Com excepção do antigo administrador de uma instituição financeira que actualmente preside um clubezito auto intitulado de diferente poucos foram aqueles que produziram ou emitiram opinião sobre o assunto. O facto de se tratar de um fundo fechado, a informação total sobre o funcionamento do mesmo está assim mais condicionada, e só com o tempo é que nos vamos apercebendo como as coisas efectivamente vão funcionar em especial ao nível das transacções de jogadores incluídos (determinada percentagem do passe) no dito fundo.
Para já e no imediato parece-me que do ponto de vista estritamente desportivo a criação do fundo não perturbará ou beneficiará a época desportiva em curso, sendo uma incógnita se influenciará no futuro.
Em termos financeiros já não será bem assim. De uma forma simples esta medida representa uma antecipação de possíveis receitas. E na palavra possível poderá residir toda a diferença para o sucesso ou insucesso do fundo (no que ao Benfica diz respeito). Vender hoje por determinado preço poderá significar deixar de ganhar no futuro uma verba superior sendo que o inverso também é possível. Num mundo como o do futebol onde o que hoje é 80 amanhã poderá ser 8 assim como o inverso, não me parece uma má solução.
Se entrarmos em questões mais técnicas que se prendem com o valor temporal do dinheiro, ou seja, será que mais vale ter hoje 10 ou amanhã 15, esta tende claramente para o primeiro factor, até porque os 15 são apenas uma possibilidade, a implementação do fundo será mesmo uma interessante medida de gestão.

Em suma e depois desta lenga lenga que nada acrescenta ao que de pouco se tem falado sobre o tema, se o Benfica ganhar e enquanto ganhar o Fundo foi uma boa medida, se perder terá sido uma má opção.

5 comentários:

  1. Repara que não é uma antecipação de eventuais receitas, é uma receita e os 22 milhões de euros que entraram pelas percentagens de passes que cedemos são muito acima do preço de compra ou até mesmo dos montantes que temos alcançado com jogadores de nível idêntico.

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  2. A ultima frase diz tudo.
    Não é só o fundo que é bom se ganharmos. É o Rui Costa, é o LFV, é o Jesus, é o Aimar, é o Saviola, o ramirez e por aí fora. É tudo bom. E os outros são maus.
    É chave ganharmos 2 ou 3 anos seguidos para o modelo de gestão do porto se ir abaixo e com ele o domínio que têm no futebol português. mas nao é facil.

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  3. Por acaso hoje no jornal "Record", saíu um artigo sobre esses fundos do Benfica.
    Por exemplo, uma das coisas importantes que vem lá e que muitos desconhecem é que caso surja uma oferta de compra do passe do jogador, pelo preço avaliado no fundo, o clube ou tem de vender o jogador, ou em alternativa, volta a comprar a percentagem do passe cedida, esse pormenor é muito importante e daí as avaliações dos jogadores serem feitas ao valor do mercado.

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  4. Os resultados desportivos são importantes mas como diz o João Tomaz, antecipamos receitas que podemos nunca vir a ter

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